3.8.22

A LEI DE DEUS

Comentário Questão 647 do Livro dos Espíritos

Cumpre saber que a lei de Deus se fundamenta em um só atributo do Criador: o amor. Porém, necessário se faz que compreendamos que esse amor é a síntese da própria vida, e que ela, sendo manifestação de Deus, se divide ao infinito, o quanto for necessário para elevação das almas, em transe para o despertamento espiritual.
Quando falamos na lei de Deus, focalizamos um único ponto de partida que é o amor; entretanto, como esse amor não pode ser compreendido da maneira mais elevada na Terra, ele se divide pelos poderes do Criador, para educar e beneficiar a todas as criaturas.
Vejamos o que pode ser o amor e suas manifestações:
ele é a maior de todas as virtudes somadas,
é o perdão, a fraternidade;
é a confiança, é a caridade,
é a sabedoria, a santidade e a fé;
enfim, todas as virtudes, como divisões,
são ramificações do amor.
E cada coisa e cada alma o compreende
de acordo com a sua elevação espiritual.
Para que pudéssemos compreender o amor mais puro, Deus enviou Seu filho, para nos mostrar como exemplo o Seu amor para com todos nós. Jesus Cristo é o amor na sua plenitude mais pura.
Fala-se muito, em várias mensagens, que o Espírito precisa de duas asas para o seu vôo em direção à sua libertação espiritual. Na verdade^ te afirmamos que o amor é tudo, em se falando na sua pureza, porque quem ama realmente é um sábio e o verdadeiro sábio o é porque ama. Podemos dizer que a lei em que se estabiliza a criação de Deus, é uma só, no entanto, por causa da inferioridade dos homens, são criadas regras no sentido de chegar a esse amor que liberta as criaturas. E as regras são sempre.mutáveis, devido ao progresso dos seres, mas o amor é imutável, por ter sido criado por Deus, que sempre é, foi e será a Perfeição.
Podemos observar que Moisés coordenou os dez mandamentos, e que depois de mais ou menos quinze séculos Jesus condensou em dois apenas. E depois de mais de dezoito séculos, a Allan Kardec coube simplificar mais ainda, adaptando os dois mandamentos de Jesus em duas afirmativas mais chegadas aos seres humanos, donde poderiam ser melhor entendidos, e que são: Educar e instruir. Mudam-se as formas de regras, mas, o fundo é o mesmo: aprimorar a alma, despertá-la, despertar os tesouros que existem em todos, no cofre dos sentimentos, onde Deus depositou toda a Sua confiança.
A humanidade, principalmente os espíritas, se encontra em uma fase da mais alta importância, aquela que tem em suas mãos os mais elevados conceitos da vida, sob todos os aspectos, de modo que, se forem tomados caminhos errados, não é por falta de conhecimento, é desleixo, e o desleixo pagará caro pela sua invigilância.
A lei única está em Deus; quando ela se irradia para todos os mundos, já se divide a fim de motivar todos os seus filhos para o auto-aprimoramento espiritual. Não obstante, quando a alma começa a crescer nos seus valores, as divisões do amor vão diminuindo, por não se precisar mais de muitas advertências.
Livro: Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez

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