Questão 274 do Livro dos Espíritos
Como há diferentes ordens de Espíritos, essa escala é
obedecida, considerando-se a autoridade moral dos Espíritos Superiores sobre
aqueles que se encontram na retaguarda.
O Espírito que responde à pergunta
localizada neste capítulo fala que essa autoridade dos Espíritos Superiores
sobre os inferiores é irresistível. Somente isso basta para compreendermos as
leis espirituais que comandam uma vida de exemplos enobrecidos.
O grau de
superioridade de uma entidade espiritual faz com que ela irradie, em todas as
direções, uma força que sai da sua própria vida, a refletir nas vidas que a
cercam. Negar esse comando é iludir a si mesmo. É qual a gravidade da Terra, que
exerce sua ação sobre as coisas materiais. Ninguém pode contrariar as leis de
Deus.
A escala dos Espíritos é infinita, e uns exercem comando sobre os
outros, até chegar ao Todo Maior - comando central de toda a criação. Convidamos
a todos para estudarmos juntos as leis do Senhor, computando experiências e
guardando valores para a devida conscientização. Nós temos de chegar na condição
do todo menor, que é o Espírito, porém conscientemente e por esforço
próprio.
Se a sabedoria é um atributo do Pai Celestial, somos herdeiros do
Senhor e temos o direito de saber aquilo que nos convém, pelas bênçãos do Todo
Poderoso. Lembremo-nos de que Jesus é o nosso Mestre, que está sempre a nos
instruir, por intermédio das anotações dos Seus discípulos.
O Espírito
inferior respeita sempre o superior, mesmo em se tratando de almas encarnadas.
Temos os muitos exemplos do que falamos; onde Jesus chegava, alguns dos seus
contraditores, mesmo não concordando com as suas palavras, respeitavam-nas, e no
íntimo ficavam fascinados por Ele. Era a autoridade moral do Mestre. Assim
aconteceu com Buda, Francisco de Assis e tantos outros Espíritos Superiores
enviados por Jesus à Terra.
O inferior usa de violência, por lhe faltar a
força moral. O futuro irá nos mostrar essa verdade, pelos homens que governam as
nações. Eles vão ser escolhidos pela força moral, e não porque falam bonito e
usam a inteligência e as armas para pressionarem os mais fracos. O povo tem o
governo que merece; se as coletividades "pedem", pela vida que levam, para ser
dirigidas pela violência, a lei de justiça e afinidade lhes dá o que merecem. As
sementes germinam pelos mesmos processos que foram geradas.
Os inferiores não
têm poderes para se subtraírem à força moral, porque ela vem de Deus, e é, como
responde o benfeitor espiritual ao Codificador, irresistível. Aos leitores desta
obra, convidamos para se dirigirem aos que os cercam com essa força irresistível
da moral, que os primeiros cristãos tinham com abundância, por beberem em fonte
inesgotável: o Cristo.
Verificando-se os fatos na Terra, pode-se observar que
todos aqueles que queiram e tentam subornar as leis pagam caro. Os
contraventores são respondidos sempre com duras provas, no entanto, o Cristo
está crescendo por dentro e por fora dos corações, ganhando terreno e ampliando
seu comando, de forma que o amor domine como lei em todas as nações e em todos
os povos, daí resultando na felicidade de todas as criaturas: as casas de
detenção desaparecerão da face da Terra, os remédios para todos os males serão
os alimentos, e os próprios hospitais transformar-se-ão em escolas, para
conscientização de todas as almas em aprendizado. Eis aí o paraíso de que se tem
notícia há muito tempo, e que a esperança nos mostra que não está longe, desde
que olhemos para o futuro com os olhos de Jesus Cristo.
Livro: Filosofia Espírita - João Nunes Maia -
Miramez
Nenhum comentário:
Postar um comentário