14.12.25
Feliz Natal
Com a proximidade do Natal, a Data simbólica em que comemoramos o Nascimento do Divino Mestre, aproveitamos o ensejo para desejar a todos os nossos Internautas, um Natal de muito Amor no coração, e que esse Amor se estenda sobre todos os dias no considerado Ano Novo – o Ano de 2026.
Esperamos que, simplesmente, com a saúde e a disposição possíveis, continuemos trabalhando, porque, depois de estarmos vivos, o trabalho, sem dúvida, é a maior bênção da Vida do homem, seja na Terra ou no Mais Além.
Com a minha vassoura quase gasta, de tanto varrer em 2025 – de varrer imperfeitamente –, espero que “Papai Noel”, simplesmente, me traga uma vassoura novinha em folha, e o mesmo desejamos a todos os nossos irmãos e irmãs ávidos por uma piaçava.
Aos que trabalharam pouco, que mais possam trabalhar.
Aos que trabalharam muito, que muito mais continuem trabalhando.
Eis o nosso desejo sincero, a fim de que vocês, quando chegarem por aqui, o façam em melhores condições que foram as minhas quando para Cá me transferi.
Peço-lhes vênia para reproduzir abaixo um verso de nosso estimado e incansável Eurícledes Formiga, que muito tem servido às nossas reflexões:
“Quem não abandona o peso
Da cruz que não se alivia,
Ao fim da humana luta
Sentirá grande alegria.”
Estaremos de volta com as páginas deste Blog na segunda quinzena de janeiro, e isto, claro, se a reencarnação não me pegar de surpresa, e o médium de surpresa não vier a desencarnar.
Com grande abraço e a gratidão de sempre.
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 14 de dezembro de 2025.
13.12.25
Natal Sempre
Dia do Teu Aniversário,
No divino itinerário
Que nos trouxe a Boa Nova...
É um Dia pleno de luz,
Repleto do Amor mais puro,
Antecipando o futuro
Do homem que se renova...
É o hoje no Amanhã,
Quando, então, a Humanidade
Vencerá toda maldade
Com o Bem que não se desdoura...
Belém há de ser a Terra,
E, findo o labor insano,
O pobre coração humano
Será a Tua manjedoura!...
Formiga/Baccelli - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
Lar Espírita “Pedro e Paulo”
Uberaba – MG, 7 de dezembro de 2025.
12.12.25
NATAL CHEGANDO
- Por que será que o Cristo, em vez de ter nascido há vinte séculos, não teria nascido hoje, quando, aparentemente, a Humanidade se mostra mais preparada para recebê-Lo?!...
Ao mesmo tempo, porém, em que formulo tal pergunta, uma dúvida me assalta:
- Será que, de fato, a Humanidade hoje se mostraria mais receptiva à presença do Cristo na Terra?!...
Se, por exemplo, qual aconteceu, Ele emergisse de uma favela, nascendo de pais extremamente pobres, pertencendo a um povo escravizado por um regime ditatorial qualquer, pele morena e falando um idioma quase desconhecido, além de contrariar os interesses religiosos das mais diferentes igrejas, o que Lhe sucederia?!...
Vejamos:
- o Dalai Lama vive exilado fora do Tibete,
- o Papa Francisco I enfrenta oposição dentro do Vaticano,
- Chico Xavier, habitualmente, era tratado com escárnio pela Imprensa...
Alguns outros considerados líderes da fé, cedendo às pressões do meio, que envolvem, principalmente, a tentação do dinheiro, desviaram-se em seus propósitos.
Talvez, alguém que esteja correndo os olhos por estas linhas, contra-argumente:
- Mas, se Ele, nos tempos atuais, curasse pela simples imposição das mãos, ressuscitasse mortos, multiplicasse pães e peixes, andasse por sobre as águas... Ah, com certeza, haveria de ser sucesso em qualquer programa de TV!...
Sucesso na audiência, de certo, por algum tempo, Ele pudesse obter, quando não estivesse trancafiado em algum laboratório de pesquisas, com a finalidade de ser estudado em seus estranhos poderes, ou em sua nova forma de fazer magia.
Haveria de surgir um Elimas, com a mesma proposta que tal mago do mesmo nome efetuou a Paulo e a Barnabé, em Salamina, para que lhe revelassem o segredo de falarem com tanta eloquência, fazendo prodígios que sobrepujava os truques com que enganava os incautos...
As maiores companhias editoriais do mundo disputariam a primazia de publicar as suas palavras em livro, com gravações em CD e DVD, na divulgação do que passariam a considerar a mais poderosa e atualíssima mensagem de autoajuda de todos os tempos.
Mas, com base em suas abençoadas lições, será que os homens de hoje se animariam ao testemunho a que se entregavam os cristãos primitivos, morrendo nos circos de martírio?!...
E outra: se Jesus não tivesse vindo a Terra, praticamente nos primórdios da civilização, como se encontraria a Humanidade hoje sem a inspiração do Cristianismo?! Que seria da arte sacra, da literatura, de um Bach com a sua “Alegria dos Homens”, de Michelangelo com a sua belíssima “Pietà”, das Instituições de beneficência que, ao longo da História, Nele se inspiraram?!...
Enfim, como teriam existido José e Maria de Nazaré?! Pedro e João?! Maria de Magdala?! Paulo de Tarso? Francisco de Assis?! Teresa d’Ávila?!...
Sem dúvida, haveria muito menos luz no mundo do que há agora, e talvez, então, por ser a treva tão densa, com mais razão haveria de escrever um moderno evangelista: “Estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.”
Sinceramente, pois, eu não saberia dizer se os homens estão mais preparados para a vinda do Cristo hoje, do que ontem pudessem estar.
Porque se, repentinamente, uma estrela brilhasse no céu mais do que as outras, mais que depressa mísseis seriam disparados em sua direção, com todas as nações imaginando tratar-se de uma invasão de seu espaço aéreo...
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
11.12.25
Comentário Questão 796 do Livro dos Espíritos
A sociedade que tem sobre os seus ombros leis severas, é porque nela a depravação domina as consciências e, em lugar do amor, ela vive a violência. É de se notar que, em muitos países chamados civilizados e desenvolvidos, as leis são rigorosas, por faltarem ao seu povo a educação dos sentimentos, que favorece a fraternidade.
As leis severas mais se destinam em punir o mal, do que secar a sua fonte, diz "O Livro dos Espíritos". Infelizmente ainda é assim. Para secar a fonte do mal, da desarmonia, somente a educação tem esse poder, mas, para tanto, necessária se faz a ação do tempo, que provoca a maturidade da alma.
Observemos nossos lares: os filhos mais rebeldes sofrem a correção mais violenta. Para secar a fonte do mal, é preciso que exista boa vontade da alma e, precisamente, preparo para entender e sentir o bem como o seu benfeitor.
Somente a educação tem condições de interromper as insinuações do mal. É ela o recurso divino que influencia as almas para o saber, porque o homem dotado de amor e sabedoria voa em pleno céu da consciência, com a tranquilidade que nada perturba. É bom, e mesmo útil, quando os irmãos se esforçam para se preparar, retificando a sua vida, trilhando caminhos nobres, no entanto, é importante lembrar que as reações contrárias logo aparecem, tentando impedir que se dê o "Faça-se a luz".
Vejamos o que Mateus anotou, no capítulo vinte e seis, versículos sessenta e sete e sessenta e oito, para melhor compreensão e vigilância de todos nós que nos dispomos a seguir Jesus:
Então, uns cuspiram-lhe no rosto e lhe deram murros, e outros o esbofetearam, dizendo:
Profetiza-nos, ó Cristo, quem é que te bateu?
Isto pode vir a acontecer com aqueles que desejam melhorar e seguir a Jesus. Aparecem-lhes todos os tipos de testemunho para provar a sua fé nos serviços do bem comum. Desde quando abraçamos a defesa dos fracos, tomamos uma cruz nos ombros, que funciona como raios destruidores do carma coletivo. Mas, não devemos perder a paciência nem a fé; prossigamos como o Mestre o fez, indo até o fim, sentindo a glória que o dever cumprido nos oferece.
Se as leis são severas por dentro de nós, quando intentamos desmanchar a casa velha, cheia de costumes errôneos, por fora o barulho é muito grande, porém, todos passamos por esses testes, no sentido de sermos aprovados no íntimo do coração. O Cristo bate sempre as nossas portas para entrar e ficar conosco para sempre. Depende de nós querermos ou não recebê-Lo e deixar que Ele nos domine e inspire para a fé que ilumina e que nos salva pela verdade.
Se queremos fugir das leis severas, entreguemos a nossa vida ao bem coletivo, que encontraremos a cada passo possibilidades de sermos úteis. E se já sabemos dos testes por que haveremos de passar, não desanimemos: importa é que possamos deixar a mensagem do Céu entre os homens da Terra, mensagem da não violência, do amor e da caridade, do perdão e da fraternidade. Nesta labuta divina, com pouco tempo poderemos festejar nos corações a descida dos planos superiores, a converter a Terra no verdadeiro paraíso, onde o bem é o ar que se respira e o amor, o alimento da própria vida. Então, as leis severas se transformarão em leis mais humanas e cristãs.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez.
10.12.25
DEUS E A HUMANIDADE
− Pára! − repete a voz − Espera! Aguça o ouvido!... −
O homem prossegue, entanto, a passo turbulento...
− Pára ! Não sigas mais ! Ouve ! Sê comedido!... −
Ele teima, rebelde, e vara a sombra e o vento...
− Pára ! Detém-te, agora ! Escuta, precavido!... −
Desce a noite profunda e invade o firmamento...
− Pára! Que já retumba o funesto alarido!... −
7 E rosna o temporal pelo bulcão violento...
8 − Pára! Atende afinal! Busca a bênção da prece!.... −
Mas o surdo viajor ri-se e desobedece,
Satiriza, gargalha e afronta o céu vulcâneo....
Como quem foge à voz do socorro divino,
Avança para a dor do seu próprio destino...
14 E mais além um raio espedaça-lhe o crânio...
(*) Chefe da chamada “Escola do Recife”, o poeta sondoreiro de Dias e Noites deixou uma obra vasta e imponente. Para Exupero Monteiro, da Academia Sergipana de Letras “Tobias foi um poeta de grandezas e ternuras”, salientando que “ a dúvida religiosa foi uma das constantes da sua amargurada existência” (T. Barreto, pág. 30).
Cultura polimórfica e profunda, escreveu sobre Filosofia, Direito, Literatura, Música, “abrindo novos caminhos à vida espiritual do país”, no dizer de Edgard Cavalheiro. Figura de destaque na Faculdade de Direito de Recife. Lente da Universidade Livre, de Francfort, em 1881.
Patrono da cadeira nº38, na Academia Brasileira de Letras, pertenceu, ainda, ao Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano.
Esforçado paladino da imprensa, colaborou em vários peródicos em Recife, tendo fundado e redigido muitos outros.
Orador ,crítico, polemista e perfeito conhecedor de meia dúzia de línguas, Armindo Guaraná considerou-o “o maior dos sergipanos pelo talento e pela erudição”. (Campos, atual Tobias Barreto, Est. De Sergipe, 7 de junho de 1839 − Recife, Est. De Pernambuco, 26 de junho de 1889.)
BIBLIOGRAFIA: Dias e Noites; Estudos Alemães; Discursos;etc.
8. Feliz emprego do verbo rosnar, depois de retumbar o funesto alarido.
9. Anáfora: “Pára!” − no começo de 5 versos.
14. Excelente estudo do livre arbítrio humano e do determinismo das Leis Divinas, realçado pela conhecida tendência filosófica do Autor.
Livro: “Antologia dos Imortais” - Psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
9.12.25
Mensagem publicada na página 4 da Gazeta de Limeira de 09-12-2025
ORIGEM DOS ELEMENTOS
O germe
de vida dormia no seio da Terra, na vastidão dos oceanos e o princípio vital se
encontrava à mercê dos Espíritos, no estado de quintessência. Quando
conveniente, eram lançados à Terra para que surgisse a vida física, a servir de
instrumento ao Espírito imortal. A escala das formas é infinita. É um longo
caminho que a mônada espiritual tem de percorrer, para as devidas ascensões. O
corpo físico é uma bênção de Deus que, para chegar no ponto em que se encontra,
passou por inúmeras etapas e ainda continua em estado de ascensão, para que
amanhã possa servir a Espíritos de alta linhagem espiritual. O homem precisa
muito da fé, mas não devemos entendê-la como coragem ideada pela capacidade
intelectual, haverá de ser disciplinada pelo Amor. A vida na Terra já encontra
canais suficientes para sua formação aprimorada. No entanto, podemos dizer que
a vida está disseminada por toda parte. Está onde quer que toquemos no
universo. Aí há vida, há força, aí está Deus com todos os Seus recursos e
possibilidades. A Doutrina dos Espíritos é, o Consolador Prometido; todavia,
acima de consolar, ela educa e instrui em todos os sentidos, despertando os
homens para a fé renovada, purificada pelo amor. Estamos no fim de um ciclo
evolutivo, que se encontra fechando, com grandes necessidades dos homens, e nós
fazemos coro neste aviso: é como que o último clarim tocando, para a
modificação das criaturas. O objetivo maior é o Amor, que estabelece a harmonia
em todos os nossos corpos, favorecendo a paz em todos os corações. Grandes
Espíritos já estão vivendo na atmosfera da Terra, para ajudá-la mais
diretamente. Pedimos que os homens usem o perdão, que deixem crescer a
fraternidade e que o amor não falte nos seus sentimentos. Os primeiros esforços
dependem das suas decisões!
Filosofia
Espírita L.E.45 – João N. Maia – Miramez – Toninho
Barana.
8.12.25
O MUNDO QUE EU ENCONTREI AQUI
Algumas destas revelações já fiz em muitos escritos, mas como sei que vocês gostam sempre de muita novidade, então farei a minha parte naquilo que posso e devo dizer.
Primeiramente, o mundo espiritual não é tão diferente do mundo que vivíamos quando estávamos aí. É tudo muito parecido, mas um tanto rebuscado. O impacto que temos é apenas dimensional, mas com o tempo nos acostumamos.
Lembro que uma vez, quando estive com o Carlos, no mundo espiritual, ele me perguntou se eu tive dificuldade de adaptação e lhe respondi: “Nenhuma. Nenhuma mesmo.” Era como eu esperava que fosse ou pelo menos imaginava.
Outra característica interessante que me ajudou nesta adaptação foram os amigos que encontrei. Toda gente muito conhecida a começar da minha mãezinha e depois meu pai que vieram me ver. Era só felicidade.
Depois, vieram outros amigos e conhecidos me perguntarem como eu estava, sobretudo a minha recuperação espiritual. Dizia-lhe que, apesar da enorme semelhança com tudo que temos na Terra, “eu estava no céu.”.
Pois é, com o tempo fui indo para lugares que não conhecia e me sentia extremamente bem. Eram lugares rejuvenescedores da alma. Tudo aquilo que acreditava se manifestava de maneira espontânea e concreta. É um mundo real e factível. Nada de fantasias.
Agora, por exemplo, faço um curso de exegese espiritual religiosa. Uma entidade espírita que dialoga com outras religiões me convidou para fazer o curso. Achei interessante e estou amando. É muito importante do lado de cá da vida a flexibilidade na adoção de crenças. Somente os muito puros ficam brigando pela prevalência da sua verdade por aqui. Uma ilusão imaginar que nossa verdade vai prevalecer sobre as demais.
A relação com o mundo físico é que é bastante interessante. Vejo movimentações incríveis que não via antes e o submundo que existe em muito daquilo que pensamos ser algo simples. Tudo é intrincado. Aqui e aí conversam diariamente.
Há estâncias superiores que já fui algumas vezes, mas aí é indescritível repassar para vocês. Imaginariam que eu estaria “lé-lé da cuca”. Ou o médium.
Os amigos que encontro aqui dizem – e eu concordo – o quanto tempo nós perdemos desejando delimitar as nossas verdades diante do mundo. Quando deixamos a carne e chegamos aqui tudo isso é diluído em pura realidade espiritual.
Dia desses fui visitar o Papa Francisco. Ainda está acamado, mas bem vivido. Disse-me sorridente:
- Helder, se eu soubesse que morrer era assim já havia pedido a Nosso Senhor que me trouxesse logo para o lado de cá.
Chegamos as risadas com o seu comentário. Ele está bem.
Tenho vontade de me expressar mais de onde estou. Infelizmente, o Carlos não dispõe de tempo suficiente para fazermos esta interação diariamente. Quem sabe um dia...
Não vejo o dia disto acontecer. É tanta novidade do lado de cá que fico com a mão queimando para escrevê-las.
É imprescindível a necessidade de desvendar o mistério do outro lado da vida. Tirar o véu das incertezas. Tranquilizar os espíritos antes da morte.
Esteja todos com Deus como eu estou.
Helder Camara - Blog Novas Utopias
7.12.25
Algumas Poucas Perguntas
- Como, apenas com que informaram os Espíritos em “O Livro dos Espíritos”, como, verdadeiramente, os “kardecistas puros” concebem a vida no Mundo Espiritual?
- Entre uma encarnação e outra, o que os desencarnados fazem?
- Qual seria o propósito da existência dos desencarnados que, por vezes, permanecem, no Além, dezenas de lustros sem reencarnar?
- O que existe no aparente espaço vazio que os espíritos ocupam no Mais Além?
- O que, por exemplo, leva um espírito a reencarnar em um meio cultural, social, religioso, etc., que não era o seu na encarnação anterior?
- Como os espíritos se transferem de um mundo para outro, com a finalidade de reencarnarem?
- Tudo, no Mundo Espiritual, sendo criação mental, os espíritos ainda humanizados como somos teríamos poder para criar alguma coisa?
- Quer dizer, então, que os homens desencarnados vivem em função de uma existência corpórea, da natureza física?
- O Plano Espiritual é único, ou múltiplo?
- O perispírito é completamente destituído de órgãos, mesmo sendo considerado o Modelo Organizador Biológico?
- Como é a sexualidade nos desencarnados?
Cremos que, embora os Espíritos tenham respondido algumas das questões formuladas acima de modo um tanto vago, elas não foram claramente explicitadas na Codificação.
Muitos dos “kardecistas puros” que as respondem, quando as respondem, o fazem com a sua imaginação pessoal, detendo-se, literalmente, nas respostas que às perguntas foram dadas no século XIX.
Convenhamos: o que os Espíritos disseram a Kardec, se se pode ser considerado muito, ainda é pouco.
Afinal, como escreveu o Codificador, o Espiritismo é a “Ciência do Infinito”, ou não?!...
Kardec que foi o “start” também é o “the end”, e nada mais deve se esperar?!...
Ou o mais que se esperava já veio, e continuará vindo, indefinidamente?!...
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 7 de dezembro de 2025.
6.12.25
Versos do Natal
Fosse tudo o que se diz,
Pois, então, a Humanidade
Seria, de fato, feliz.
Formiga
Quando é dia de Natal,
Tempo de Amor e Luz,
Sobre o mundo ainda tem
Quem sequer pensa em Jesus.
Alceu Novaes
Jesus chega no Natal
Procurando hospedaria,
Mas, vê que ainda lhe resta
Tão somente a estrebaria.
Lázaro Mathias
No Natal, só o desperdício
De banquetes oriundo,
Daria para acabar
Com toda a fome do mundo.
Maria Modesto
Foi na Noite de Natal,
Sem violas e pandeiros,
Que anjos foram na Terra
Os primeiros seresteiros.
Aurora
Em vez, de nascer num berço,
Que, em ouro, às vezes, se talha,
Jesus desceu do Infinito
E escolheu nascer na palha.
Domingas
Papai Noel, muito embora,
A simpatia pujante,
Na festa que é de Jesus,
Não passa de um figurante.
Nair Dorça
Entre os reis e os pastores,
Naquela noite estelar,
Ah, se eu pudesse queria
Ser apenas um muar.
Inácio Ferreira
Blog Espiritismo em Prosa e Verso
Espíritos Diversos/Baccelli
Lar Espírita “Pedro e Paulo”
Uberaba – MG, 29 de novembro de 2025.
5.12.25
4.12.25
Comentário Questão 795 do Livro dos Espíritos
Quanto mais próximo está o homem do princípio da formação da sociedade em que vive, menos tempo duram as suas leis, que são feitas pelos mais fortes, visando unicamente os seus interesses pessoais. Quanto mais cresce a humanidade espiritualmente, mais as suas leis visam à coletividade.
Observemos os ensinamentos de Jesus: o Mestre nada pedia para Ele; tudo o que falou e viveu foi em benefício da humanidade. Ele renunciou totalmente a qualquer conforto para si mesmo, e chegou a dizer, de certa feita, que não tinha uma pedra sequer para reclinar a cabeça. Ele vivia em Espírito e verdade. Acontece o contrário com as nações que alimentam o orgulho e o egoísmo, somente querendo para si, esquecendo-se totalmente dos seus irmãos que moram na mesma casa de Deus. Por isso é que as leis humanas são instáveis, a sua vigência é passageira.
Com a maturidade, as leis mudam-se mais lentamente, até atingir a obediência às leis de Deus, que são imutáveis e, consequentemente, eternas. Dali em diante, as leis humanas vão mudando para melhor e em favor da coletividade, pois os fortes que fazem as leis sabem que precisam dos fracos para viver. As nações mais inteligentes, que já descobriram o valor do homem, passaram a investir mais recursos nos homens e menos nos bens materiais.
Quando o homem abandonar o desejo pelo supérfluo, quando tiver a felicidade de saber renunciar em favor da coletividade, e quando o Estado compreender que o povo merece ser tratado com justiça e igualdade, não irá faltar nada a ninguém. Haverá, como disse a Bíblia, novos Céus e nova Terra, onde haverá abundância de mel e pão para todas as criaturas.
A mãe de dois apóstolos, citada por Mateus, no capítulo vinte, versículo vinte, representa a humanidade, quando pediu a Jesus como se segue:
Perguntou-lhe Ele: Que queres? Ela respondeu:
Manda que, no teu reino, estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita e o outro à tua esquerda.
Ela não pensou na humanidade, mas nos seus dois filhos. Jesus respondeu sabiamente, dizendo que a escolha não pertencia a Ele, mas ao Pai que está nos Céus, porque o Mestre sabia que para acompanhá-Lo para as esferas resplandecentes, era preciso maturidade, e que todos podem fazer parte do Seu rebanho, vivendo no céu da própria consciência, não por sua escolha, mas pela ação do progresso, do tempo, da maturidade espiritual.
Respeitamos o amor daquela mãe, contudo, o amor precisa se universalizar, para que possa ser verdadeiramente chamado de amor. O amor que somente se interessa por uma pessoa ou por uma família, ou mesmo por uma só nação, é instável; pertence à legislação humana, e não às leis divinas, que a todos doam, que a todos servem, que a tudo renunciam, que amam a tudo e a todos.
As leis humanas são variáveis e progressivas na infância da humanidade, para depois se estabilizarem com a purificação ou despertamento das qualidades que ainda dormem no centro d'alma. Deus espera, porque sabe que todos irão participar do reino da felicidade, quando cada um ficará onde couber a sua evolução espiritual.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez.
3.12.25
DEUS
Passa no oceano azul a resplendente frota,
Brilham flâmeos pendões, de fragata em fragata...
Relampeia o esplendor... E’ a luz que se desata
Do coração da vida em clâmide remota.
Vejo a ronda dos sóis por divina cascata,
Da Terra a que me prendo, – humilhada galeota.
Cada estrela é canção, que a beleza pilota,
Nos tênues brocatéis de púrpura e de prata.
Ah! estranho Universo!... Ah! glória que me esmagas!...
Constelações, dizei!... Quem vos fez como vagas
De pétalas, bailando aos sublimes falemos?
Uma sílaba só freme, de mundo em mundo :
Deus!... – o doce mistério altívolo e profundo!...
Deus!... – o infinito Amor dos caminhos eternos!...
(*) Poeta, orador, romancista, contista, historiador, jornalista. Fez o curso primário no Liceu de S. Cristóvão, do Rio, e em 1885 fixou residência na capital do Paraná, onde exerceu vários cargos públicos. Professor do Ginásio Paranaense e Escola Normal de Curitiba, DV angariou grande prestígio como verdadeiro «mestre da mocidade». Altamente espiritualista, foi um apaixonado prosélito das doutrinas ocultistas e herméticas. Helenófilo, chegou a criar em Curitiba um Instituto Neopitagórico, para cuja sede construiu o famoso «Templo das Musas». Fundou várias revistas simbolistas, dentre as quais se destacou O Cenáculo. Sua produção é vasta em todos os gêneros. Foi sócio fundador do Centro de Letras do Paraná e criou a cadeira nº9 da Academia Paranaense de Letras. (S. Cristóvão, Rio de Janeiro, GB, 26 de Novembro de 1869 – Curitiba, Paraná, 28 de Setembro de 1937.)
BIBLIOGRAFIA: Efêmeras; Hélicon; Cinerário; Esotéricas; etc.
Livro: “Antologia dos Imortais” - Psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
2.12.25
Mensagem publicada na página 4 da Gazeta de Limeira de 02-12-2025
DE ONDE VIERAM?
A
formação dos seres vivos existia latente na Terra, mas em todo o processo de
vida, em qualquer lugar no universo, encontramos uma obra das inteligências
superiores em nome do Cristo. Não há vida espontânea no sentido imaginado, a
espontaneidade é orientação dos Espíritos superiores, pelas leis criadas por
Deus. Nada se faz sem a presença do Criador, por intermédio desses Espíritos,
obedecendo à sua vontade. Dentro do corpo humano existem os germes de vida
biológica, que são os espermatozoides, mas eles, sem o campo necessário para a
sua proliferação e sem o encontro com o óvulo feminino, não gerariam vida
física. Mesmo nesta simbiose do encontro desses dois elementos ultra-sensíveis
do homem e da mulher, temos a supervisão das inteligências invisíveis, em nome
de Deus, na formação biológica para a continuação da espécie; todavia, o
Espírito que irá comandar o corpo vem de Deus, é uma inteligência separada. A
Terra continha em germe os espermatozoides - ou óvulos - em estado embrionário
e a Luz os acordou, para o encontro com os elementos lançados pelos Espíritos
encarregados por Jesus, de dar nascimento ou despertar a própria vida, no
começo da vida no planeta. Se queres saber de onde veio a vida, ela veio de
Deus. E se queres saber o que é Deus, torna-te como Ele, que O conhecerás. Ele
é o mistério dos mistérios, que nos faz pensar e, pensando, nos sentimos
felizes por ter um Pai bom e justo e que sempre nos ama e nos oferta o que há
de melhor, para que possamos alcançar a felicidade. E se perguntam: - Que
fazer? Respondemos juntamente com a verdade: Amar! - ciência divina que a
humana esqueceu, ou de que se fez de esquecida.
Filosofia
Espírita L.E.44 – João N. Maia – Miramez – Toninho
Barana.
1.12.25
A missão do Esperanto
UMA ACADEMIA DE ESPERANTO E SUA MODELAR ORGANIZAÇÃO
Pergunta: - Através de algumas obras mediúnicas, temos sido informados de que existem no Além instituições especialmente dedicadas ao estudo do Esperanto e à sua divulgação na Terra, cuja organização e tarefas são ainda bem mais complexas do que as dos estabelecimentos educacionais do nosso mundo material. Essas informações não passarão, porventura, de esforços louváveis, dos espíritos, no sentido de incentivarmos o estudo do Esperanto, de modo a transformá-lo num idioma de caráter internacional?
Atanagildo: - Indubitavelmente, o programa de estudos, no "lado de cá", é bem mais importante complexo do que imaginais. Ao invés de nascer de "idéias súbitas" ou de "estalos geniais" surgidos instantaneamente no cérebro dos homens terrenos, obedece a roteiros científicos, tal como se dá com as invenções e descobertas terrenas, que não passam de frutos de longo tempo e heróico devotamento dos espíritos dos mundos invisíveis.
Pergunta: - Há em vossa metrópole algum estabelecimento ou escola para o estudo do Esperanto?
Atanagildo: - Em todas as grandes comunidades espirituais que circundam astralmente os principais países da Terra existem círculos de estudos do Esperanto, pois se trata de um idioma que, em verdade, deve interessar a todos os povos do globo. Na metrópole do Grande Coração há uma Academia de Esperanto, que é admirável instituição devotada ao estudo e à divulgação do generoso e fraterno idioma internacional. Os espíritos que vos têm feito ver a importância da língua Esperanto são entidades que devem merecer de vós o máximo respeito, pois pretendem colocar ao vosso alcance o mais admirável e divino recurso para o entendimento e a confraternização entre os homens, através da palavra.
Pergunta: - A revelação da existência de uma Academia de Esperanto, na metrópole do Grande Coração, desperta-nos certo interesse, pois, através das comunicações mediúnicas, só temos tido noticias sobre a existência de simples escolas, no Espaço, onde se estuda o Esperanto. Poderemos conhecer em detalhes a organização da Academia a que vos referis?
Atanagildo: - É um avançado estabelecimento de estudo e divulgação daquele idioma, pois atende a todas as necessidades dos amantes do Esperanto, quer sejam encarnados ou espíritos desencarnados. Ele administra um curso completo da língua Esperanto, com todos os detalhes de sua história desde a sua origem longínqua, bem como prevê todos os resultados futuros do progresso natural desse idioma, mantendo-se em incessante contato inspirativo com os esperantistas terrenos.
O título que lhe deram, de "academia", serve apenas para destacar o grau de sua responsabilidade na hierarquia dos trabalhadores esperantistas. O próprio espírito de Zamenhof teve oportunidade de orientá-la antes ainda de se encarnar na Polônia quando, em outras vidas, colhia entre as raças hebraicas e gregas, do passado, o material necessário para compor o idioma de que tratamos. A Academia de Esperanto, de nossa metrópole, é uma instituição eficientemente equipada para lograr completo êxito na disseminação do nobre idioma internacional, na Terra. Ela estende a sua influência benéfica não só sobre alguns destacados esperantistas encarnados no Brasil, como sobre outros que também operam sob a inspiração dos postulados benfeitores do Espiritismo, em determinada zona geográfica sob jurisdição de nossa metrópole astral.
Livro: “A Sobrevivência do Espírito” - Hercílio Maes – Ramatís e Atanagildo
30.11.25
Do Que Mais Tenho Medo
E para que a minha ignorância não se torne ainda maior, vivo pensando nas palavras que se atribui a Sócrates, o mais sábio dos homens: “Só sei que nada sei.”
E, por hoje, é só, e está de bom tamanho.
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 30 de novembro de 2025.
29.11.25
Trovas aos Médiuns
Que escreve varrendo o chão,
E deixa o “texto” limpinho
Se precisar correção.
Formiga
O melhor médium passista,
Médium do amor e da paz,
É o que, em toda contenda,
Sempre dá um passo atrás.
Manoel Roberto
Médium de incorporação
Em melhor atividade,
É o que, caindo em transe,
Incorpora a caridade.
Maria Modesto
Grande médium da palavra
E de eloquente saber
É o que pratica o que diz
Cumprindo o próprio dever.
Rufina
Médium fácil de encontrar,
Em toda e qualquer procura,
É o que promete curar
E nem a si mesmo cura.
João Mathias
O mal do médium vidente,
Em dizê-lo não receio,
É ter visão ampliada
Em ver o defeito alheio.
Inácio Ferreira
Tem médium que escuta muito
Exerce a clariaudiência,
Ouve mil e uma vozes,
Mas, não ouve a consciência.
Aparecida Conceição Ferreira
Médiuns há disso ou daquilo,
Porém, no afã que os conduz,
Nenhum é médium de fato,
Se não servir a Jesus.
Aurora
Espíritos Diversos/Baccelli Lar Espírita “Pedro e Paulo” Uberaba – MG – 22 de novembro de 2025.
28.11.25
TENTAÇÕES DE CRISTO
1.º TENTAÇÃO - O egoísmo na luta da sobrevivência e do bem estar, da satisfação das necessidades básicas da criatura humana: a fome, o repouso, as ânsias fisiológicas do sexo, as angústias das sensações chamadas físicas, mas na realidade pertencentes ao duplo etérico. Então, o Espírito é instado a ceder aos desejos egoísticos dos sentidos do eu menor, dando-lhe a alimentação que o satisfaça, simbolizada no pão que mata a fome. O ato de matar a fome faz bem compreender a índole dessa tentação, muito mais vasta que a simples fome estomacal: trata-se de SACIAR os instintos inferiores do etérico que se manifesta através do corpo denso.
Além disso, outro aspecto transparece: preso no mundo material das formas, o espírito (personalidade) tenta transformar as pedras”(que exprimem os ensinamentos interpretados à letra) em pão, isto é, em alimento. Explicamos: o espírito, ao invés de adorar espiritualmente (em Espírito de verdade, Jo. 4:23 e 24) , pretere a exteriorização material da religião, que lhe possa satisfazer aos sentidos físicos, aos instintos sensoriais, emocionais e intelectuais, e por isso transforma os vãos do espírito em pães materiais, visíveis e sensíveis, chegando ao clímax de pretender transformar o próprio Deus em pão. Todo seu espiritualismo reduz-se a liturgias e ritos, a atos externos e poderes ocultos de magia, de vaidade, de vestimentas diferentes e exóticas, de tudo o que satisfaça à separação, ao luxo, à ostentação da pompa de satanás (que é exatamente a vaidade das criaturas humanas), assim, a espiritualização nesse grau visa à elevação do próprio eu pequeno, em detrimento de todos os outros eus, julgados outras pessoas. E a criatura cega transforma os preceitos evangélicos, interpretados ao pé da letra (pedras) em satisfações egolátricas de instinto que lhes saciem a fome de vaidade (pães).
O combate a essa tentação é feito pela auto-disciplina, isto é, pela disciplina que o Espírito, guiado pelo EU REAL impõe ao eu menor, fazendo-lhe ver que o Homem (integral) vive de tudo o que vem de Deus, desse Deus residente no coração do homem, e não apenas das exterioridades transitórias da personalidade efêmera.
2.ª TENTAÇÃO - A vaidade própria do eu personalístico que se julga separado, diferente, e sempre (são raríssimas as exceções!) superior a todos os demais, é outra das mais difíceis provas a ser superada pelo espírito” mergulhado na Cruz da personalidade (cruz, quatro pontas, significando o quaternário inferior). Lançar-se do pináculo do templo (emoção de grandes efeitos mágicos) na certeza de que Deus o protege em tudo, mesmo nas loucuras insensatas de pretensões vaidosas, por um privilégio a que se julga com direito. De fato, o desenvolvimento do corpo astral aguça as emoções e as hipertrofias de tal forma, que elas empanam o raciocínio equilibrado, toldam a razão, fazem perder o senso das proporções. Nas criaturas emocionalmente desequilibradas vemos a ânsia de operar milagres; a rebelião contra a autoridade da Razão superior, a pretensão egocêntrica de que ele sabe e os outros são ignorantes; a ambição de possuir poderes para comandar movimentos religiosos; o desejo de ser chefe espiritual ou religioso, nem que seja de um pugilo de criaturas que se fascinam por suas palavras, e as acompanham cegamente, tributando-lhes elogios a cada palavra que proferia, e que ele aceita, com gratidão, porque lhe acaricia a vaidade. Essa a razão de vermos, desde que a história registra os acontecimentos da sociedade humana, essa constante fragmentação religiosa, que se opera logo após o desaparecimento do Mensageiro divino que as revelou. Numerosas são as criaturas que se julgam taumaturgos, com poderes sobre os anjos e, rebelando-se contra o meio ambiente, instituem a própria seita. Daí verificarmos que esses homens não defendem idéias novas, divulgando-as em estudos e pesquisas impessoais, mas antes, querem logo iniciar grupos novos e dissidentes, dos quais passam eles ser o chefe, o cabeça. Quantas heresias se multiplicaram nos primeiros séculos do cristianismo, quantas seitas pulularam nos meios evangélicos, quantos movimentos teosóficos e rosa-cruzes que se combatem, quantos milhares de centros espíritas se fragmentam do pensamento original, criando inovações, quase nunca com sentido lógico, quase sempre sem razão de ser; mas o móvel subconsciente e o desejo de chefiar alguma coisa, de separar-se do grupo, de concorrer demonstrando gozar de proteções especiais do mundo espiritual. Não é esta uma característica apenas das criaturas encarnadas: também os desencarnados que carregam para além do túmulo, no espírito, seus defeitos personalísticos, também eles gostam muito de criar seus grupinhos, onde possam pontificar, conseguindo no mundo astral o que não conseguiram na Terra; aproveitam médiuns invigilantes, e aí temos outra facção a surgir.
E é típico exigirem separação, proibirem estudos e leituras, colocando livros no índex particular, e garantindo que a salvação (ou pelo menos especiais privilégios) só se dará dentro daquele pugilo.
Como isto se passa no mundo material, que é o mundo da divisão, é natural que arrastem após si todos os que sintonizam com o separatismo, cedendo à tentação de atirar-se do pináculo do templo da Verdade, para os labirintos barônticos do personalismo satânico.
Outro ângulo dessa tentação é a ambição de poderes mágicos, a crença de que gestos e atos físicos criem efeitos espirituais; a pretensão de dominar espíritos e elementais, sem pensar nos resultados que daí possam advir. Os poderes ocultos, que envaidecem e separam as criaturas, é aspecto importante dessa prova de fogo por que todos os que já desenvolveram o corpo emocional (astral) têm que passar.
O combate a essa tentação, isto é, a vitória sobre essa prova, esse exame - a que só é submetida certa classe de pessoas mais evoluídas que as da anterior tentação porque já desenvolveram o corpo astral - é realizada com a auto-renúncia do eu menor: não tentarás o Senhor teu Deus exprime, pois, não quererás ser superior ao teu EU REAL, não pretenderás exigir dele favores especiais nem quererás impor-te a ele. Renunciar à própria vaidade de querer ser chamado pai ou mestre (a ninguém na Terra chameis vosso pai, porque só UM é vosso Pai: aquele que está nos céus; nem queirais ser chamados mestres, porque um só é vosso mestre: o Cristo Mat. 23:9-10), esse Cristo Interno que está dentro de TODOS, e não apenas de alguns privilegiados.
Jesus deu-nos o exemplo típico dessa vitória: pregou um IDEAL, mas não chefiou nenhum movimento religioso; atendeu aos judeus, sem afastá-los de Moisés; socorreu à siro-fenícia, sem arrancá-la de seus ídolos; elogiou o centurião romano, sem exigir o seu repúdio a Júpiter; e, no exemplo da caridade perfeita, citou o samaritano, de religião diferente da Sua. E de tal forma renunciou à Sua personalidade, que o Cristo agiu plenamente através dele (Nele habitou corporalmente toda a plenitude da Divindade Col. 2:9) de tal maneira, que, durante séculos, foi Ele confundido com o próprio Deus. E isso foi conseguido com o Seu mergulho humilde nas águas da matéria, na Sua encarnação como ser humano: aniquilou-se tomando a forma de servo, feito semelhante aos homens e, sendo reconhecido como homem, humilhou-se, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz (Filip. 2:7-8).
3.ª TENTAÇÃO - Esta é a experimentação que as criaturas encarnadas (presas à personalidade, crucificadas no quaternário inferior) têm maior dificuldade em superar. Não é mais no duplo etérico, com as sensações; nem no astral, com as emoções, mas no mais terrível de todos os adversários, maior que os prazeres (sensações), maior que a vaidade (emoções): trata-se do INTELECTO, isto é, do ORGULHO de julgar-se melhor que os outros. Daí parte a oposição máxima, não mais no mesmo plano, de ser diferente, mas num plano acima, de ser superior. Todas as criaturas se julgam ACIMA DOS OUTROS. Pode tratar-se de um ignorante: há um ponto em que não cede, há sempre um aspecto em que ninguém o iguala. Por ínfima que seja a criatura, embora reconhecendo a superioridade de outrem num ou noutro pormenor, descobre sempre algo em que ninguém lhe é superior. Daí a crítica e o julgamento que sempre todos nos acreditamos autorizados a fazer. E a ambição orgulhosa do mando ataca a todos, ao lado da ambição de posses materiais (riquezas) que lhes dê prestígio e superioridade no mundo material, para garantir-lhe a força da superioridade.
Todos querem ter mais e melhor do que o vizinho. Se o não conseguirem, não importa: são mais educados, mais generosos, mais inteligentes, mais fortes, mais saudáveis, ou gozam de amizades mais ilustres, qualquer coisa se arrumará, pela qual eles não se trocam pelo fulano... Comum é que o chefe religioso venha a ambicionar logo a seguir o domínio político, para ampliar sua ascendência sobre as massas e fazer crescer sua autoridade carismática, outorgada por Deus. Os meios para conseguí-lo não lhe ferem o escrúpulo. E uma vez guindados ao poder, não mais desejam apear. Nem sempre isso ocorrerá visando a uma nação: pode ser apenas pequeno grupo e até uma família reduzida. Isso explica o desgosto dos pais ao verem seus filhos crescerem e se independizarem. Daí a rebeldia dos filhos, em certa idade, sentindo também a tentação do mando, pretendendo derrubar os pais do pedestal em que se encontram.
Provenientes desse messianismo do poder, os ditadores, da direita, da esquerda ou do centro cercearem a liberdade dos súditos, certos de que só eles, e os que os aplaudem, são iluminados, têm sabedoria e compreensão, constituindo os outros um rebanho sem espírito. Desconhecem que cada criatura tem Deus dentro de si: para eles, Deus está só com eles, porque eles são os protegidos, colocados pela Divindade acima de todos os mortais.
Não estamos falando de alguns homens, mas de TODAS AS CRIATURAS HUMANAS. Sem exceção, somos todos experimentados nesse setor.
Para superar essa tentação há um só remédio: o auto-sacrificio, não mais adorando a personalidade (satanás), mas unicamente cultuando a Deus que está DENTRO DE NÓS, como também DENTRO DE TODAS AS CRIATURAS: moços e velhos, homens maduros e crianças, mulheres e homens, brancos e negros, ignorantes e sábios, santos e criminosos.
Quando compreendermos e sentirmos isso, sacrificaremos nosso personalismo, e ligaremos nosso espírito ao EU REAL. Colocaremos a personalidade em seu lugar, submetendo-a, como o fez Jesus: rende-te, satanás, submete-te à individualidade!
Prestar culto à personalidade (satanás) é IDOLATRIA, e praticara idolatria é, seguindo as Escrituras, pecar por adultério contra Deus. O Espírito tem que estar ligado ao EU REAL e não à personalidade; se ele se afasta do primeiro para ligar-se ao segundo, está cometendo adultério, está separando o que Deus uniu (O que Deus uniu o homem não separe, Mat. 19:6 e Mc. 10:9).
Só o sacrifício, com a submissão do eu menor, é que pode conferir a vitória sobre o orgulho da personalidade, que desejaria dominar e submeter a si a individualidade, pedindo: adore-me!
Quando, porém, o homem vence as três etapas, dominando as sensações, as emoções e o intelecto, ele vê que os anjos de Deus vêm servi-lo, e o eu menor (satanás o antagonista), se retira vencido, até o momento oportuno, porque outras provas ainda virão, todas elas ensinadas nos Evangelhos.
Livro: SABEDORIA DO EVANGELHO
CARLOS TORRES PASTORINO
27.11.25
Comentário Questão 794 do Livro dos Espíritos
O Espírito primitivo não tem condições de assimilar as leis naturais, nem de compreendê-las na sua profundidade. Quando os agrupamentos das pessoas são muito atrasados, são movidos quase que totalmente pelos instintos. Com o passar do tempo, o progresso os prepara para criar uma legislação, de acordo com seu conhecimento, passando essas almas a entender que somente o progresso pode levá-las para melhores dias. Através dos séculos vão reformulando as suas leis e chegando cada vez mais perto das leis naturais.
O Espírito cresce passo a passo, e vai sempre avançando, ano a ano. A legislação humana é necessária até quando os homens compreenderem e se prepararem para a obediência das leis divinas, que se expressam em tudo. Ainda mais, há uma voz da consciência que revela as necessidades humanas, para que sejam transcritas como leis dos homens.
As exigências da sociedade nas tribulações correspondentes ao seu tamanho evolutivo, exigem leis especiais transitórias. Os vícios e a força negativa que os comandam, gritam por modalidades nas leis humanas que correspondem a seus interesses; essa é a característica da civilização dos Espíritos internados na carne, ainda por um pouco de tempo. O mundo espiritual conhece e deixa que os seres humanos as façam, sofrendo as conseqüências do que fazem para aprender, descobrindo as leis naturais que Deus institui e que são eternas.
Para viver as leis dos Céus, é indispensável que se tenha capacidade para amar todas as criaturas. Não fiquemos com medo de decretos e leis humanas, pois eles são temporais e mudam com a mudança das personalidades que as estabeleceram.
A legislação tem feições variadas, com o perpassar do tempo. Meditemos no que diz o apóstolo Paulo, em l Coríntios, capítulo quinze, versículo trinta e sete:
E quando semeias, não semeias o corpo que há de ser, mas o simples grão, como de trigo, ou de qualquer outra semente.
O corpo da lei humana é semeado no grão, que deve crescer e modificar-se, pois ainda não é como deve ser, como disse o apóstolo. Somente as leis de Deus são eternas e imutáveis. As leis humanas são preparo para que os povos possam compreender as de Deus, porém, mesmo sendo humanas são inspiradas pelos benfeitores espirituais que comandam os povos, e nos fazem ver em todas as coisas, os valores espirituais.
Observemos o quanto houve de progresso na legislação humana, até os dias atuais. Isso é força do progresso, que é lei de Deus, em favor dos seres humanos. Tornamos a dizer, como um sábio da Terra: nada se acaba, tudo se transforma, e sempre para melhor.
Não poderia a humanidade se reger somente pelas leis naturais, feitas pelo Supremo Senhor do Universo, por faltar-lhe despertamento para tal vivência. Nos primeiros passos da sociedade, a vida tem de seguir os caminhos tortuosos, pois é um aprendizado para os iniciantes.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez.
26.11.25
DESOBSESSÃO
Vertendo suor em baga
No médium que o entretém,
Ei-lo que chega do além,
O Espírito em sombra e chaga.
Desfaz-se em revolta e praga,
Condena, fere, porém
Escuta o verbo de alguém,
Que ajuda, enternece e afaga.
Na palavra que renova,
O fogo revel da prova
Agora é bálsamo de luz.
E o pobre, ante a paz bem-vinda,
Embora chorando ainda,
Bendiz o amor de Jesus.
(*) Após estudar Engenharia até o 4º ano do curso, Alfredo Nora abraçou a carreira de funcionário da Central do Brasil. Poeta e jornalista brilhante, colaborou em várias revistas e jornais. “Conquanto fosse um poeta essencialmente lírico”,− escreveu seu amigo Jorge Azevedo (Estado de Minas de 24/9/61) − possuía, sempre afiado, o estilete da sátira. E, nos seus momentos de euforia espiritual, gostava de perfilar a família em versos leves e humorísticos. E gostava, também, e muito de escrever a amigos cartas em versos. (Município de Piraí , estado do Rio, 18/11/1881) − Desencarnou em 13/11/1948.)
Livro: “Antologia dos Imortais” - Psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
25.11.25
Mensagem publicada na página 4 da Gazeta de Limeira de 25-11-2025
OS SERES VIVOS
Os planetas do sistema solar são filhos do grande astro, e por afinidade o circulam vinculados à harmonia profunda do Amor. A Terra, nos seus primórdios, era como que uma luz líquida a se solidificar, assegurada por fios invisíveis que se chamam gravidade. O germe da vida foi colocado por Deus em toda a sua formação, que passou a dormir no seu berço, esperando para dar início à formação dos seres vivos, no planeta já solidificado e refeito da grande confusão telúrica. Chuvas e tempestades assolaram toda a superfície, na formação dos mares e dos rios. E no cair das chuvas, outra chuva de fluidos aconteceu, para que os elementos primitivos pudessem acasalar-se com o que estava chegando, vida de variadas formas. Foi no seio térmico dos oceanos que surgiram os primeiros passos da vida na Terra, com o encontro dos dois elementos: físico e espiritual. Tudo isso idealizado e amparado pelos instrutores da vida maior, tendo o Cristo como Comandante da casa de Deus. Os seres vivos datam de bilhões de anos. Os agentes vivos foram se agrupando por afinidade, aparecendo os movimentos automáticos das formas unicelulares. O progresso dominou e vários outros agrupamentos se processaram, sob a visão espiritual. Formas variadas foram surgindo nas águas, rumo às vidas aperfeiçoadas. Surgindo, então, o corpo humano idealizado pelo Cristo. O corpo humano é o retrato do universo em miniatura, filho de bilhões de anos, pelo empuxo da própria vida, vida de Deus. Convidamos todos os seres humanos que desejam entender e pesquisar as coisas do passado, a dar as mãos à reforma íntima, à auto-análise ao aprimoramento próprio. Somente por esta porta poderão entrar na escola divina dos conhecimentos da genealogia dos seres vivos, para depois buscar, com mais segurança, os caminhos do Espírito.
Filosofia Espírita L.E.43 – João N. Maia – Miramez – Toninho Barana.
24.11.25
Lições de “Nosso Lar”
INÁCIO FERREIRA Uberaba – MG, 23 de novembro de 2025.
23.11.25
Progresso Maior
Quando os portugueses perceberam no início da colonização que não poderiam contar com o apoio do braço indígena para a produção correu logo para se juntar a outras tantas nações que procuravam na escravização negra a fonte para a obtenção do trabalho e de geração de suas riquezas.
Este comportamento atroz, destituído de qualquer humanidade, durou cerca de três séculos no nosso País. Os negros eram deportados da África em direção ao Brasil com a promessa de ganhos financeiros, quando não eram usurpados já na sua origem. Aqui chegando, percebiam a cilada que haviam catapultado ou que seu destino já estava traçado, ou seja, trabalhar exaustivamente até a última gota de seu suor e de seu sangue.
Foram deportados para cá milhares de negros. Negros que sustentaram todo o nosso progresso econômico de então. Fomos os algozes de toda uma raça e achávamos, pasmem senhores, que tudo aquilo era muito certo. Os negros existiam, pensavam muitos, para servir aos brancos, e evocando até a suprema divindade colocavam-no como uma raça menor, pois nem alma detinham.
Foi assim que forjamos o progresso desse País durante muito tempo, sob o jugo do chicote feroz e da arbitrariedade sem medida.
Colocamos o negro diante de uma situação de ridicularização completa, de subtração total de sua dignidade, de menosprezo a sua condição humana.
Dos barões do café aos senhores de engenho, todos usurparam a liberdade de uma raça inteira como supremacia de outra.
Aliás, até hoje, muitos ainda pensam desta maneira. Só que avançaram no campo da discriminação e suas arrogâncias são tais que junto ao negro somaram todos aqueles despossuídos do capital, isto é, os pobres de toda sorte.
Muita luta, aqui e no astral, foram travadas para que a Terra do Cruzeiro não manchasse seu destino com letras de terror e crueldade que não pudesse mais se soerguer e comandar uma reação de direitos civis e sociais como exemplo para o mundo.
Os negros que não entendiam a loucura reinante, que viam a separação autoritária de suas famílias, que viam seus amores sendo usados pelos senhores na alimentação de sua ganância sexual, ou em outros distúrbios de comportamento, faziam de um tudo para acabar com a vida material destes e inflamavam o ódio em todas as suas formas de manifestação.
Muitos espíritos chegaram para reencarnar como negros para acalmar, um pouco que seja, esta febre de ressentimento e dor que parecia não ter mais fim. Eram os sábios de sua tribo ou de seu clã e ganhavam o respeito geral pela sua altivez e sabedoria, sem se declinarem se mostravam gigantes. Foram muitos deles denominados na época e até hoje como Pais-Velhos. Representavam, em muitos casos, o símbolo da própria raça.
Não podemos nos esquecer do exemplo materno. As matronas que davam o seu próprio seio para soerguer o branco raquítico.
O que ocorreu, ao longo do tempo, é que a mistura racial foi inevitável. O que estava em jogo, meus senhores, não era a preservação de uma raça, mas o aparecimento de uma nova era, a era da fraternidade. Este era o desafio maior a ser vencido.
Com o advento da libertação definitiva dos escravos em 1888 em ato assinado pela Princesa Isabel, o destino do País estava assegurado, mas haveria que reconstruir todo o legado destes três séculos de dominação e manipulação de uma classe a outra.
Este desafio de construir uma Nação fraterna vivemo-la até hoje, pois as sequelas daquele tempo ainda encontram-se presentes.
O que ocorreu, meus senhores, é que nos desviamos deliberadamente do que nos foi traçado inicialmente e perdemos bom tempo na reorganização de nossa agenda espiritual para que pudéssemos continuar no progresso das metas que esperavam os espíritos altaneiros para o nosso Brasil.
No campo espiritual, tivemos atrasos. Mesmo no momento que deveria desabrochar toda a carga de espiritualidade entre as culturas espirituais negras e brancas, em todas as suas matizes, tivemos, meus senhores, foi o desgraçamento de uma oportunidade ímpar de progresso espiritual. Foi assim que surgiu, não da noite para o dia, mas que poderia ter sido bem diferente, as crenças umbandistas no nosso País.
Elas viriam ocupar um espaço que estava perdido, sem lugar para se manifestar. Foi então que um grupo de espíritos de alto quilate espiritual se colocou, sob a égide do Cristo Jesus, a por pedra sobre pedra no edifício da nova realidade espiritual entre os homens.
A Umbanda segue os mesmos passos do Espiritismo, mas com o atenuante de não criar barreiras, qualquer que seja a forma, de progresso espiritual na direção do bem.
Neste contexto, senhores, venho aqui dizer aqui da minha alegria em ver que diversos ambientes espíritas, finalmente, começam a descerrar as cortinas do preconceito e colocar em seu lugar as relações abertas e fraternas com todas as culturas espirituais convergentes aos ditames do Evangelho do Cristo.
Neste momento de comemoração daquilo que se convencionou denominar de “Dia da Consciência Negra”, aporto o meu desejo sincero que tenhamos um avanço cada vez maior e significativo para que possamos ver mais rapidamente os objetivos de união de toda uma gente.
A cultura espiritual negra não é diferente de nenhuma outra, apenas guarda em si elementos de sua etnia que se somam aos que desejam efetivamente o progresso espiritual mais amplo.
Estou aqui como homem que defendeu, como pode, os membros de uma raça que, naquela época, se mostrava como uma distorção do direito social, mas que representava, na realidade, a distorção da conduta humana na terra.
Neste tempo todo, conheci os meandros da espiritualidade em que eles, meus irmãos em pele negra, participam como comunidade cósmica. Há todo um emaranhado de causas e ações que ainda teremos a oportunidade, se Deus quiser, de revelar a tantos quantos desejem saber.
O progresso segue, mas as lutas continuam.
O progresso nos diz que devemos manter a guarda contra as injustiças sociais.
O progresso nos ensina que se não nos mantivermos em alerta crescerá bem mais o quadro de pobreza e miséria social, sem lados quaisquer de raça. No fundo, somos todos humanos, integrantes de uma só raça, de um só povo de Deus.
Ao querido Zumbi, hoje reencarnado, o nosso agradecimento pela força e luta.
Aos inconformados com a condição humana servil, o nosso apoio para que não baixem a cabeça jamais.
Aos “tementes” em Deus que possamos continuar a lutar pela igualdade de todos na criação de um mundo melhor que seja, sobretudo, mais humano.
Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um imortal
22.11.25
Canção ao Brasil
A ter em ti esperança,
Uma esperança que aumenta
Quanto mais o tempo avança...
Tua prova está no fim,
Raia o Sol da Liberdade,
Que inundará os teus céus
De divina claridade...
Embora a treva se oponha,
Desde a Europa, o Mundo Velho,
Ninguém muda o teu destino
De ser Pátria do Evangelho...
Eis que é chegada a hora,
Que, desde muito, se espera,
Que à Humanidade se abram
Os portais da Nova Era...
O Bem vencerá o mal,
Que há de ser desterrado,
E, para sempre, serás
De Jesus, o Mestre Amado...
Embora a treva se oponha
Desde a Europa, o Mundo Velho,
Ninguém muda o teu destino
De ser Pátria do Evangelho!...
Pedro de Alcântara/Baccelli - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
Lar Espírita “Pedro e Paulo”
Uberaba – MG, 15 de novembro de 2025.
21.11.25
Deus em Você
Este desafio de cada ser humano está na exata proporção que ele tem de desprendimento de si mesmo e ir em busca do outro. Quando saímos do nosso ego e nos voltamos para o que o exterior tem para nos ensinar ficaremos abertos a novidades mil que nem poderíamos imaginar que elas existiriam.
Quando nos deixamos ser envolvidos pela natureza, a qual pertencemos, possibilitaremos encontrar surpresas que estavam a um palmo de nosso nariz, absolutamente evidentes, e sequer desconfiávamos da sua existência. Misturar-se, portanto, à natureza é o caminho mais fácil de chegarmos a Deus. As lições que ela irá nos fornecer nos fará outra pessoa, creia nisso.
Eu mesmo desde o momento que passei a observar com mais carinho a criação comecei a ficar contagiado com tanta beleza e emoção. Percebam, por exemplo, a beleza inesgotável que as flores possuem. Já parou para perceber como é intrincado o desenvolvimento de uma flor? Ela nasce como tudo vindo da terra e absorve na sua seiva o elemento primordial que lhe dá vida. Quando deixa o caule e começa a se enroscar para tomar forma, a flor vai desenvolvendo processos interessantíssimos até ganhar a forma que tem. Já viu as reentrâncias que ela faz em si mesma? Como conseguir aquela textura tão firme e ao mesmo tempo tão suave? E a cor, a força da cor é impressionante. Somente Deus estando ali, na sua engenhosidade divina, para produzir tanta beleza aos nossos olhos. E o que aprender com isso?
A flor se permite trocar com a natureza e seguindo o seu instinto de flor ela vai tomando a forma pela qual foi preconcebida. Nós somos iguais a flor. Se deixarmos nos nutrir pela seiva da bondade divina, o nosso coração transbordará de bondade. Se permitirmos que a natureza divina desenvolva-se em nós passaremos a ser alguém muito belo. Basta que deixemos o nosso íntimo mostrar as qualidades que possuímos adormecidas. É neste movimento natural que deixaremos Deus transparecer-Se em nós.
A natureza nos ensina diariamente, mas é imprescindível esta permissão. Se, porém, ficamos absorvidos com estímulos artificiais então não aprenderemos nada. Deus em nós significa permitir que sua presença se faça em nosso atos diários. Somente isso. Ele se mostrará no primeiro impulso, no impulso do bem. Será assim que caminhará a humanidade para novos dias.
Deus não está nas armas. Está na flor.
Deus não está no ódio. Está no amor.
Deus não está no conflito. Está na solução.
Deus representa o outro lado de tudo que proporciona a humanidade o encontro consigo mesma em tom de harmonia e paz. Se não existe harmonia e paz consequentemente lá não existe a presença de Deus.
Quando nos deixarmos também escutar o nosso íntimo, como demonstrei, passaremos igualmente a descobrir Deus em nós.
O que está por fora tem que entrar em contato com o que está por dentro e gerar uma ação de harmonia e encanto. A sensação de bem-estar chegará naturalmente e nos sentiremos, finalmente, conectados com a Criação.
Passe, portanto, a reservar minutos para estabelecer esta conexão e aí tudo passará a fazer mais sentido e suas pegadas na terra serão mais firmes e produtivas.
Escute Deus em você. Não haverá sensação melhor de paz que você desfrutará.
Paz,
Helder Câmara – Blog Novas Utopias
20.11.25
LEGISLAÇÃO HUMANA
O Espírito cresce passo a passo, e vai sempre avançando, ano a ano. A legislação humana é necessária até quando os homens compreenderem e se prepararem para a obediência das leis divinas, que se expressam em tudo. Ainda mais, há uma voz da consciência que revela as necessidades humanas, para que sejam transcritas como leis dos homens.
As exigências da sociedade nas tribulações correspondentes ao seu tamanho evolutivo, exigem leis especiais transitórias. Os vícios e a força negativa que os comandam, gritam por modalidades nas leis humanas que correspondem a seus interesses; essa é a característica da civilização dos Espíritos internados na carne, ainda por um pouco de tempo. O mundo espiritual conhece e deixa que os seres humanos as façam, sofrendo as conseqüências do que fazem para aprender, descobrindo as leis naturais que Deus institui e que são eternas.
Para viver as leis dos Céus, é indispensável que se tenha capacidade para amar todas as criaturas. Não fiquemos com medo de decretos e leis humanas, pois eles são temporais e mudam com a mudança das personalidades que as estabeleceram.
A legislação tem feições variadas, com o perpassar do tempo. Meditemos no que diz o apóstolo Paulo, em l Coríntios, capítulo quinze, versículo trinta e sete:
E quando semeias, não semeias o corpo que há de ser, mas o simples grão, como de trigo, ou de qualquer outra semente.
O corpo da lei humana é semeado no grão, que deve crescer e modificar-se, pois ainda não é como deve ser, como disse o apóstolo. Somente as leis de Deus são eternas e imutáveis. As leis humanas são preparo para que os povos possam compreender as de Deus, porém, mesmo sendo humanas são inspiradas pelos benfeitores espirituais que comandam os povos, e nos fazem ver em todas as coisas, os valores espirituais.
Observemos o quanto houve de progresso na legislação humana, até os dias atuais. Isso é força do progresso, que é lei de Deus, em favor dos seres humanos. Tornamos a dizer, como um sábio da Terra: nada se acaba, tudo se transforma, e sempre para melhor.
Não poderia a humanidade se reger somente pelas leis naturais, feitas pelo Supremo Senhor do Universo, por faltar-lhe despertamento para tal vivência. Nos primeiros passos da sociedade, a vida tem de seguir os caminhos tortuosos, pois é um aprendizado para os iniciantes.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez.
19.11.25
DESERTOR
Silêncio... Inércia... Morte, O fim de tudo...
Era o estranho ideal que acalentara
Quando vivi qual cego, surdo, mudo,
Ou sonâmbulo em crise longa e rara.
Covarde e tresloucado, em transe agudo,
De súbito fugi à vida amara
E marchei, constrangido, para o estudo
Do enigma que, em vão, me acabrunhara.
Mas não morri... Morreu-me o vaso impuro...
E, distante da carne transitória,
Colho o passado e planto o meu futuro.
Nem mistério, nem cinza à nossa frente...
Apenas o homem louco de vanglória
Procurando enganar-se inûtilmente.
(*) Poeta distinto, jornalista, conferencista e crítico literário. Depois de cursar o Liceu Alagoano, de Maceió, bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, tendo sido o orador da turma de 1915. Exerceu várias funções públicas na administração e na magistratura do Rio Grande do Sul. Colaborou em diversos jornais e revistas, dentre outros o Diário do Interior, de Santa Maria, Ultima Hora, de Porto Alegre, Fon-Fon! e Leitura Para Todos, do Rio de Janeiro. Na revista carioca A Semana foi critico literário ao tempo de Adelino Magalhães. De 1930 até à sua desencarnação, viveu no Rio de Janeiro, advogando no foro. (Uruguaiana, Rio Grande do Sul, 26 de Setembro de 1893 – Rio de Janeiro, GB, 1 de Julho de 1938.)
BIBLIOGRAFIA : Folhas, versos; Hora Azul, conferência; Elogio das Cores, idem ; etc.
Livro: Antologia dos Imortais - Psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira
18.11.25
Mensagem publicada na página 4 da Gazeta de Limeira no dia 18/1182025
IDADE DOS MUNDOS
Não podes
avaliar aquilo que foge aos teus sentidos. Podes contornar os valores e
perceber a grandeza da criação de Deus. Circunstanciar as coisas é nosso dever,
desde que não passemos os limites da nossa evolução. A sabedoria vem de uma semente
que Deus colocou em nossa consciência. Bater às portas é o nosso dever, porém,
abri-las, compete a Deus, que nos dirige e sustenta todos. A verdade que não
suportamos poderá estragar nosso ânimo e desviar o nosso roteiro dos
conhecimentos mais puros. É como nos diz Paulo de Tarso: "Quando eu era
criança, tomava alimento de criança, quando passei a adulto, mudei de
alimento". O alimento da verdade segue esse mesmo trajeto. O Espírito,
quando está preparado, recebe uma verdade mais pura. A idade da formação dos
mundos se encontra distante do entendimento humano, porque foge ao tempo e ao
espaço, escapa à matemática terrestre e alcança as equações espirituais da
conjuntura divina. Os homens formaram uma micro-contagem, porque a sua vida
gira dentro de acanhadas condições em que eles suportam viver. Todos já sabem
que as formas são aglomerações de energias, e que a energia disseminada no
espaço é segregação da matéria - são como que os dois tempos de respiração da
Divindade, tempo esse incontável e inconcebível pelos processos humanos. Para
que saber as idades dos mundos, se ainda não descobrimos a idade do ódio no
coração do ignorante? Para que saber o tempo que passou para se formar a Terra,
se ainda não compreendemos como nasceu o ciúme, o egoísmo e a vaidade? Lutemos
primeiro contra essas distorções da personalidade, gastemos o tempo na
desintegração destes inconvenientes, comecemos a formar os mundos do bem e a
contar o tempo para que o homem entenda a idade do amor, para o despertamento
das almas.
Filosofia
Espírita L.E.42 – João N. Maia – Miramez – Toninho
Barana
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