Não estamos saindo em defesa
desse ou daquele médium – muito menos deste nosso amigo aqui, que aprendemos a
ter em alta estima e consideração.
Ele sabe se defender por si
mesmo.
Mas, realmente, na gleba
mediúnica, vem crescendo muito joio, que contém, em sua genética, o DNA do
trigo – não sei que “mutação” os acometeu, ou vem acometendo, à determinada
altura de seu desabrochar.
Sinceramente, não sei que
espécie de “alucinação” ataca a cabeça de tantos médiuns promissores para que,
de repente, eles passem a se sentir, inclusive, maiores que Chico Xavier – mais
capacitados, mediúnicamente, que o maior fenômeno mediúnico de todos os tempos,
à exceção, claro, de Jesus Cristo, que era Médium de Deus.
Creio que cada médium, no
exercício de faculdade mediúnica qualquer, deveria ter a preocupação de se
colocar em seu próprio lugar, ou seja: na mediocridade espiritual de que todos
eles são portadores – todos!
Humaníssimos que são,
deveriam deixar de criar a expectativa que tão somente os deuses da mitologia
grega criavam naqueles que neles acreditavam – e, por eles, procriavam!
Impressionante como esses deuses reproduziam entre si, e, não contidos em seu
erotismo, sequer poupavam os pobres mortais...
Convém que os médiuns,
notadamente os de psicografia, de cura e de “vidência”, procurassem ficar menos
em evidência – menos, menos! –, e deixassem de rebolar feito a vedetes no
palco, e parassem com essa tolice de que estão no cumprimento de um mandato –
até onde sei o único médium com real mandato entre os homens foi Chico, que se
dizia ser uma formiguinha, das menores, que andava pela Terra cumprindo com a
sua obrigação.
Ora, meus amigos, vocês estão
dando muito crédito aos médiuns, consequentemente, os sobrecarregando – eles
não conta do recado, não! Honestamente, não! E tem mais: atualmente, aqui da
Vida Maior, não conhecemos nenhum médium encarnado capacitado a se submeter à
perícia de natureza científica para a comprovação inequívoca da imortalidade –
e nem pesquisador habilitado para tanto, dado à sutileza com o fenômeno de
ordem intelectual, não raro, se processa.
Vocês querem a comprovação
inequívoca da imortalidade da alma?! Estudem a Doutrina, pois, quem se dispuser
a estudá-la com afinco, sequer necessitará de enxergar espíritos, inclusive o
seu, para saber que eles, ou que nós existimos. Não há saída filosófica para a
compreensão da Vida que não seja a que, através da Fé Raciocinada, o
Espiritismo nos oferece – sem a Reencarnação, a Vida, no Universo inteiro,
passa a ser um “acidente” que melhor fora – muito melhor – não tivesse
acontecido.
Então, os nossos irmãos
médiuns precisam parar de ser bajulados, e de aceitarem bajulação – e,
sobretudo, ostensivamente, ou em surdina, de se colocarem uns contra os outros,
como se estivessem disputando prestígio, quando, em verdade, agindo assim,
estão apenas disputando um lugar um pouco mais sujo no lamaçal!
Tem muito médium que, ao lado
do tratamento espiritual que lhes enseja o trabalho no Bem, necessita de um
tratamento psiquiátrico, mas com um psiquiatra que também esteja aceitando
tratamento, como eu estou, e muito espírita, com título acadêmico ou não, com
urgência, também precisava aceitar.
Então, é isso.
INÁCIO
FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 13 de outubro
de 2019.
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