A hora presente é a grande hora para celebrarmos a paz.
A paz não viria, no entanto, de um ambiente não hostil?
Não, irmãos, a paz advém das tempestades e não dos ares serenos.
Somente ao conhecermos as adversidades e deixarmos de valorizá-las é que se
germina um ambiente de verdadeira paz.
Quando já estamos com ela, então a resguardamos e a
internalizamos como sendo uma conquista inegociável.
Este momento é, portanto, o abençoado momento de celebração da
paz porque vivemos em tempos de tempestades.
Quando presenciamos embates cruéis pelo mundo como os atuais na
Ucrânia e entre os palestinos é que devemos refletir sobre a condição humana na
terra.
E esta reflexão nos leva inevitavelmente a afirmar: como
estamos atrasados nos planos do Criador.
Ainda achamos que a nossa verdade deve prevalecer sobre a
verdade do outro.
Ainda acreditamos que devemos eliminar o outro para que perpetue
o nosso modo de ver as coisas.
Ainda matamos o outro porque simplesmente ele é diferente de
mim.
Este é o tempo de tempestades, de agitamento do ser humano na
sua fraqueza espiritual.
Este é o tempo de tempestades porque ainda cremos que o mundo é
livre quando, na realidade, se impõe uma vontade sobre a outra e ai de quem não
baixe a cabeça sobre ela.
Este é o tempo de tempestades porque o egoísmo humano e
o consumismo deliberado faz-nos acreditar que o deus-dinheiro é
aquele que deve reinar na terra.
Natural, portanto, as tempestades para que o ser humano diga
definitivamente um “basta” para estas idiossincrasias e, em seu lugar, impetre
um reino de entendimento.
A paz vem da compreensão do outro. Do acolhimento da sua
diferença e do diálogo aberto e não impositivo da vontade de um sobre a do
outro.
A paz vem do desejo sincero de se conseguir a alegria total e
não a individual.
A paz é o caminho da redenção humana quando esta compreender que
está reservado para a qualidade dos santos e não das bestas.
Tudo faz parte de um grande concerto divino que, pouco a pouco,
haverá de extirpar desse seio planetário todo aquele que vier a divergir da
regra de ouro da convivência humana, qual seja, a de somente fazer ao outro o
que desejaria que o outro lhe fizesse.
Simples assim!
Tudo passa pela teoria das mentes dos intelectuais e das elites
do poder temporal, mas haverá o dia que elas brotarão das massas cansadas de
tanto terror e escuridão.
Colocai como prioridade em sua vida ser um pacificador para ser
chamado legitimamente de filho de Deus.
Sejamos filhos de Deus e não do diabo.
Não falo do diabo mitológico porque este não existe, mas do
diabo da intolerância, do preconceito e da má-fé.
Isto, sim, é diabólico, o mal calculado e executado com frieza
e, às vezes, com requinte.
Bem-aventurados, igualmente, os mansos porque serão estes, meus
irmãos, que herdarão a Terra e não os guerreiros travestidos de heróis que não
passam de sanguinários e incautos de Deus.
É o amor que prevalecerá na Terra.
Isto já foi dito e deve ser lembrado sempre. O amor será a única
regra de convivência humana e dele nascerá indubitavelmente a paz imorredoura e
santa.
A paz de Jesus esteja convosco!
Karol Wojtyla – Blog de Carlos Pereira
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