Vejo
por aí, ainda hoje, muitos homens pedindo esmola. Meninos, que deveriam estar
na escola ou aprendendo um ofício qualquer, limpando carros nas avenidas. Do
meu tempo para cá, o que mudou?
É
certo que foram criadas leis. É também certo que exista hoje um caldeirão de
proteções sociais, mas por que ainda temos que conviver com tamanha miséria
social?
Ora,
se estão lá, no meio da rua, abandonados, é porque eles não têm para onde ir,
com quem ficar, o que fazer.
Esta
é mais uma demonstração que nossa sociedade, apesar dos incontáveis avanços,
ainda se encontra doente. Está doente porque parte de seus integrantes – e não
são poucos – estão relegados a própria sorte.
O
que fazer além da indignação para quem já a possui?
As
organizações sociais e não governamentais fazem a sua parte. Procure alguma
delas e empreste a sua solidariedade em forma de recurso financeiro ou com a
sua própria ajudada voluntária.
As
igrejas, o movimento espírita e vários religiosos possuem iniciativas
caritativas que atendem a muitos segmentos envolvidos em carência. Engaje-se em
uma, o mais rapidamente possível.
Se
nada puder fazer, se achar que nada pode ser feito, ao menos ore.
A
oração é benção divina que cada um de nós pode empresar ao seu irmão de caminho
e nada custa, absolutamente não se paga nada por ela.
Basta,
de maneira corajosa e sincera, elevar o pensamento e o coração em convergência
para aquele que sofre.
Algo,
portanto, pode ser feito no curto prazo para aliviar as dores dos nossos irmãos
ao relento, classificados como excluídos.
Outro
procedimento, porém, pode ser feito com mais efetividade.
É
o voto, meu filho, é a participação política consciente. Este é um poderoso
instrumento de transformação social quando visto de maneira responsável.
As
eleições municipais se aproximam e em quem você vai votar?
Que
causa você vai defender?
Que
juízo de valor fará para as propostas políticas dos candidatos?
Todas
as iniciativas, particulares ou coletivas, públicas ou privadas, são importantes
para tirar o menor da rua e o adulto da exclusão.
Outras
sociedades já conseguiram avançar um passo, então é possível fazer.
Vejamos
o que nos cabe. Pensemos as nossas alternativas. O que não se pode, de jeito
algum, é ficar de braços cruzados.
Paz
em Jesus!
Helder Camara – Blog Novas
Utopias
Nenhum comentário:
Postar um comentário