11.3.24

A Paz advém das Tempestades

 

A hora presente é a grande hora para celebrarmos a paz.

A paz não viria, no entanto, de um ambiente não hostil?

Não, irmãos, a paz advém das tempestades e não dos ares serenos. Somente ao conhecermos as adversidades e deixarmos de valorizá-las é que se germina um ambiente de verdadeira paz.

Quando já estamos com ela, então a resguardamos e a internalizamos como sendo uma conquista inegociável.

Este momento é, portanto, o abençoado momento de celebração da paz porque vivemos em tempos de tempestades.

Quando presenciamos embates cruéis pelo mundo como os atuais na Ucrânia e entre os palestinos é que devemos refletir sobre a condição humana na terra.

E esta reflexão nos leva inevitavelmente a afirmar: como estamos atrasados nos planos do Criador.

Ainda achamos que a nossa verdade deve prevalecer sobre a verdade do outro.

Ainda acreditamos que devemos eliminar o outro para que perpetue o nosso modo de ver as coisas.

Ainda matamos o outro porque simplesmente ele é diferente de mim.

Este é o tempo de tempestades, de agitamento do ser humano na sua fraqueza espiritual.

Este é o tempo de tempestades porque ainda cremos que o mundo é livre quando, na realidade, se impõe uma vontade sobre a outra e ai de quem não baixe a cabeça sobre ela.

Este é o tempo de tempestades porque o egoísmo humano e o  consumismo deliberado faz-nos acreditar que o deus-dinheiro é aquele que deve reinar na terra.

Natural, portanto, as tempestades para que o ser humano diga definitivamente um “basta” para estas idiossincrasias e, em seu lugar, impetre um reino de entendimento.

A paz vem da compreensão do outro. Do acolhimento da sua diferença e do diálogo aberto e não impositivo da vontade de um sobre a do outro.

A paz vem do desejo sincero de se conseguir a alegria total e não a individual.

A paz é o caminho da redenção humana quando esta compreender que está reservado para a qualidade dos santos e não das bestas.

Tudo faz parte de um grande concerto divino que, pouco a pouco, haverá de extirpar desse seio planetário todo aquele que vier a divergir da regra de ouro da convivência humana, qual seja, a de somente fazer ao outro o que desejaria que o outro lhe fizesse.

Simples assim!

Tudo passa pela teoria das mentes dos intelectuais e das elites do poder temporal, mas haverá o dia que elas brotarão das massas cansadas de tanto terror e escuridão.

Colocai como prioridade em sua vida ser um pacificador para ser chamado legitimamente de filho de Deus.

Sejamos filhos de Deus e não do diabo.

Não falo do diabo mitológico porque este não existe, mas do diabo da intolerância, do preconceito e da má-fé.

Isto, sim, é diabólico, o mal calculado e executado com frieza e, às vezes, com requinte.

Bem-aventurados, igualmente, os mansos porque serão estes, meus irmãos, que herdarão a Terra e não os guerreiros travestidos de heróis que não passam de sanguinários e incautos de Deus.

É o amor que prevalecerá na Terra.

Isto já foi dito e deve ser lembrado sempre. O amor será a única regra de convivência humana e dele nascerá indubitavelmente a paz imorredoura e santa.

A paz de Jesus esteja convosco!

 

Karol Wojtyla – Blog de Carlos Pereira

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