Allan Kardec foi o desbravador da Imortalidade!
“O Livro dos Espíritos” revolucionou todas as
concepções de Vida após a morte.
Depois de algum tempo, a partir da década de 40,
com Chico Xavier, um pouco mais da “ponta do véu” foi levantada – o Mundo
Espiritual foi se nos tornando mais nítido em seus contornos.
Todavia, muito ainda há para ser revelado e
conhecido.
Por mais que nós, os desencarnados, procuremos
fazer mais luz em torno da realidade do espírito, para além do sepulcro,
esbarramos com as limitações mediúnicas que nos são oferecidas.
Ideias preconcebidas e o receio da crítica fazem
com que os médiuns se encolham diante de comunicados um pouco mais ousados.
E não somente isto – poucos, igualmente, são os
espíritos comunicantes aptos a transmitirem as suas percepções da realidade,
sem distorcê-la.
O Mundo Espiritual não é Mundo Espiritual – são
Mundos Espirituais! - “Há muitas moradas na casa de meu Pai.” Infinitas
moradas, quase tantas quanto são as condições em que a mente seja capaz de
plasmá-las ao seu derredor...
Mundos criados por espíritos que estão vivendo no
Passado – vide a obra “Libertação”, de André Luiz.
Mundos criados por espíritos que estão vivendo no
Futuro – vide a obra “Nosso Lar”, do mesmo autor espiritual.
Mundos rentes, abaixo e acima da Terra!
Mundos espirituais que se projetam da Terra, e que
projetam a Terra – Mundos espirituais que se projetam de outros orbes, e que
projetam tais orbes.
Todos eles, evidentemente, entrelaçados –
interligados – conectados – irmanados – solidários.
“Uma borboleta bate as asas em Tóquio e, dias
depois, chove no Central Park, em Nova York.”
Espíritos existem que, ao desencarnarem, olham com
certa indiferença para a Terra – não por sentimento de indiferença, mas por
desapego – por que sabem que os que sobre ela ficaram não haverão de morrer, e
que nada que sobre ela existe é eterno!
Outros, infelizmente, simplesmente dormem, e
acordam em um novo corpo físico! Pode ser aqui, ali, além, alhures... Não
necessariamente no seio da mesma família consanguínea e, talvez, nem
pertencentes à mesma raça.
O espírito pertence ao Universo e o Universo a ele!
A fim de que nos sintamos ajustados e felizes,
todos, estejamos encarnados ou não, carecemos de ter essa compreensão.
Em sua mente, subindo degraus, o espírito, sem sair da Terra, pode
vislumbrar, não dizemos toda a luz, mas significativos reflexos da luz da
Verdade – reflexos de luz que, na maioria das vezes, as letras do alfabeto
humano não são capazes de traduzir!
Compreendam, pois, que o Mundo Espiritual não está
lá – não está aqui, mas, sim, ao derredor de vocês e de nós! É aí que ele
começa, ou que ele se prolonga!...
As nossas descrições do Mundo Espiritual – quem
ler, entenda – são tímidos clichês do Infinito da Vida – é pequena porção de
água do oceano dentro de um aquário, dando a quem o possui a ilusão de ter o
oceano inteiro dentro de casa!...
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 30 de março de 2015.
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