31.10.24
Últimos Chamamentos (Veste nupcial)
30.10.24
PARRICÍDIO E INFANTICÍDIO
São dois crimes, aos olhos de Deus, que têm suas devidas penalidades, ainda mais de conformidade com as intenções, no entanto, todo crime é crime, e quem mata responde pelo fato irracional.
A lei de Deus manda amar aos seus pais e respeitá-los, ajudando nas suas devidas necessidades. Então, o filho que mata seus pais ou ascendentes é um criminoso que deverá responder duramente por essa violência e falta de respeito às criaturas que serviram de instrumento para a sua vinda ao mundo material.
O infanticida, aquele que mata uma criança, age abaixo de um animal, que sempre defende a vida dos seus filhotes. O ser humano deve defender a vida dos seus filhos e das crianças em geral. Como matar uma criança, se esta não tem condições de ofender a quem quer que seja? O adulto que pratica o infanticídio será, certamente, cobrado pela natureza, por seu ato selvagem. Se o infanticida agir sob a influência de obsessores, também estes estarão incursos nas leis da justiça.
Em alguns países, no passado, certos magos adoravam o deus Moloc, que pedia sangue das crianças e das virgens, um deus feito pelos homens maus, que os Espíritos das trevas usavam para pedir morte, mas o Deus verdadeiro, que é vida, fez com que desaparecessem esses tipos de entidades, levando-os para os mundos que lhes são próprios. Lá estão expiando suas faltas, de acordo com os seus sentimentos.
O espírita deve conhecer e compreender que esses dois tipos de crimes, tanto o parricídio como o infanticídio, se processam em muitas faixas; é a matança lenta, por variados meios de vida que se impõe aos outros: pais que são agredidos por filhos, filhos que são agredidos pelos pais, e crianças que sofrem violências por parte dos adultos, quando deveriam ser amparados.
Estamos todos em um regime de provações, mas muitos já compreenderam seus deveres, que sua obrigação urgente é amparar os mais fracos nas suas necessidades. Não esmoreçamos de fazer o bem; se já acordamos para a caridade, não queiramos ser admirados por termos cumprido simples dever de ajudar. Olhemos primeiro o que disse o Divino Mestre, anotado por João, no capítulo quatro, versículo quarenta e quatro:
Porque o mesmo Jesus testemunhou que um profeta não tem honras na sua própria Terra.
E isso é bom, para que esse profeta ou benfeitor não se envaideça com as suas obrigações ante a sociedade a que pertence.
Filhos, deveis respeitar pais e parentes! Pais e homens comuns, respeitai a vida de todos os viventes, procurai ajudá-los no que puderdes, que Deus a tudo vê e podereis ser instrumentos do Senhor para o bem comum. Sede mansos na mansidão de Jesus; sede honestos na honestidade do Cristo; amai a todos e a tudo do modo que Deus nos ensinou pelo Seu filho do coração. E lembrai-vos que, que tanto o parricídio como o infanticídio são crimes aos olhos do Divino Doador da vida. Entregai-vos ao amor, que o amor de Deus se irradiará em vosso coração, como um sol que atingirá a todos.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria.
29.10.24
ALMA DO AMOR
Alma do Amor, cansada, erma e fremente,
Arrastando o grilhão das próprias dores,
Sustenta a luz da fé por onde fores,
Torturada, ferida, descontente...
Nebulosas, estrelas, mundos, flores
Rasgam, vibrando, excelso trilho à frente...
Tudo sonha, buscando o lume ardente
Do eterno amor de todos os amores!
Alma, de pés sangrando senda afora,
10 Humilha-te, padece, chora, chora,
Mas bendize o teu santo cativeiro...
Não esperes ninguém para ajudar-te,
Ama apenas, que Deus, em toda a parte,
É o sol do amor para o Universo inteiro.
_____________________
(*) Filho de pais escravos, Cruz e Souza é a figura mais expressiva do Simbolismo no Brasil e, ao lado de Mallarmé e Stefan George, um dos grandes nomes do movimento simbolista no mundo, segundo Roger Bastide. 《Tinha》 - escreveu seu grande amigo Virgílio Várzea (apud A. Muricy, Pan. Mov. Sim. Brás., I, pág. 98) - 《uma grande paixão pelas idéias humanitárias, e serviu-as sempre, como um fanático, sem se poupar sacrifícios, na tribuna, em praça pública e principalmente no jornalismo.》 Tendo sofrido acerbas provações, naturalmente dentro das dívidas cármicas, o grande poeta continua, hoje, em afanosa luta pela difusão das 《ideais humanitárias》, entre as quais agora incluiu o Espiritismo e o Esperanto, a corroborar que a vida, com efeito, não cessa no túmulo. Principalmente no setor esperantista, o artista de Faróis é uma personalidade atuante na Espiritualidade. Em 1961, ano em que se comemorou, em todo o Brasil, o primeiro centenário de seu nascimento, os mais representativos centros culturais do país lhe tributaram mil e uma homenagens, culminando com a publicação de suas Obras Completas, organizadas por Andrade Muricy, em primorosa apresentação, pela Editora José Aguilar Ltda. A extraordinária produção do genial poeta provocou, dos que o rodeavam, os epítetos de 《Cisne Negro》, 《Dante Negro》,《Poeta Negro》, epítetos – diz A. Muricy (op. Cit.,pág. 101) 《compreendidos no senso mais elevado e consecratório de tais expressões》. (Desterro, hoje Florianópolis, SC, 24 de Novembro de 1861 – Sítio, atual Antônio Carlos, Minas Gerais, 19 de Março de 1898.)
BIBLIOGRAFIA: Broqueis; Evocações; Faróis; Últimos Sonetos; etc.
Livro: Antologia dos Imortais - Francisco C. Xavier e Waldo Vieira.
27.10.24
XLVII – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO” – ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER
No início do capítulo IX – “Perseguidores Invisíveis” –, André descreve a situação do lar de Margarida, que estava tomado por uma falange de espíritos obsessores, a serviço de Gregório.
Curioso ele se referir ao fenômeno de transfiguração de Gúbio, cujo corpo espiritual se fizera tão opaco, a fim de que não fosse reconhecido pelas entidades infelizes, que era comandada por Saldanha.
Interessante notar pela narrativa do autor espiritual a lamentável situação em que, por vezes, um lar terrestre pode se encontrar, quando não se cuida de sua assepsia espiritual – o corredor estava “atulhado de substâncias fluídicas detestáveis”.
Margarida estava deitada, sob a ação inclemente, e constante, de dois “desencarnados, de horrível aspecto fisionômico”, que a submetiam “a complicada ação magnética”.
Realmente, sem a intercessão espiritual decisiva, o quadro era irreversível, quantos se mostram entre os encarnados, subjugados pelos obsessores.
*
Diz André:
- (...) No entanto, meu assombro foi muito mais longe, quando concentrei todo o meu potencial de atenção na cabeça da jovem singularmente abatida. Interpenetrando a matéria espessa da cabeceira em que descansava, surgiam algumas dezenas de “corpos ovóides”, de vários tamanhos e de cor plúmbea...
Tais “corpos ovóides”, evidentemente, eram “usados” pelos espíritos obsessores, à semelhança de sanguessugas, às avessas, utilizadas em determinados processos terapêuticos.
A libertação de Margarida, pois, implicava também na libertação de dezenas de espíritos mantidos em cativeiro psíquico por seus cruéis dominadores.
Segundo André, o quadro havia sido “tecnicamente organizado”...
Quanta coisa se passa no mundo sem o conhecimento dos homens encarnados!...
Muitas vezes, pensa-se, por exemplo, que numa reunião dita de desobsessão, uma situação obsessiva, de cujos meandros não se sabe, possa ser desfeita com meia dúzia de palavras do “doutrinador”...
*
Gúbio, André e Elói haviam se apresentado a Saldanha como “reforço”, para que o cerco a Margarida fosse maior e o seu desenlace se abreviasse quanto possível.
Como dizia Chico Xavier, notemos que, às vezes, a verdade carece de ser adiada...
Como “agentes” da luz, os três amigos não tinham outra maneira de chegar à Margarida, a não ser infiltrando-se entre os seus perseguidores.
*
As “formas ovóides” se alimentavam das energias do corpo de Margarida – “num indefinível movimento de sucção”...
Com certeza, em seus corpos espirituais primitivos, ou reduzidos à situação primitiva, os “ovóides” careciam de se alimentar...
Perguntamos aos nossos irmãos e irmãs internautas: o que seria passível de ocorrer, caso eles não se alimentassem?! Provavelmente, estavam se alimentando de energias vitais, extraídas do sangue, induzindo o mundo celular ao caos – e também de energias que “sugavam” de seu combalido corpo perispiritual...
- Esforçava-se Gúbio por não trair a imensa piedade que o senhoreava, diante da enferma conduzida para a morte.
André afirma que, se a doente lhe fosse cara, não teria o equilíbrio do Instrutor, e partiria para o confronto direto, lutando “contra os perseguidores, um a um”... Mas, a tática de Gúbio era outra, porque não envolvia apenas e tão somente a libertação de Margarida, que amava por filha querida do coração.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Veja também a Gravação do Estudo Detalhado do livro LIBERTAÇÂO
feito por nós na terça feira às 20h. pelo Skype
Francisco Cândido Xavier (autor)
André Luiz (espírito)
https://youtu.be/zdKQ55-equQ?list=PLJUZisvOqWSPrzDjdw6f9NSTmILB0O3rp
26.10.24
Minha Petição
Seja onde e como for,
Agindo sempre em seu Nome,
Consolo à uma só dor...
Se eu puder enxugar
Por sobre o caminho afora,
Só uma lágrima que escorre
Pela face de quem chora...
Se eu puder confortar
Somente um coração,
Que, em silêncio, padece
Amargura e solidão...
Seu eu puder acender
Pequena réstea de luz
A quem caminha no escuro
Carregando a sua cruz...
Se eu puder dar esperança
Em tamanho desconforto,
A quem vivendo na Terra,
Estando vivo, está morto...
Seguindo sempre em Teus passos,
Se eu puder servir-Te assim,
Não sendo mais do que pó,
Doando o melhor de mim...
Então, embora, Senhor,
Minha grande desvalia,
Contigo eu hei de sentir
A verdadeira alegria!...
Um Espírito Amigo/Baccelli
Lar Espírita “Pedro e Paulo”
Uberaba – MG, 19-10-24
25.10.24
Mensagem de João à Igreja e aos Católicos
"Se ouvirdes dizer que o Evangelho de Jesus é a guerra e o derramamento de sangue, eu vos digo em verdade que esse é o Evangelho dos rancorosos e vingativos, mas não o de Jesus, que amou os homens e lhes pregou a paz.
Se vos disserem que o Evangelho é o fausto, as riquezas e as comodidades dos ministros da palavra, eu vos digo em verdade que esse é o Evangelho dos mercadores do templo, mas não o de Jesus, que recomendou aos seus discípulos a pobreza de coração e o desprendimento dos bens da Terra.
Se vos disserem que o Evangelho é a água, as mãos levantadas ao céu, as pancadas no peito, as formas e o culto externo, eu vos digo em verdade que esse Evangelho é o dos hipócritas, mas não o de Jesus, que recomendou o amor e a adoração a Deus em espírito e em verdade.
Se vos disserem que o Evangelho é a resistência às leis e aos princípios que governam os povos, eu vos digo em verdade que esse é e Evangelho dos rebeldes e ambiciosos, mas não o de Jesus, que mandou dar a Deus o que é de Deus, e ao príncipe o que é do príncipe.
Se vos disserem que o Evangelho é a intolerância, o anátema, a perseguição, a violência e o ódio, eu vos digo em verdade que esse é o Evangelho da soberba e da ira, mas não o de Jesus, que rogava ao Pai de misericórdia pelos seus mortais inimigos.
Tudo isso foi dito ao povo acerca do Evangelho.
Por que estranhais que João fale assim dos doutores e ministros da palavra? Porventura julgais que João venha dissimular e esquecer a verdade, que há de ser o alimento espiritual do povo?
Em verdade vos afirmo que vi aquilo que vos digo, e que vos falo em testemunho da verdade; porque o Evangelho é a verdade - minhas palavras são verdadeiras, em testemunho do Evangelho de Jesus - e o Evangelho de Jesus é o testemunho da verdade das minhas palavras.
Não estranheis, portanto, que João fale assim dos doutores e dos ministros da palavra.
Eis o que digo à igreja pequena:
Acuso-te de haver deixado a tua primitiva caridade, aquele amor que te ensinou o coração de Jesus, e pelo qual ele morreu na ignorância das gentes, aquele amor puríssimo que abandonaste, para conceber o desejo de domínio, e o da perseguição pelo domínio.
Fizeste o teu reino neste mundo.
Acuso-te de haver abandonado a tua primitiva mansidão, aquela mansidão com que Jesus falava aos que o insultavam e nele cuspiam - e, deixada essa mansidão, te rebelaste contra os príncipes e minaste nas trevas os poderes da Terra.
Acuso-te de haveres deixado a tua simplicidade primitiva, aquela com que Jesus chamava a si os pequeninos; deixada àquela simplicidade, foste frágil com os poderosos e arrogante com os humildes do infortúnio.
Acuso-te de haveres deixado o teu primitivo desinteresse, aquele desinteresse com que Jesus falava dos bens da vida, sem nunca pensares no dia de amanhã - e, deixado esse desinteresse, buscaste amontoar riquezas, como os que se esquecem da vida do Espírito e só visam às comodidades da carne, e, assim, apagaste a fé do coração dos homens que pensam em seu entendimento.
Acuso-te de haveres deixado a tua humildade primitiva, aquela humildade com que Jesus se abaixava aos pés dos seus discípulos - e, deixada essa humildade, consentiste que o orgulho se assenhoreasse do teu entendimento, usurpaste as chaves do céu, condenaste, salvaste, e idolatraste a ti mesma, fazendo um deus para o teu próprio entendimento.
Igreja pequena! não te maravilhes das palavras de João, antes, medita-as e chora - porque já soa a hora, e o tempo chega de surpresa, como o ladrão.
Igreja pequena! recorda-te dos teus princípios, dos que esqueceste. Eu, João, te digo: Teus dias não serão contados, desde que de ti se separou o Espírito de Jesus até à consumação do teu orgulho.
Volta a ti; converte-te ao Evangelho de Jesus e põe os teus olhos na misericórdia do Altíssimo Senhor, cuja vontade onipotente dispõe dos céus e da Terra.
Não vês que as almas mirram em teu seio, como as plantas privadas de água?
A tua palavra, já não é a benéfica chuva, nem o orvalho consolador, mas sim o sopro frio do setentrião que gela os corações.
Igreja pequena! que fizeste da sociedade cristã? Olha ao redor de ti mesma, e responde.
Volve à tua primitiva caridade, à tua primitiva adoração, à tua primitiva mansidão, ao desinteresse e à humildade dos primeiros tempos do século de Jesus Cristo - e o Espírito de Jesus voltará a ti; serás a sua esposa, e ele o teu esposo, como nesses primeiros tempos.
Medita e ora - e repelirá o demônio do orgulho que te cega o entendimento; porque, então, conhecerás a lei que vem de Deus.
Não cerre os ouvidos às palavras de João, igreja pequena! porque, as palavras de João, João as escreve, os homens as lerão, e elas se fixarão na mente e no coração deles.
Dormes, Igreja pequena; desperta! Falo aos homens: Jesus é o caminho, a verdade e a vida.
Deus é a minha última palavra.
A paz seja convosco, irmãos.
Eu - João."
Fonte: Roma e o Evangelho - Traduzido do Espanhol Roma y el Evangelio 1874
Autor: D. Jose Amigò Y Pellicer
24.10.24
Ciclos na Vida
Todos eles são necessários para o bem do ser humano. Começa e termina. É importante identificá-lo, vivenciá-lo, aprender com ele, e quando ele estiver em declínio, indo embora, não resistir, deixar ele se ir. Isto porque há ciclos que nos dão enorme prazer. É natural, portanto, que desejemos que eles perdurem indefinidamente. Nestes casos, fundamental, é exercer o desapego.
Um relacionamento amoroso é o melhor exemplo disso. Começa-se um namoro, apaixona-se, trocam-se juras, pensam até em se casar. Com o tempo, como aquilo não era para valer, as coisas começam a esfriar para um dos lados, não se tem mais interesse. Ora, quem ainda está envolvido não quer deixar passar aquela oportunidade, mas, na prática, o relacionamento já se acabou. O que fazer? Aceitar e deixar tudo nas mãos de Deus.
Um emprego é a mesma situação. O trabalhador se entusiasma, gosta do que está fazendo, fica motivado, parece ser o emprego da sua vida. Em dado instante, não se sabe bem quando, toda aquela energia vai diminuindo. Isto não é bom para ninguém, nem para o patrão nem para o trabalhador. É algo que precisa desatar logo para não prejudicar ninguém.
O ciclo é uma etapa que se inicia, tem um ápice, geralmente, e depois declina até chegar ao ponto inicial de energia zero. A leitura dos ciclos nas nossas vidas é essencial para se viver bem.
Uma pessoa que sabe que algo está em declínio e começa a se preparar para abandonar aquela situação é sábia.
Um dos ciclos mais comuns é a própria vida na Terra.
Começa o ciclo como criança, passa-se para a adolescência, entra-se na maturidade, e aí, lentamente, tem início o processo de partida. É preciso paciência para enfrentar o decesso. Aliás, em cada fase do ciclo devemos buscar a melhor experiência possível para tirar o proveito daquela situação.
Sofrer pelo fim de um ciclo é algo compreensível, aceitável, mas não é desejável que perdure por muito tempo porque, além de gastar energias interiores preciosas, atrasa o início de novo ciclo que já bate à sua porta.
Aprenda com a natureza. Com o mar, que gera as suas ondas lá distante, chega ao cume e se dissipa ao chegar à areia. Com a lua, que se renova constantemente em quatro fases, da plenitude ao ocaso. Com a própria noite, que chega sorrateira com a ida do próprio sol, mas é inteligente em ir embora quando percebe que ele está irremediavelmente de volta.
Ciclos. Ir e vir. Avançar e declinar. Tudo para começar de novo em novas bases. Como seria bom que os homens entendessem estas máximas da vida. Evitariam transtornos enormes e, certamente, viveriam mais feliz.
Que Deus nos abençoe!
Helder Camara - Blog Novas Utopias
23.10.24
Comentário Questão 749 do Livro dos Espíritos
Os que vão para a guerra sentindo prazer em matar se encontram na faixa dos belicosos. Todos os homens procuram defender com paixão desequilibrada sua nação dos invasores ou invadem outros países com ódio incontido: são os chamados pelas trevas e escolhidos pelos seus sentimentos inferiores, na ordem das matanças.
Os soldados que se encontram no "front", podem ser influenciados pelo meio ambiente, respirando o mesmo clima de violência e, ao ouvir a voz do comando, acabam se tornando assassinos diante de Deus, pela fúria desmedida. Mesmo sendo a guerra um meio de acordá-los para a verdade, todos respondem, assim mesmo, pelos seus feitos contrários à lei de amor.
Contudo, nem todos pagam o tributo dos seus feitos com a mesma intensidade, pois levam-se em conta os seus sentimentos. Como existem muitos que foram às guerras, e não mataram, há muitos que ficaram resguardados e não compareceram às frentes, por não terem idade para tais eventos, mas que cooperaram para influenciar os matadores, os violentos e sanguinários pelos seus pensamentos, pelas suas naturezas internas. Assim, não são somente os que matam, no calor do combate que são culpados. Pelo que se sabe da força das idéias, que podem buscar longe outras pelas afinidades, os grandes culpados podem ficar escondidos dos homens, mas a justiça divina os encontrará, como se estivessem à luz do sol. Ninguém engana a Deus.
Ninguém provoca guerra por amor verdadeiro; existem princípios de guerra que aparentam defender a pátria, mas que não passam de interesses escusos, levando, muitas vezes, os países à decadência. Por que não gastam os recursos que possuem na prática da caridade? Por que tomar o que não lhes pertence? Por que não copiar a Cristo? A guerra entre os povos ainda são ranços do primitivismo; é onde vibra o orgulho de raça, e o próprio egoísmo. A humanidade deverá, com o tempo e pela lei do amor, esquecer as guerras externas, para entrar na nova era, a era da fraternidade que ajuda sem interesse egoístico, que ajuda aos seus irmãos por amor. As guerras, no futuro, deverão ir para os registros dos museus, onde as gerações deverão admirar os seus ancestrais pelo desequilíbrio de matarem seus próprios irmãos como animais. O progresso nos salva, colocando cada criatura nos devidos lugares que a sua estrutura espiritual a convida.
Tudo e todos têm direito à vida; a morte, na realidade, é processo de renovação, que somente o Criador pode acionar para as devidas mudanças. Deus é vida, e tudo feito por Ele tem a,primazia de viver n'Ele; entretanto, os corpos que são usados pelos Espíritos são mutáveis para a grandeza do mesmo e, para tanto, têm leis para garantir e processar esses fatos.
Se desejamos, podemos chamar de guerra o trabalho de Jesus, mas é uma guerra diferente, uma batalha interna, na correção dos defeitos, vícios e hábitos inferiores.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria.
22.10.24
ALÉM-TÚMULO
1 A alma foge à cadeia...o corpo é cela,
Cova e grilhão de que me desenfurno.
Mas reconheço, humilde e taciturno:
Inda estou preso ao chão que me afivela...
O firmamento exibe a imensa umbela...
Descanso o olhar nos raios de Saturno...
Milhões de sóis brilhando, ao céu noturno,
São glórias de que a vida se constela...
O espaço, nos recôncavos profundos,
10 Eleva, aformoseia, ascende e prova
A luz de que Deus guarda os dons supremos.
Mas, oh mistério! Em meio a tantos mundos,
Dá-nos a morte apenas veste nova
14 Para ingressar nos mundos que trazemos!
(*) Depois de realizar seus estudos primários e secundários em Niterói, diplomou-se pela Faculdade de Medicina do Paraná, em 1920. Jornalista, poeta, romancista e comediógrafo.
Exerceu importantes cargos técnicos e administrativos em Porto Alegre . Assumiu a direção, em 1913, do tradicional Correio do Povo, dessa mesma cidade. No Rio de Janeiro, foi redator de alguns jornais e colaborou nas revistas simbolistas. Membro da extinta Academia de Letras do Rio Grande do Sul e da Academia Fluminense de Letras. Diz. A. Muricy (Pan. Mov. Bras. ,II, Pagina 176) que EK era considerado “um dos melhores poetas do Rio Grande do Sul”.
(Niterói, Estado do Rio, 9 de outubro de 1873 ** − Por Alegre, Rio Grande do Sul, 9 de outubro de 1955.)
BIBLIOGRAFIA: Poesia; Matinal; Luz Suprema; Cantos de Amor ao Céu e à Terra, etc.
**Emilio Kemp é natural do Estado do Rio de Janeiro, mas esteve vinculado, cerca de quarenta e cinco anos, à imprensa e às letras riograndenses.
Se este ponto está plenamente confirmado, o mesmo não se pode dizer do ano de nascimento do poeta. A data por nós registrada baseou-se em estudos e comparações que realizamos no Correio do Povo de 11 de outubro de 1955, pág. 7 ; na obra Contemporâneos Inter-Americanos, redigida por E. Hirschowicz, pág. 507; no Colar de Pérolas, de A. Gonçalves, pág. CIX; e no Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro, de 12 de Outubro de 1955, seção que registra os falecimentos.
1. Cf. nota nº1, pág. 44.
10. Observe-se a adequação dos verbos.
14. Sobre o esquema rimático, veja-se o soneto “Hora da morte”
(in Andrade Muricy, Pan. Mov. Simb. Bras., II, pág. 177).
Livro: Antologia dos Imortais - Francisco C. Xavier e Waldo Vieira
21.10.24
Está Chegando o Natal
Todo ano a mesma luta, a mesma expectativa de quem reside na periferia, nos bairros mais pobres.
Adultos carentes e crianças solicitando fichas para receberem, em nome de Jesus, um pouco de alegria pela época do seu Nascimento.
O descaso social ainda é uma realidade no Brasil.
O mirrado salário, por vezes, mal dá para o remédio, o uniforme escolar, os cadernos e os livros, para o gás de cozinha, para pagar a energia elétrica no final do mês.
A fome ainda ronda muitos estômagos famintos, enquanto se encaminha ao lixo milhares de toneladas de alimentos.
É preciso socorrer, trabalhando pela diminuição da violência, pela revolta que, tomando conta de muitos adolescentes, os desvia para o vício e a criminalidade.
Felizmente, escudados nos exemplos de tanta gente boa, de Chico Xavier, nos tempos mais recentes, muitos Centros Espíritas mantêm as suas obras sociais, que são diárias.
No entanto, pela época do Natal aumenta a expectativa dos corações necessitados que batem às portas de nossas Instituições com mais intensidade e esperança.
É preciso tudo fazer para atendê-los, na multiplicação dos pães e dos peixes.
Venha você conosco participar desta Festa de Luz, que relembra o nascimento Daquele a quem tudo devemos.
Cerra os ouvidos aos que apenas sabem criticar, porque, talvez, nunca souberam o que seja a fome de casa, nunca tiveram qualquer decepção com Papai Noel.
Não escute os que, inclusive, cunharam uma palavra pejorativa – assistencialismo! – para o trabalho que os espíritas fazem pelos menos favorecidos, ou, dizendo melhor, pelos injustiçados sociais.
Que eles continuem falando o que quiserem, porque a Lei de Causa e Efeito os escutará e, no tempo, haverá de respondê-los de maneira conveniente.
Por agora, venha conosco, e se, porventura, sobrar a você alguns reais, encaminhe a sua cesta básica, ou o seu mimo de amor, à Casa Assistencial de sua preferência, na cidade em que você reside.
O Lar Espírita “Pedro e Paulo” que assiste, pela época do Natal, cerca, de 4000, 5000 pessoas, entre adultos e crianças, os “filhos do Calvário", agradece, antecipadamente, o seu gesto de amor.
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 20 de outubro de 2024. (*)
(*) Aos interessados, esclarecemos que a Distribuição de Natal do “PP” será no dia 8 de dezembro – Avenida Padre Eddie Bernardes da Silva, 775, Bairro de Lourdes – Uberaba – MG.
20.10.24
XLVI – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO LIBERTAÇÃO – ANDRÉ LUIZ - CHICO XAVIER
Que espécie de “necessidade” seria a de Gregório?! Convidamos os nossos irmãos e irmãs internautas para que meditem conosco... Os processos de “simbiose mental”, ainda inabordáveis em sua complexidade, realmente podem fazer com que um espírito crie certa dependência de outro...
No capítulo XXIII, de “O Livro dos Médiuns”, estudando a questão da Obsessão, Kardec, ao abordar as suas causas, transcreve o que lhe disse um espírito que “subjugava um moço de inteligência muito limitada”: “Tenho grande necessidade de atormentar alguém; uma pessoa que raciocina, me repeliria; agarro-me a um idiota que não me opõe nenhuma virtude.”
Margarida era a “fraqueza” de Gregório – através de espíritos que lhe eram submissos, ele a mantinha cativa, presa ao seu destino.
*
Na sequência do diálogo, Gúbio, percebendo uma “brecha” no coração de Gregório, tornou a evocar o espírito de Matilde, que, talvez, fosse o único por quem ele nutria respeito e veneração:
- E se reencontrasses o doce reconforto da ternura materna, sustentando-te a alma, até que Margarida te pudesse fornecer, redimida e feliz, o sublimado pão do espírito?
O amor de mãe evocado em benefício de outro amor, que, no coração de Gregório, se transformara em ódio! – certamente, Margarida, a quem ele nunca deixara de amar, o induzira a indefiníveis padecimentos.
Quantos dramas semelhantes esconde a reencarnação?!...
Quanto amor doente, manifestando-se em desejo de vingança, em loucura?! – crimes passionais?!...
*
Um pouco mais adiante, Gregório responde a Gúbio que já era muito tarde, porque o caso de Margarida estava “definitivamente entregue a uma falange de sessenta servidores de meu serviço, sob a chefia de duro perseguidor que lhe odeia a família.”
Margarida encarnada estava enlouquecendo, e caminhava para a desencarnação.
Era o que Gúbio desejava – que ela voltasse aos seus braços, rendendo-se aos seus afetos, que, outrora, desprezara.
Quem poderá entender o espírito em seus móveis sentimentais?! Tudo o que Gregório fazia parecia ser para, de maneira enviesada, reconquistar o amor de Margarida...
*
Gúbio lhe propõe:
- E se nos confundíssemos com a tua falange, tentando o serviço a que nos propomos? Compareceríamos, junto à enferma, como amigos teus e, sem te desrespeitarmos a autoridade, procuraríamos a execução do programa que nos trouxe até aqui, testemunhando a humildade e o amor que o Cordeiro nos ensina.
Gregório se entrega à reflexão e, então, Gúbio intervém decisivo:
- Concede!... concede!... Dá-nos a tua palavra de sacerdote! Lembra-te de que, um dia, ainda que não creias, enfrentarás, de novo, o olhar de tua mãe!
Por fim, responde o sacerdote:
- Não creio nas possibilidades do tentame; todavia, concordo com a providência a que recorres. Não interferirei.
Com certeza, Gregório estava cansado daquela situação, pois o espírito termina por se exaurir no próprio mal que pratica.
*
Como deve ter sido difícil para André Luiz, sintetizar o que se seguiu narrado no capítulo ora findo! – sem dúvida, trata-se de um desafio à capacidade de compreensão dos leitores mais habituadas à reflexão.
Quantas vezes, os companheiros de Ideal espírita imaginam que, com meia dúzia de palavras, ditas numa reunião mediúnica de desobsessão possam solucionar dramas, que, secularmente, se arrastam!...
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 5 de maio de 2019.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Veja também a Gravação do Estudo Detalhado do livro LIBERTAÇÂO
feito por nós na terça feira às 20h. pelo Skype
Francisco Cândido Xavier (autor)
André Luiz (espírito)
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19.10.24
Mãe do Céu
Toda a pobre Humanidade,
Estendei do Amor o véu
De Vossa Santa Bondade.
Amparai-nos, ó Senhora,
Intercedei a Jesus
Por todo aquele que chora
Ajoelhado ante a cruz.
Fortalecei-nos na fé
Que se mostra vacilante,
Sustentando-nos de pé
Dentro da luta constante.
Espalhai por sobre a Terra
A Vossa Paz soberana,
Fazendo cessar a guerra
Em sua escalada insana.
Iluminai os caminhos
Por onde a treva se adensa,
Extinguindo os torvelinhos
Da humana desavença.
Protegei, ó Mãe do Céu,
Toda pobre Humanidade,
Estendei do Amor o véu
De Vossa Santa Bondade.
Formiga/Baccelli - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
Lar Espírita “Pedro e Paulo”
Uberaba – MG, 12-10-24
18.10.24
Miramez - O Moço rico
Certa noite ouviu uma voz que lhe recomendava: "Vai, vende todos os teus bens, distribui-os entre os pobres e terás um tesouro no céu; depois vem e segue-me." Parecia-lhe que já escutara antes, mas quando? A voz fez-se ouvir novamente. "Fernando, podes vender todas as tuas posses na Espanha e distribuir o dinheiro entre os necessitados de tua pátria. Os daqui, necessitando passar pelos processos renovadores, precisam mais da tua riqueza mental, do resultado de tuas mãos operosas, do tesouro armazenado em teu coração e da tua presença confortadora."Assim o fez. Por procuração, autorizou amigos da Espanha a disporem de seus bens e distribuir o resultado entre os carentes e sofredores da Península Ibérica. Sem saber o que foi de suas riquezas materiais, viveu com a consciência tranquila, a verdadeira riqueza que acompanha seus portadores eternidade afora.
O MOÇO RICO, quase dezessete séculos depois, atendeu à recomendação de Jesus, vendeu todos os seus bens, doou-os e O seguiu! Passou a dedicar todo o seu potencial de amor e luz aos necessitados de consolo e de alento decorrentes dos acerbos sofrimentos impostos pelos processos renovadores por que passa os que se equivocaram em experiências transatas.
Extraído da biografia de Miramez contida na obra "Horizontes da Mente", de João Nunes Maia - Miramez
17.10.24
Egoismo e Orgulho
Allan Kardec.
Livro: A Gênese, capítulo 18, item 5
16.10.24
Comentário Questão 749 do Livro dos Espíritos
Os que vão para a guerra sentindo prazer em matar se encontram na faixa dos belicosos. Todos os homens procuram defender com paixão desequilibrada sua nação dos invasores ou invadem outros países com ódio incontido: são os chamados pelas trevas e escolhidos pelos seus sentimentos inferiores, na ordem das matanças.
Os soldados que se encontram no "front", podem ser influenciados pelo meio ambiente, respirando o mesmo clima de violência e, ao ouvir a voz do comando, acabam se tornando assassinos diante de Deus, pela fúria desmedida. Mesmo sendo a guerra um meio de acordá-los para a verdade, todos respondem, assim mesmo, pelos seus feitos contrários à lei de amor.
Contudo, nem todos pagam o tributo dos seus feitos com a mesma intensidade, pois levam-se em conta os seus sentimentos. Como existem muitos que foram às guerras, e não mataram, há muitos que ficaram resguardados e não compareceram às frentes, por não terem idade para tais eventos, mas que cooperaram para influenciar os matadores, os violentos e sanguinários pelos seus pensamentos, pelas suas naturezas internas. Assim, não são somente os que matam, no calor do combate que são culpados. Pelo que se sabe da força das idéias, que podem buscar longe outras pelas afinidades, os grandes culpados podem ficar escondidos dos homens, mas a justiça divina os encontrará, como se estivessem à luz do sol. Ninguém engana a Deus.
Ninguém provoca guerra por amor verdadeiro; existem princípios de guerra que aparentam defender a pátria, mas que não passam de interesses escusos, levando, muitas vezes, os países à decadência. Por que não gastam os recursos que possuem na prática da caridade? Por que tomar o que não lhes pertence? Por que não copiar a Cristo? A guerra entre os povos ainda são ranços do primitivismo; é onde vibra o orgulho de raça, e o próprio egoísmo. A humanidade deverá, com o tempo e pela lei do amor, esquecer as guerras externas, para entrar na nova era, a era da fraternidade que ajuda sem interesse egoístico, que ajuda aos seus irmãos por amor. As guerras, no futuro, deverão ir para os registros dos museus, onde as gerações deverão admirar os seus ancestrais pelo desequilíbrio de matarem seus próprios irmãos como animais. O progresso nos salva, colocando cada criatura nos devidos lugares que a sua estrutura espiritual a convida.
Tudo e todos têm direito à vida; a morte, na realidade, é processo de renovação, que somente o Criador pode acionar para as devidas mudanças. Deus é vida, e tudo feito por Ele tem a,primazia de viver n'Ele; entretanto, os corpos que são usados pelos Espíritos são mutáveis para a grandeza do mesmo e, para tanto, têm leis para garantir e processar esses fatos.
Se desejamos, podemos chamar de guerra o trabalho de Jesus, mas é uma guerra diferente, uma batalha interna, na correção dos defeitos, vícios e hábitos inferiores.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria.
14.10.24
Chico Xavier, Jesus E o Espiritismo
A Obra Mediúnica de Chico Xavier complementa Kardec, dando à Terceira Revelação uma dimensão muito mais ampla do que simplesmente à da Codificação.
No século XIX, os Espíritos Codificadores não puderam dizer mais do que disseram, porquanto nem instrumentos mediúnicos adequados eles possuíam para tanto, e, mesmo que eles tivessem se valido apenas das “mesas” e das “cestas”, não teriam encontrado a receptividade intelectual que encontraram com o avanço da Ciência, principalmente depois de Einstein, e as consequências da Revolução Francesa, colocando fim à Inquisição.
Reencarnando, Kardec então, na roupagem física de Chico Xavier, possibilitou que a Falange do Espírito da Verdade prosseguisse em seu labor com novas revelações e aproximando ainda mais os Dois Planos da Vida.
Emmanuel e André Luiz, na condição de intérpretes dos Espíritos Superiores, trouxeram o Espiritismo do século XIX para o século XX, projetando-o para o século XXI.
Temos hoje na Doutrina Espírita, em seu tríplice aspecto, uma doutrina atual, consoante as exigências do homem que, segundo León Denis, mais do que crer, deseja saber.
Todavia, desejamos destacar nesta síntese, que, sem dúvida, a maior contribuição de Chico Xavier, ou, digamos, a sua maior tarefa, foi a de ressaltar o Espiritismo como sendo o Consolador Prometido, ou a Revivescência do Cristianismo.
Sem dúvida, a Obra Mediúnica de Chico Xavier chancelou, em definitivo, o Espiritismo como sendo doutrina cristã, ou seja, o Espiritismo como sendo a verdadeira Volta de Jesus Cristo à Humanidade.
Não há um só livro mediúnico da lavra de Chico, escrito por esse ou aquele espírito, que não exalte a Figura do Cristo, demonstrando que o Espiritismo somente é inovador – eminentemente inovador – porque vincula revelações seculares, como a da Reencarnação, ao Evangelho de Jesus, para que, de fato, a evolução do espírito possa deixar de ser mera teoria.
Talvez, na atualidade, em que a perseguição ao Cristo se reaviva, igualmente no Brasil, através de movimentos políticos, a perseguição à Obra de Chico Xavier venha ocorrendo, chegando ao cúmulo da adulteração por uma das casas editoras à qual ele havia confiado a guarda das obras dos Espíritos por seu intermédio.
E a referida perseguição ao Cristo, agora também voltada para a Obra Mediúnica de Chico Xavier, tem sido feito até por alguns considerados adeptos da Doutrina, que, pretensamente intelectualizados, vêm fazendo verdadeiros malabarismos para desmerecê-la – sem estatura intelectual e moral para tanto.
A maior tarefa de Allan Kardec, após publicar “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, foi a de reencarnar e agora continuar fazendo uma Obra totalmente voltada para o Cristo, já que, ao seu tempo, no século XIX, não deixou de ser um tanto tímida a caracterização do Espiritismo como uma doutrina que, sem Jesus, simplesmente, se confunde com tantas outras doutrinas orientais.
No Espiritismo, o conhecimento da Verdade tem o Amor como finalidade.
No Espiritismo, o seu aspecto científico somente se justifica e se engrandece no Evangelho do Cristo.
No Espiritismo, a sua filosofia se alicerça em Jesus, pois que, sem Ele, o seu aspecto filosófico careceria de fundamento mais amplo, fugindo à mesmice do que os filósofos gregos falaram muitos séculos antes de Kardec.
Então, a missão de maior relevância de Chico Xavier, de 1927 a 2002, em 75 Anos de Apostolado, foi a de iluminar ainda mais o Espiritismo – dar a ele mais espírito do Espírito do Cristo, o que, felizmente, ele o fez também através de sua vida mais do que de Médium, mas também de Profeta dos tempos modernos.
A pujança do Espiritismo está no Cristo, e não somente estaria em Kardec, caso Kardec não tivesse tido a coragem de trazer a lume “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, provocando, já à época de sua publicação, a ira de alguns adeptos que contra ele se voltaram na “Sociedade Espírita de Paris”, e o traíram.
Sem Kardec não teríamos a Codificação, mas sem Chico Xavier não teríamos Jesus Cristo de novo no coração do povo – sem Kardec não teríamos o Pentateuco, mas sem Chico Xavier não teríamos o Pentateuco atualizado e iluminado, por dentro e por fora.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 13 de outubro de 2024.
13.10.24
XLV – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO LIBERTAÇÃO – ANDRÉ LUIZ - CHICO XAVIER
Gúbio argumenta:
- Se ainda não consegues ouvir os recursos interpostos pela Lei do Cordeiro Divino que nos recomenda o amor recíproco e santificante, não te ensurdeças aos apelos do coração materno. Ajuda-nos a liberar Margarida, salvando-a da destrutiva perseguição. Não se faz imperioso o teu concurso pessoal. Bastar-nos-á tua indiferença, a fim de que nos orientemos com a precisa liberdade.
Meditemos sobre o grave pedido de intercessão... Como veremos adiante, Margarida estava sob o domínio de obsessores cruéis, que pretendiam fazer justiça pelas próprias mãos. Indispensável obter-se o perdão, ou, pelo menos, uma trégua de suas vítimas de outrora, para que ela pudesse se reerguer em espírito, colocando ponto final naquele drama de ódio que, sem dúvida, poderia arrastar-se por muito tempo.
*
Gúbio, em suas palavras, ousa dizer a Gregório:
- (...) Auxilia-nos a conservar aquela existência valiosa e frutífera. Ajudando-nos, quem sabe? Talvez pelos braços carinhosos da vítima de hoje poderias, tu mesmo, voltar ao banho lustral da experiência humana, renovando caminhos para glorioso futuro.
Ao que Gregório responde:
- Qualquer ideia de volta à carne me é intolerável!
*
Indispensável muita sensibilidade de espírito para compreender a narrativa de André Luiz, que, há muitos, é possível que soe algo fantasiosa...
Margarida, por certo, em termos psicológicos, e mesmo genéticos, talvez representasse, com o aval de Matilde, que lhe fora mãe no pretérito, uma das poucas possibilidades de renascimento para Gregório, que vinha relutando em cuidar da própria redenção, conservando-se na Dimensão Espiritual em que se aquartelara.
Notemos como, não raro, se torna complexa a tentativa de se desfazer determinados “nós cármicos”, notadamente quando os envolvidos não se mostram dispostos a perdoar...
*
Gúbio, porém, não desanima:
- Sabemos, grande sacerdote – continuou Gúbio, muito calmo –, que sem a tua permissão, em vista dos laços que Margarida criou com a tua mente, poderosa e ativa, ser-nos-ia difícil qualquer atividade libertadora. Promete-nos independência de ação! Não te pedimos sustar a sentença, nem pretendemos inocentar Margarida. Quem assume compromissos diante das Leis Eternas é obrigado a encará-los, de frente, agora ou mais tarde, para resgate justo. Rogar-te-íamos, contudo, adiamento na execução de teus propósitos. Concede à tua devedora um intervalo benéfico, em homenagem aos desvelos de tua mãe e, possivelmente, os dias se encarregarão de modificar este processo doloroso.
Emocionante, confesso!...
Volto a dizer que, sem o mínimo de sensibilidade e de compreensão da transcendência da Vida, difícil admitir-se a autenticidade de tão doloroso caso de obsessão...
Os espíritos, desde os que se situam nas faixas primárias da evolução aos que atingiram a sua plenitude, são os “agentes” das Leis Divinas – alguns se fazem duros executores da Justiça, e outros os ternos intérpretes do Amor!...
JESUS, sobre a Terra, foi o INTÉRPRETE DO AMOR DIVINO!...
Nisto se constitui o Bem e o mal, a luta milenar travada entre os Cordeiros e os Dragões!...
Você, querido/a internauta, consegue APREENDER isto?!...
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Veja também a Gravação do Estudo Detalhado do livro LIBERTAÇÂO
feito por nós na terça feira às 20h. pelo Skype
Francisco Cândido Xavier (autor)
André Luiz (espírito)
https://youtu.be/zdKQ55-equQ?list=PLJUZisvOqWSPrzDjdw6f9NSTmILB0O3rp
12.10.24
Duas Medidas
A gente reclama e chora,
Porém, se ocorre com os outros
Estava passando da hora.
Formiga/Baccelli - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
Uberaba - MG, 6-10-24
10.10.24
ALÉM DA TERRA
Confio o pensamento a sonho terno,
Em holocausto mudo à Divindade,
E sinto a redenção de todo inferno
Na blandícia da paz que, em luz, me invade.
À carícia invisível me prosterno.
6. E por mais ruja a treva e se degrade,
Deus fulgura qual facho imenso e eterno,
Suporte vivo da imortalidade
Há traços resplandecentes de mil vidas
E destroços das épocas perdidas
No mar turbilhonante de mim mesmo.
12. Seguimos... Eu e o sonho que delivro,
Páginas paralelas de um só livro,
14. No livro do Universo aberto a esmo...
(*) Poeta, dramaturgo e jornalista. Funcionário da Prefeitura Municipal de S. João da Boa Vista. Exerceu o jornalismo no Rio de Janeiro, onde secretariou a Gazeta da Tarde. Segundo Luís Correia de Melo (Dic. Aut. Paulistas, pág. 631), OT “compôs ou traduziu numerosas peças de teatro, principalmente de colaboração com Artur Azevedo, Demétrio de Toledo, Eduardo Vitorino e Moreira Sampaio, sendo de sua autoria o libreto da ópera Ester, do maestro Assis Pacheco”. Afirma Fernando Góes (Pan. IV, pág. 150) que o poeta teve a “vida marcada pelo sofrimento, pela doença, por um amor inatingível”. Andrade Muricy (Pan. Mov. Simb. Brás. II, págs 171-172) dá melhor a conhecer a página amorosa do poeta de “voz roufenha” e “físico infeliz”, “a quem” – segundo as palavras de João Luso – “a tuberculose devorava os pulmões e o amor o coração”. (S. João da Boa Vista, Est. de S. Paulo, 27 de agosto de 1875 – Sítio, atual Antônio Carlos, Minas Gerais, 25 de fevereiro de 1901**.)
BIBLIOGRAFIA: Magnificat.
** Luís Correia de Melo (op. cit., pág. 631) registra 1902 como o ano de desencarnação
6. Elipse: “E por mais (que) ruja...”
12. Aposiopese: “seguimos...”
14. Ler assim este verso:
No/ li/vro do U/ ni/verso a/ ber/to a/ es/mo...
Neste soneto, revela-se o poeta pouco afeito aos altos vôos do artesanato poético e, para que possamos observar o quanto OT, ainda encarnado, era distraído quanto à forma, vamos citar-lhe alguns versos alexandrinos, uns trimembres, outros não. De início, cf. o quarto verso do soneto “Horas Mortas” (Pan. IV, pág. 150), com acentuação na 1ª, 4ª, 8ª e 12ª sílabas. Em seguida, cf. “Paisagem Espiritual”, 7º e 8º versos, respectivamente, com acentuação na 3ª, 7ª e 12ª e 4ª, 9ª e 12ª sílabas (id., pág. 151).
Livro: Antologia dos Imortais - Francisco C. Xavier e Waldo Vieira.
9.10.24
DOMINAÇÃO TELEPÁTICA
Gravação do Estudo Detalhado do livro
NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE
feito pelo Skype
Francisco Cândido Xavier (autor)
André Luiz (espírito)
LEGÍTIMA DEFESA
Não devemos confundir a lei de Deus com as leis dos homens, pois na lei de Deus não existe legítima defesa. Isso é recurso dos homens para atenuarem os seus crimes. Eles mesmos, os criadores das leis, de tanto mal que fazem à coletividade, ficam procurando um preventivo para as suas faltas.
Não há razão nenhuma para que se possa tirar a vida de outrem. Mesmo ameaçado pelos criminosos, existem muitos meios de defesa. Se desejamos saber se a legítima defesa tem o assentimento de Deus, por que não perguntar o que deve ser feito nesses casos? E a meditação nos responderá: mudança de vida, transformação íntima.
A transformação é a melhor defesa contra todos os males. Se alguém nos agride, certamente é porque agredimos alguém. Se o arrependimento já vibra em nossa mente e em nosso coração, procuremos os meios de defesa antes que o mal aconteça. Entreguemo-nos ao amor, a todos e a tudo, que o resto virá por acréscimo de misericórdia. Deus está em toda parte, como igualmente no agressor, cobrando e ensinando ao agredido que tudo é todos são filhos do mesmo Deus.
Quem é mais agredido, o animal ou o homem? A natureza ou o homem? Se o ser humano, mesmo depois que conhece certas leis, não pára de agredir os animais e a natureza, ele recebe de volta a mesma agressão. Pensemos nisso, que procuraremos a legítima defesa de outra maneira. Comecemos a respeitar a vida em todas as suas faixas, que a nossa será sempre defendida em todos os aspectos. Devemos dilatar a nossa mente no conhecimento da verdade. Verifiquemos a vida dos grandes homens e meditemos em nosso procedimento ante os nossos semelhantes e ante a natureza, que mudaremos de opinião.
O certo não é revidar ao agressor; ele está sendo instrumento da cobrança do que já foi feito; é não se nivelar a ele para não se tornar também um agressor. Quanto à legítima defesa, os verdadeiros caminhos estão com Jesus: quando o ódio vier ao nosso encontro, criemos uma legítima defesa com o amor; se o violento nos agredir, perdoemos, esquecendo a falta; se alguém nos rouba, oremos por ele, sem o Espírito de vingança. Procuremos ser honestos em tudo que fazemos e pensamos, porque a vida, bem o sabemos, nos retribui o que entregamos aos outros.
A legítima defesa somente se alicerça com Deus no coração, em se expressando amor. Não devemos brincar com a justiça divina, nem servir de instrumento consciente dessa força poderosa. Para tanto, existe quem a dirige pelos processos que desconhecemos. Não é dado a nós fazer justiça com as nossas próprias mãos. Devemos fazer tudo para que as nossas mãos não fiquem manchadas com o sangue do nosso irmão. Trilhemos os caminhos do bem, apeguemo-nos ao Evangelho e condicionemos seus preceitos na consciência, que tudo mudará a nossa volta, para que tenhamos mais vida e acendamos luz onde haja trevas.
Todo assassino responde pelo seu ato contra o seu irmão. A escala de culpabilidade é enorme, contudo, matar é sempre falta grave, porque somente quem deu a vida pode tirá-la quando achar conveniente. Lembremos ainda que existem muitos meios de assassinar, inclusive aquele que lentamente vai matando as criaturas...
Se queremos ficar livres da justiça divina, somente existe um caminho: o amor ensinado por Jesus. Repitamos as palavras de Marcos, do capítulo dez, versículo vinte e seis:
Eles ficaram maravilhados, dizendo entre si: Então, quem pode ser salvo?
Que Jesus nos abençoe na compreensão das suas imortais mensagens.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria.
8.10.24
O Combate às Miséria
A miséria, em última instância, significa a ausência de Deus.
O que vive em miséria vive despojado de qualquer proteção para sua subsistência.
Há, dessa maneira, uma infinidade de possibilidades de existência da miséria.
Existe a miséria social.
É aquela em que os mínimos sociais são subtraídos da pessoa. Sua dignidade vai completamente ao chão porque não possui trabalho, moradia, assistência de toda ordem e, geralmente, passa fome. É um pária social.
Existe a miséria existencial.
É aquele em que se é desprovido das armas do intelecto e do ser em diversas frentes. Ele não possui discernimento da sua própria vida e perambula no mundo sem sentido algum de existência.
Existe, também, a miséria espiritual.
Esta miséria se encontra no momento de desenlace do ser da prisão corporal. É alguém desprovido de qualquer condição de sobrevivência no mundo dos espíritos porque não amealhou, em vida física, qualquer patrimônio de ordem moral para sua subsistência nesta outra vida.
Além de outras formas de manifestação da miséria, quero enaltecer, neste momento, a miséria moral. Talvez aquela que mais repercute nas demais manifestações da ausência de si mesmo e de Deus.
A miséria moral é o afastamento consciente ou não do indivíduo daquilo que o enobrece como ser humano.
Ele é desprovido de caráter, de dignidade, de escrúpulo, de tudo. É um pária do espírito.
Muitas pessoas, infelizmente, sofrem deste tipo de miséria. Aqui onde estou e no plano terreno físico.
Quando Jesus nos ensinou que bem-aventurados por que eles alcançarão a misericórdia quis dizer que felizes ou abençoados são aqueles que usam da sua condição de ser humano para ajudar indistintamente outro ser humano.
Ele age com o espírito de humanidade. É um apostata do bem. Deseja e faz o melhor para seu irmão de caminho sair da miséria em que se instalou.
Com isso, mediante a lei da reciprocidade divina, eles também serão objeto da misericórdia quando tiverem essa necessidade e, acrescente-se, alcançarão a misericórdia do Pai em relação aos que ele converte o seu amor e atenção.
Jesus foi e é misericordioso.
Pudera!
A humanidade daquele tempo e hoje principalmente vive afundada em vários tipos de miséria como me referi.
Consciente da nossa condição evolutiva, Jesus apazigua as manifestações de miserabilidade mediante o conforto e acolhimento das dores do ser em miséria.
Jesus utiliza do seu sentimento magnânimo pela humanidade. Seu coração, que é somente amor, se derrama de ajuda aos necessitados do espírito.
Se não tivéssemos isto, coitados de nós, pois viveríamos demasiadamente na penúria moral e espiritual.
Vai, irmão, usar da misericórdia com todos aquele que cruzarem o vosso caminho.
Sinta a sua dor no que for possível.
Absorva a sua dificuldade.
E, de maneira sútil e serena, acalente esta dor total.
Meus irmãos, quanto precisamos, todos nós, de sermos misericordiosos e receber, igualmente, a misericórdia alheia e divina.
Somente assim, ajudando uns aos outros, edificaremos um mundo mais justo e nobre de se viver para todos e não apenas para uma minúscula parte dos habitantes terrenos.
Estejam em paz!
Helder Camara - Blog Novas Utopias
7.10.24
Terra – Mundo de Regeneração
Sou de opinião que não será tão cedo que a Terra se converterá em Mundo Regeneração – a curto nem a médio prazo!
Temos, sim, que ser otimistas, mas, por outro lado, não podemos deixar de ser realistas.
Para que a Terra venha, a curto e a médio prazo, ser um Mundo de Regeneração, uma hecatombe generalizada deve acontecer – algo semelhante ao que aconteceu quando os dinossauros foram destruídos.
Uma catástrofe que, afinal, alcance os Dois Lados da Vida, as duas “bandas” da laranja, porquanto, deste Outro Lado, a humanidade, ou melhor, a animalidade humana, igualmente, vem extrapolando.
Vamos necessitar de duas Arcas de Noé, dentro da qual, com certeza, eu estarei, singrando o Oceano Cósmico, em busca de outra Terra Prometida...
Os problemas sociais, enfim, espirituais, que assolam a Terra atual são inimagináveis, com bilhões de envolvidos, direta e indiretamente.
Guerras.
Drogas.
Corrupção.
Injustiça.
Crimes hediondos.
Pedofilia.
Estrupros.
Escravização.
Tráfico humano.
Ditaduras.
Indiferença.
Religiões falidas.
Dentro dessa imaginária “Arca de Noé”, sendo uma Doutrina tão jovem, vai ter que haver uma ala só para espíritas – personalistas, vaidosos, mentirosos, que, outra vez, estão traindo o Cristo.
Para católicos, muçulmanos e protestantes (evangélicos) então, vamos carecer de frotas e mais frotas de “Arcas”... Para os que rendem culto à Satã, para os sexólatras, para os que só pensam em prazer do corpo – hajam “Arcas”, no imenso dilúvio, ou, mais modernamente, no tremendo tsunami.
Então, o trabalho que nos espera é imenso e a Terra, UM DIA, há de ser um Mundo Melhor – afinal, os “tempos são chegados”, mas os ponteiros do relógio divino movimentam-se em câmara lenta... Para a Lei, um século é um dia, e um milênio, alguns poucos anos...
Os recentes acontecimentos que assolam a Humanidade são de desanimar, embora não possamos, óbvio, nos entregar ao desalento.
Graças a Deus, temos, sim, muita gente boa encarnada, que, a grande custo, vem equilibrando as ações, pois, caso contrário, a coisa estaria muito pior – O HOMEM PERDEU A FÉ EM DEUS!...
Eis o que, infelizmente, constatamos em nossos estudos deste Outro Lado – O HOMEM PERDEU A FÉ NAS RELIGIÕES, porque padres e pastores, califas e espíritas, estão cedendo, com facilidade impressionante, à mistificação.
O Judaísmo ignora quase completamente a Jesus Cristo.
O Hinduísmo, com os seus iogues, pregam a Reencarnação como sendo tão somente uma operação de o espírito sair e entrar em um novo corpo.
Quando os capelinos vieram para a Terra, é bom que se diga, o orbe que eles habitavam simplesmente explodiu – a desencarnação foi coletiva – o joio e o trigo só foram separados depois da ceifa...
E não me perguntem como os exilados puderam vir parar em um planeta tão distante como a Terra, porque eu não sei como puderam viajar pelo Espaço com os seus corpos espirituais?...
Vocês sabem?...
Capela dista 42,92 anos-luz deste planetinha!...
Para mim, segundo a Parábola do Filho Pródigo, eles vieram caindo, caindo, caindo... – Foram puxadas pela Lei da Gravidade, sempre para baixo, para mais baixo, até que estacionaram sobre a Terra...
Então, por enquanto, Mundo de Regeneração para mim, dentro do pesadelo que vivemos, não passa de um sonho bom, porém, muito distante!...
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
5.10.24
A Luz Da Fé
Por luz alçada à frente de teus passos,
Estrela que ilumina a noite escura
Em que, sozinho, avanças, de olhos baços...
Carrega o lenho que susténs aos braços,
Sem reclamar da prova que te apura,
E segue adiante, embora os membros lassos,
Como quem sabe o rumo que procura...
Sobe o monte escarpado que divisas,
Transformando os espinhos em que pisas
Em sublimes degraus de elevação...
Ao fim da senda estreita que te guia,
Hás de encontrar, chorando de alegria,
O Mestre Amado que te estende a mão!...
Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do “Grupo Espírita da Prece”, na noite de 29 de setembro de 1990 (*), em Uberaba – MG.)
(*) Soneto recebido há 34 anos.
4.10.24
BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO
Alguns, mais exaltados, censuram a postura do autor espiritual que, em capítulo específico, destaca a importância do trabalho desenvolvido pela "Federação Espírita Brasileira", que, de fato, em décadas passadas cumpriu com relevante papel na defesa dos postulados espíritas.
Todavia, sem, outra vez, desejar entrar no mérito do chamado "Pacto Áureo", e das atividades doutrinárias atuais da FEB, que, em muitos aspectos, não coadunam com o nosso pensamento, desejamos dizer que a controvertida questão, de o Brasil vir a ser, ou não, a futura Pátria do Evangelho, não depende unicamente da conduta, ou mesmo do desejo, dos espíritas.
Para que no Brasil se concretize a esperança que a Espiritualidade Superior nele deposita, na proposta que encerra o livro de Humberto de Campos, evidentemente, muita coisa necessita mudar...
No caráter do povo...
Na idoneidade dos políticos...
Na sinceridade dos religiosos...
E, por aí vai.
Não será pela lavratura de um decreto de natureza espiritual, que, a rigor, não existe, e ao som de clarinadas angelicais, que o Brasil haverá de se tornar a Pátria do Evangelho!
E, caso não venha a ser o que dele se espera que seja, nada há de se estranhar, ou de culpar a Espiritualidade que referendou a obra de Humberto de Campos, porque, afinal, a inicialmente escolhida Pátria do Evangelho, a Judeia, se transformou em sangrento campo de batalha!
Do Espiritismo em seu berço, pouco mais resta que o dólmen de Allan Kardec, no Père-Lachaise, em Paris, a difundir os princípios da Terceira Revelação, que, praticamente, foram sepultados por várias guerras que, envolvendo a França, assolaram a Europa.
Prefaciando o mencionado livro, Emmanuel escreveu: "Peçamos a Deus que inspire os homens públicos, atualmente no leme da Pátria do Cruzeiro, e que, nesta hora amarga em que se verifica a inversão de quase todos os valores morais, no seio das oficinas humanas, saibam eles colocar muito alto a magnitude dos seus precípuos deveres."
Infelizmente, contudo, a nosso ver, em relação aos homens públicos, salvo uma exceção ou outra, isto está muito longe de acontecer - não por falta de inspiração dos Planos Maiores, mas por falta de receptividade das mentes humanas que se encontram no leme da promissora Pátria do Cruzeiro!
Neste sentido, pedimos vênia para, igualmente, dizer que, movido por interesses subalternos, até mesmo ao homem comum está faltando amor pelo Brasil, para que, de uma vez por todas, ele consiga se erguer no concerto das nações, e não mais se apresente ao mundo de modo tão miseravelmente desmoralizado como vem acontecendo.
Humberto de Campos, no último parágrafo do seu "Esclarecendo", exortou: - "Brasileiros (...)! Não nos compete estacionar, em nenhuma circunstância, e sim marchar, sempre, com a educação e com a fé realizadora, ao encontro do Brasil, na sua admirável espiritualidade e na sua grandeza imperecível."
INÁCIO FERREIRA - blog Mediunidade na Internet