Questão nº 931
Compadece-te de quem se
aproxima.
Não te encarceres nas
aparências.
Há risadas que disfarçam
soluços.
Muita veste custosa esconde
feridas.
O legislador que te parece
feliz muita vez gemerá em desespero silencioso.
O administrador que passa,
indiferente, carrega na cabeça tão esfogueantes problemas que deixou de
saudar-te.
O expositor de ensinamentos
sublimes que se te afigura a cavaleiro das vicissitudes humanas caminhará,
talvez, cada dia, atormentado de tentações.
O titulado que respira sob o
apreço público, pela elevação cultural e profissional a que se guindou, em
muitas ocasiões transporta consigo amargas experiências.
O comerciante que supões
regalado, na mesa opípara, guarda provavelmente o estômago ulceroso, com
extrema dificuldade para comer.
O artista que presumes
campeão do prazer, porque trabalha sorrindo, quase sempre possui no coração um
vaso de lágrimas.
A mulher que julgas vaidosa,
porque anda adornada, em muitas circunstâncias chora por dentro, crucificada no
martírio doméstico.
A pessoa que acreditas
insensata, por revelar-se autoritária ou pretensiosa, na maioria das vezes é
simples caso de obsessão.
A sociedade é filtro
gigantesco do espírito.
Cada consciência permanece no
crivo que lhe é necessário.
Atende à fome do corpo, mas
não desprezes a fome da alma.
Alivia aqueles que exibem
chagas à mostra; no entanto, ampara também os que trazem chagas ocultas.
Toda criatura pede auxílio e
entendimento.
E ninguém há que não seja
digno de socorro e compreensão.
Cede, assim, aos outros a
simpatia que advogas em favor de ti mesmo.
Todos sabemos que a Terra é
ainda estação de lutas expiatórias, mas será de futuro o domicílio do Eterno
Bem.
Contudo, estejamos certos de
que o bem de todos começa sempre no esforço construtivo de cada um.
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