Infelizmente, temos visto, algumas práticas adotadas por certos adeptos do Espiritismo que são completamente estranhas à Doutrina – o que, evidentemente, nos revela que tais confrades e confreiras possuem um conhecimento muito raso da crença que professam, ou dizem ter professado um dia.
Por outro lado, observamos, sim, irmãos e irmãs dizendo-se
ex-espíritas, lançando sobre o Espiritismo a culpa de sua deserção, quando, em
verdade, deveriam lançá-la sobre a sua própria ignorância espiritual, ou,
ainda, pela fé espírita estar colidindo com os seus atuais interesses pessoais,
econômicos e/ou profissionais.
Por exemplo – isto é dos espíritas, ou dos ex-espíritas, e
não do Espiritismo, que, aliás, nunca foi e nunca será:
· Revelações
em torno das vidas passadas suas e/ou dos outros.
· Atribuir todos os
acontecimentos que sucedam no presente à Lei de Causa e Efeito, ou Carma.
· Rotular de
obsessão toda e qualquer perturbação que acometa o próximo.
· Estabelecer data
para o exílio dos espíritos recalcitrantes que habitam a Terra.
· Formalizar a
simples transmissão do passe.
· Idolatrar
dirigentes e médiuns.
· Elitizar o
Movimento, estabelecendo taxas para os Encontros promovidos.
· Adulterar textos
dos livros sobre os quais não possuem nenhuma autoridade autoral.
· Tomar partido
político.
· Levantar
bandeiras sociais que, com exclusividade, não se baseiem no “amai-vos uns
outros”.
· Condenar os que,
talvez, tendo cometido esse ou aquele deslize, a vales de sofrimento além da
morte.
· Não aceitar que o
Espiritismo seja uma doutrina progressista, resumindo-se, para sempre, na
Codificação.
· Impor ideias
próprias em relação às obras assistenciais mantidas pelas Casas Espíritas,
chegando a condenar a prática da Caridade.
· Pregar o que não
se esforça por vivenciar.
· Promover reuniões
mediúnicas com a preocupação de atrair multidão.
· Acreditar-se um
missionário reencarnado.
· Polemizar por
detalhe, esquecido do essencial.
· Em defesa de seus
pontos de vista doutrinários, colocar de lado a fraternidade, a ponto de
inimizar-se com quem se lhes opõem.
· Crer que toda
reencarnação seja programada por Institutos de Reencarnação.
· Imaginar que, por
ser espírita, conte com alguma espécie de privilégio.
· Não admitir que o
Espiritismo, sendo o Consolador Prometido, possui tríplice aspecto: Ciência,
Filosofia e Religião.
· E, sobretudo, não
aceitar a Jesus na condição de Mestre e Senhor, o que Kardec deixou explícito
nas páginas de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
A lista, que é imensa, poderia continuar, mas, de nossa
parte, preferimos ir ficando por aqui, deixando que os próprios confrades e
confreiras encarnados façam as suas reflexões em torno do assunto.
Encerramos dizendo que, de fato, temos presenciado inúmeras
traições feitas ao Espiritismo por quem já tendo se beneficiado em suas
fileiras, agora debandam, mas não sem sair atirando-lhe pedras, como quem não
hesita em conspurcar a fonte cristalina que já lhe saciou a sede.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba, 10 de Março de 2024.
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