A fé vive na base das nossas mínimas operações de cada dia e, por isso
mesmo, amplia os horizontes de nossa alma, na medida de nosso esforço dentro da
sublimação íntima.
O homem confia nas vias gástricas e alimenta-se com
êxito.
Apoia-se nos pés e caminha desassombrado.
Espera o concurso das
mãos e trabalha com habilidade.
Conhece o valor do pensamento e influencia
milhões de pessoas com a palavra falada ou escrita.
Atende às leis naturais,
que lhe orientam a experiência no corpo, e consegue estabilidade física por
muitos anos.
Tudo na existência é serviço da Fé viva em Poderes que não vemos
e em coisas que não podemos analisar.
É por essa razão que, além da Terra,
cada criatura encontra aquilo que cultivou.
O avarento, exclusivamente
entregue ao dinheiro, receberá em miragens de ouro a sua desventura
infernal.
O viciado, que se consagrou a sensações mentirosas da carne, achará
no desejo insatisfeito a tortura de cada instante.
O criminoso, que se rendeu
à violência, viverá entre os quadros escuros em que fixou os pensamentos
delituosos.
O espírito inerte, que se devotou à ociosidade, reconhecer-se-á
na paisagem fria e desolada dos que se relegaram à retaguarda de preguiça ou
desânimo.
Não te canses de procurar a bondade e a beleza, a virtude e a
sabedoria, a luz e o amor, cultivando-os sem descansar, porque o homem que
procura os cimos da montanha domina a paisagem, compreendendo o infinito em que
nos movemos na direção do Senhor, criando visão nova para novos surtos de
Espiritualidade santificante, de vez que, no Bem ou no Mal, na Terra ou fora
dela, viveremos onde pela Fé estivermos situando o próprio Coração.
Pelo
Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Vereda de
Luz, lição nº 17, página 66.
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