EMÍLIO KEMP Larbeck *
1 A alma foge à cadeia...o corpo é cela,
Cova e grilhão de que me desenfurno.
Mas reconheço, humilde e taciturno:
Inda estou preso ao chão que me afivela...
O firmamento exibe a imensa umbela...
Descanso o olhar nos raios de Saturno...
Milhões de sóis brilhando, ao céu noturno,
São glórias de que a vida se constela...
O espaço, nos recôncavos profundos,
10 Eleva, aformoseia, ascende e prova
A luz de que Deus guarda os dons supremos.
Mas, oh mistério! Em meio a tantos mundos,
Dá-nos a morte apenas veste nova
14 Para ingressar nos mundos que trazemos!
(*) Depois de realizar seus estudos primários e secundários em Niterói, diplomou-se pela Faculdade de Medicina do Paraná, em 1920. Jornalista, poeta, romancista e comediógrafo.
Exerceu importantes cargos técnicos e administrativos em Porto Alegre . Assumiu a direção, em 1913, do tradicional Correio do Povo, dessa mesma cidade. No Rio de Janeiro, foi redator de alguns jornais e colaborou nas revistas simbolistas. Membro da extinta Academia de Letras do Rio Grande do Sul e da Academia Fluminense de Letras. Diz. A. Muricy (Pan. Mov. Bras. ,II, Pagina 176) que EK era considerado “um dos melhores poetas do Rio Grande do Sul”.
(Niterói, Estado do Rio, 9 de outubro de 1873 ** − Por Alegre, Rio Grande do Sul, 9 de outubro de 1955.)
BIBLIOGRAFIA: Poesia; Matinal; Luz Suprema; Cantos de Amor ao Céu e à Terra, etc.
**Emilio Kemp é natural do Estado do Rio de Janeiro, mas esteve vinculado, cerca de quarenta e cinco anos, à imprensa e às letras riograndenses.
Se este ponto está plenamente confirmado, o mesmo não se pode dizer do ano de nascimento do poeta. A data por nós registrada baseou-se em estudos e comparações que realizamos no Correio do Povo de 11 de outubro de 1955, pág. 7 ; na obra Contemporâneos Inter-Americanos, redigida por E. Hirschowicz, pág. 507; no Colar de Pérolas, de A. Gonçalves, pág. CIX; e no Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro, de 12 de Outubro de 1955, seção que registra os falecimentos.
1. Cf. nota nº1, pág. 44.
10. Observe-se a adequação dos verbos.
14. Sobre o esquema rimático, veja-se o soneto “Hora da morte”
(in Andrade Muricy, Pan. Mov. Simb. Bras., II, pág. 177).
Livro: Antologia dos Imortais - Francisco C. Xavier e Waldo Vieira
1 A alma foge à cadeia...o corpo é cela,
Cova e grilhão de que me desenfurno.
Mas reconheço, humilde e taciturno:
Inda estou preso ao chão que me afivela...
O firmamento exibe a imensa umbela...
Descanso o olhar nos raios de Saturno...
Milhões de sóis brilhando, ao céu noturno,
São glórias de que a vida se constela...
O espaço, nos recôncavos profundos,
10 Eleva, aformoseia, ascende e prova
A luz de que Deus guarda os dons supremos.
Mas, oh mistério! Em meio a tantos mundos,
Dá-nos a morte apenas veste nova
14 Para ingressar nos mundos que trazemos!
(*) Depois de realizar seus estudos primários e secundários em Niterói, diplomou-se pela Faculdade de Medicina do Paraná, em 1920. Jornalista, poeta, romancista e comediógrafo.
Exerceu importantes cargos técnicos e administrativos em Porto Alegre . Assumiu a direção, em 1913, do tradicional Correio do Povo, dessa mesma cidade. No Rio de Janeiro, foi redator de alguns jornais e colaborou nas revistas simbolistas. Membro da extinta Academia de Letras do Rio Grande do Sul e da Academia Fluminense de Letras. Diz. A. Muricy (Pan. Mov. Bras. ,II, Pagina 176) que EK era considerado “um dos melhores poetas do Rio Grande do Sul”.
(Niterói, Estado do Rio, 9 de outubro de 1873 ** − Por Alegre, Rio Grande do Sul, 9 de outubro de 1955.)
BIBLIOGRAFIA: Poesia; Matinal; Luz Suprema; Cantos de Amor ao Céu e à Terra, etc.
**Emilio Kemp é natural do Estado do Rio de Janeiro, mas esteve vinculado, cerca de quarenta e cinco anos, à imprensa e às letras riograndenses.
Se este ponto está plenamente confirmado, o mesmo não se pode dizer do ano de nascimento do poeta. A data por nós registrada baseou-se em estudos e comparações que realizamos no Correio do Povo de 11 de outubro de 1955, pág. 7 ; na obra Contemporâneos Inter-Americanos, redigida por E. Hirschowicz, pág. 507; no Colar de Pérolas, de A. Gonçalves, pág. CIX; e no Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro, de 12 de Outubro de 1955, seção que registra os falecimentos.
1. Cf. nota nº1, pág. 44.
10. Observe-se a adequação dos verbos.
14. Sobre o esquema rimático, veja-se o soneto “Hora da morte”
(in Andrade Muricy, Pan. Mov. Simb. Bras., II, pág. 177).
Livro: Antologia dos Imortais - Francisco C. Xavier e Waldo Vieira
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