30.8.25
Assuntos da Vida
E fosse uma queixa mais breve,
A cruz que te pesa tanto
Ficaria bem mais leve.
Formiga
Tem gente que chora tanto
Sem nada que a reconforte,
Não é por causa de dor,
Mas, sim, por medo da morte.
Manoel Roberto
Quem se diz quase chegando
Ao final da trajetória,
A caridade que faz
Concede uma moratória.
Domingas
Quem espia duvidando
A mão do médium qual é,
Está se certificando
Se vale a pena ter fé.
Maria Modesto
Eu rezo à Nossa Senhora
E à Bezerra de Menezes,
Pois se eu erra no varejo,
No atacado acerto, às vezes.
Alceu Novais
Tomo passe e benzição
E me entrego por inteiro,
Pois tendo Deus para mim,
Frequento igreja e terreiro.
Tio Pedro
Em meio às lutas da vida,
Se queres viver em paz,
Confia em Deus e trabalha,
Ora muito e serve mais.
Aurora
A turma fala bonito,
Fala e canta com emoção,
Mas, a turma da cozinha
Põe o Evangelho em ação.
Inácio Ferreira
Autores Diversos/Baccelli
Lar Espírita “Pedro e Paulo”
Uberaba – MG, 23-8-25 – (manhã de sábado)
29.8.25
TRANSIÇÃO
- Nesse sentido, não podemos generalizar semelhante definição.
No que se refere a esses receios, somos obrigados a reconhecer, muitas vezes, as razões aduzidas pelo amor, sempre sublime na sua manifestação espiritual. Todavia, não é justo que o crente sincero se encha de pavores ante a ideia de sua passagem para o plano invisível aos olhos humanos, sendo oportuno o conselho de uma preparação permanente do homem para a vida nova que a morte lhe apresentará.
156 – Os Espíritos logo após a sua desencarnação ficam satisfeitos pela possibilidade de se comunicarem conosco?
- De um modo geral, muito reduzido é o número das criaturas humanas que se preparam para as emoções da morte, no desenvolvimento dos seus trabalhos comuns na Terra e, frequentemente, as meditações da enfermidade não bastam para uma situação de perfeita tranquilidade, nos primeiros tempos do além-túmulo. Eis o motivo por que tão salutares se fazem a vossas reuniões de estudo e de evangelização, às quais concorre grande número de irmãos nossos, ansiosos por uma palavra da Terra, porquanto as impressões que trazem do mundo não lhes permitem a percepção dos mentores elevados, das mais altas esferas espirituais.
Livro: O Consolador – Francisco C. Xavier - Emmanuel
28.8.25
Comentário Questão 783 do Livro dos Espíritos
Existe o aperfeiçoamento natural e progressivo, estendido a toda a criação de Deus. Ele é lento, para que o homem possa participar na evolução, sua e de tudo que o cerca. A parte dos seres humanos deve ser acionada por eles, no equilíbrio que a vida lhes mostra. Aí, o bom senso deve imperar em todos os corações que a luz da verdade já começa a iluminar.
A ciência já sabe das transformações naturais que se operam na matéria, sem que a mão do homem possa interferir. Esse é o progresso natural da vida, que vem de Deus pelos canais do tempo. O homem pode ajudar ou apressar esse progresso, e deve fazê-lo quando o objetivo é para o bem da humanidade. Os homens avançam no progresso científico em demasia, no entanto, o progresso moral se nos parece lento. Para que haja equilíbrio, é preciso que os dois se ajustem na mesma velocidade, para que as forças se intercruzem no ritmo do amor e da verdade. Quando estão fora do nível uma da outra, aparecem os flagelos, as catástrofes, as pestes e a fome. O desequilíbrio se reflete na própria natureza física, mostrando que uma força deve esperar pela outra, para a paz de todas as criaturas.
Nos tempos em que se encontra a humanidade, a ciência mostra uma felicidade fictícia, material, com viagens espaciais para mais conforto do mundo externo, esquecendo que a ciência do amor deve fazer viagens internas, no ninho micro-cósmico da alma, para descobrir a felicidade do coração, pois ela é o alicerce da outra. Se vieram à Terra milhares e milhares de Espíritos cientistas renomados, para mostrar o valor da vida, o que se pode alcançar no plano físico, também comandado por Jesus vieram e continuam a vir milhares, ou milhões de cientistas do amor, para mostrar o valor do Espírito. Essas duas colunas têm a missão de equilibrar a vida, estabelecendo a felicidade e o céu no íntimo da alma.
Deus é tão bom que faz nascer a luz das trevas e, do ma!, o bem comum. Ninguém pode enganar a Força Soberana; Ela sabe o que faz e dirige todas as coisas, do modo que o Seu coração achar melhor. Mesmo assistindo ao espetáculo da natureza, que responde ao malfeito na Terra, devemos evitar a justiça com as próprias mãos. Somente Deus pode e deve fazer justiça, do Seu supremo comando.
Lembremos Paulo, em sua primeira carta aos Tessalonicenses, no capítulo cinco, versículo quinze, quando diz:
Evitai que alguém retribua a outrem o mal por mal; pelo contrário, segui sempre o bem entre vós, e para com todos.
As leis de justiça, somente Seu criador pode acionar, na corrigenda dos que desrespeitam a vida. O nosso primeiro impulso, quando ofendidos, é revidar a ofensa, no entanto, o Cristo, pelos Seus conceitos e vivência, nos mostra o contrário, amando a todos com o mesmo amor. O Mestre nos ensinou, morrendo na cruz para o mundo, a nascer nos corações dos próprios detratores.
O aperfeiçoamento da humanidade é lento, mas progressivo. Deus não tem pressa, sabemos disso, mas não pára nos Seus trabalhos para o nosso progresso espiritual.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
27.8.25
COLOMBINA
Mascarada mulher o rabecão trouxera.
Morrera em pleno baile a frágil Colombina
E, no egrégio salão de culto à Medicina,
4 O professor leciona, em voz veemente e austera:
-"Rapazes, contemplai! É rameira e menina.
6 Tombou ébria novicio e com certeza era
Devassa meretriz, mistura de anjo e fera,
8 Flor de lama e prazer, Vênus e Messalina.”.
Em seguida, a cortar, rompe a seda sem custo,
Desnuda-lhe, solene, a alva pele do busto,
Afasta, indiferente, as flores de rendilha...
No entanto, ao descobrir-lhe a face triste e bela,
O mestre cambaleia e chora junto dela...
Encontrara na morta a sua própria filha.
______________________________
4. Ler com sinérese: vee-men-te.
6. Leia-se com hiato: com/cer/te/za/e/era.
8. Para que possamos observar o gosto da poetisa para a alusão a nomes celebres, quer mitológicos quer da vida real, cf. o soneto “A vingança de Cambises” (apud Pan. III, págs. 246-247).
17.Cf. nota nº. 2, pág. 36.
21.Cf. nota nº7, pág. 62.
(*) “Júlia Cortines” – diz Péricles Eugênio da Silva Ramos (Pan.III, pág.246) – “é uma das poetisas selecionadas por Valentim Magalhães para figurarem na parte antológica de A Literatura Brasileira (1870 - 1895). Sua poesia afigura-se realmente parnasiana, de um comedimento e boleio de frases semelhantes ao de Francisca Júlia.” É ela, segundo afirma o poeta e ensaísta Darcy Damasceno (in A Lit. no Brasil, III. T.1, pág.376). quem “abre o desfile dos epígonos parnasianos”.
Sentimento, emoção, cuidado da forma, beleza expressional e correção métrica caracterizam-lhe os poemas, levando José Veríssimo a compará-la a celebre poetisa italiana Ada Negri (Apud E. Werneck, Ant. Brasileira pág. 507. (Rio Bonito, Estado do Rio, 12 de Dezembro de 1868 – Desencarnou em 19 de março de 1948.)
BIBLIOGRAFIA: Versos; Fragmentos; Vibrações.
Livro: Antologia dos Imortais - Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira
26.8.25
Mensagem publicada na página 31 da Gazeta de Limeira em 26/08/2025
MODIFICAÇÕES DA MATÉRIA
As diversas propriedades da matéria se originam de um só elemento primitivo, oriundo do seio do Criador. Compete ao homem estudar, analisar, que encontrará a verdade vibrando no centro da própria vida. Jesus já dizia: “Batei e abrir-se-vos-á, buscai e achareis”. A quem bate nas portas da verdade, elas se abrirão, e quem a busca pelos estudos sérios, certamente que a encontrará para o seu conforto e enriquecimento espiritual. A matéria primitiva começa a entrar em mutações quando sai do sopro divino. Em cada ambiente, em cada toque das necessidades, essa matéria una entra em variações. A própria ciência já conhece essa verdade, pelo átomo com os seus elétrons. A matéria se modifica com as mudanças de vibração. É observando matéria e anti-matéria, Espírito e corpos espirituais, que se notará a grandeza de Deus e a sua presença em toda parte. Ainda há muitos segredos para serem revelados e os maiores se encontram dentro da própria criatura, esperando que estudemos, e usemos do manancial divino que se acha em nós e a nosso favor. Estamos de posse, encarnados e desencarnados, de mínima parcela daquilo que deveremos saber. As distâncias são imensuráveis, de nós a Deus. Se analisamos a matéria na condição de prece, é nela mesma que poderemos observar o próprio céu, pela beleza da sua magnitude e ordem, na sinfonia universal. A matéria é a presença de Deus, nos levando e nos fazendo entender o seu magnânimo amor. O tempo dar-nos-á noções elevadas sobre a Divindade, irradiando Sua presença benfeitora na mínima partícula da matéria, até nos mundos que circulam no infinito, nos dizendo: “Eu sou o Pai, Vinde a mim todos vós que sofreis”.
Filosofia Espírita L.E.31 – João N. Maia – Miramez – Toninho Barana
25.8.25
Respeito
Por que brado com tanto temor?
Por que me expresso com tamanha avidez?
Não podemos mais acobertar nas entranhas da Pátria o roubo eloquente da nossa dignidade.
Até quando teremos que suportar tanta desfaçatez como se fosse normal alguém roubar o Estado e ficar por isso mesmo?
Ou, pior, achar que tudo que se faz contra o Estado, solapando terrivelmente os seus bens e recursos, é algo muito natural?
A Nação se envergonha porque tudo não passa de um jogo de cena que é feito para se manter no poder e se locupletar dele.
Não cito apenas o que aí está, é preciso rever a república brasileira desde os seus primeiros dias. Bem mais. Precisamos rever toda a nossa história e encontrar lá as raízes de tamanho despautério que se arregimentou em nosso País.
Será que não há outro objetivo que não seja o de roubar os cofres do Estado? De tentar a todo custo tirar proveito do recurso público?
O País tem que mudar, mas para que isso aconteça é importante, imprescindível, que se mude a cabeça da nossa gente. Os políticos representam, tão somente, o reflexo do voto popular. Não aparecem políticos representantes do povo saindo do chão, mas do voto, então é necessário escolher melhor – bem melhor.
Não se pode deixar se levar por promessas sem fundamento.
Não se pode trocar o voto por um prato de comida ou outra ajuda qualquer.
Não se pode mentir para o povo e ficar impunemente.
Não prego a rebeldia inconsequente, prego, sim, a mudança de consciência e uma ativa posição de melhoria do status quo. O povo tem que mudar a sua maneira de ser e começa pelo voto, o voto responsável e sério.
Depois, quando a crise se instala, e não me refiro apenas ao contexto atual, é que se reflete sobre o mal que fez. Tudo bem, há aprendizado, mas ele tem que ser verdadeiro e se traduza em ações concretas de mudança.
Não se pode mais admitir que a corrupção seja tratada neste País como um crime qualquer. Nada disso. O crime da corrupção se agiganta cada vez mais. Faz parte, infelizmente, da nossa cultura política, é tolerável para muitos se não for exorbitante. Isto não mais. É necessário ter uma pena máxima no Código Penal brasileiro a quem for pego em corrupção contra o Estado, em todos os seus níveis.
Talvez com o perigo da pena máxima, 30 ou 35 anos de reclusão sem direito a flexibilidade, possam os agentes do roubo ao Estado pensarem duas vezes antes de se locupletarem das comissões por debaixo do pano.
Quando se tira um centavo que seja do bolso do povo, lesa-se toda uma nação. Prejudica-se toda uma cadeia de benefícios públicos. Elege-se, portanto, o prejuízo de toda uma gente.
Quando o povo vai as ruas, o que se pede, ou deveria se pedir, não é apenas uma solução contra os desmandos comprovados do atual governo, isto é pouco. O que está em jogo é o futuro da nação brasileira, uma nação constantemente subtraída de seus direitos fundamentais.
Expressar-se contra ou favor deste ou daquele governo faz parte do embate democrático, mas há valores aos quais todos devem se curvar. A honestidade não deve ser uma exceção nas coisas de governo e de Estado, mas uma obrigação. Feri-la, minimamente que seja, deve ser severamente punida.
Necessitamos criar leis mais rigorosas que provoquem medo para aqueles que possuem o terrível vício de lesar os recursos públicos.
Quando criarmos tais leis, quando verificarmos a sua aplicação real, quando percebermos que tudo não é uma falácia, aí então, neste dia, tudo mudará.
Os recursos públicos serão mais bem aplicados.
Os serviços públicos serão mais bem administrados.
Os bens públicos serão mais bem preservados.
O público, o povo em geral, a nação, será, finalmente, respeitada.
Joaquim Nabuco (espírito). _ Blog de Carlos Pereira.
24.8.25
Desencarnação e Frustração
- Dr. Inácio, estou decepcionado comigo mesmo... Fui espírita...
- Foi espírita?!...
- Fui, sou ou serei... Não sei...
- Humm...
- Eu não acreditava muito... Deixei o tempo passar quase em vão...
- Desperdício de tempo na encarnação é queixa comum aos que, pelo menos, têm consciência de que não estão mais na Terra de baixo...
- Nunca presenciei um fenômeno mediúnico que poderia classificar como autêntico...
- Eles são raros...
- Nunca vi um espírito, nunca ouvi...
- Não se olhava no espelho, não escutava a sua voz interior?!... Espírita não precisa ver espírito para ser espírita – basta ver a Doutrina com a sua lógica irrefutável...
- Sim, mas eu...
- Balançava na fé?!...
- Como espírita, eu tinha tudo para que a minha encarnação fosse mais proveitosa...
- Concordo e digo: eu também...
- Mas... Até onde sei, o senhor fez...
- Pouco, muito pouco, quase nada, zero...
- Se o senhor pensa assim, então eu...
- A Doutrina sempre nos dá mais do que damos a ela...
- Doutor, vivi no corpo quase 80 de idade... Praticamente, nasci em berço espírita... A minha avó era médium, uma tia, uma cunhada...
- O que posso fazer por você?!...
- Eu queria que o senhor me consolasse... Estou muito triste comigo... E agora?!...
- Reencarnação, meu amigo...
- Temo falhar de novo...
- É possível... Se não tomarmos cuidado, se não levarmos o Cristo conosco para a carne... Conheço um montão de gente...
- Como?!...
- Que está lá embaixo sendo como você diz que foi...
- Doutor, não deixa, não... Sei que o senhor escreve para a Terra...
- Conhece a Parábola de Lázaro e o rico avarento, anotada por Lucas, o Evangelista?!...
- Sim, sim, mais ou menos...
- Pois é... Eu não sou Abraão e eles têm um monte gente lá embaixo...
- Reencarnação, e essa questão do esquecimento do passado...
- O problema, meu caro, não é propriamente de esquecimento do passado, mas, sim, de esquecimento do dever...
- É... Entendo o que o senhor, sem dizer, está querendo dizer...
- Muitos querem ter a certeza de que ser bom vale a pena, caso contrário...
- (Silêncio)...
- Infelizmente, tem muito espírita que continua sendo médium sem crer em nada...
- (Lágrimas)...
- Continua, por que, sem Jesus, como perguntou Simão Pedro, para onde iremos?! – para onde e para quem?!...
- (Soluços)...
- Tenha calma...
- Doutor, mesmo deste Outro Lado, continuo perdendo tempo... O que fazer?!...
- Uma vassoura faz milagres... A minha eu não posso lhe dar, mas posso lhe conseguir uma...
- Vassoura?!...
- Sim, convém que sempre reencarnemos, ou desencarnemos, com uma vassoura nas mãos... Em vez de flores, vassoura no paixão... Assim, a possível frustração que experimentarmos será sempre menor...
- (Reflexão)...
- Com uma boa piaçava nas mãos, você não se perderá... Conheço muita gente lá embaixo perdida na tribuna, perdida na mediunidade, perdida em tanta vaidade e personalismo, mas não conheço ninguém que, de vassoura nas mãos, esteja perdido!...
(O interpelador olhou para as próprias mãos, lisas como papel de seda, sem um calo sequer que o salva-se e... retirou-se.)
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 24 de agosto de 2025.
23.8.25
Versos da Oração
Na prova a que se reduz,
A mais simples oração
É uma usina de luz.
Formiga
*
Quando na alma a tristeza
Surgindo te joga ao chão,
A oração te resgata
Do abismo da depressão.
Domingas
*
Seja em qualquer idioma,
Ou crença em que ela se faz,
A oração da caridade
É sempre a mais eficaz.
Maria Modesto
*
Que os calos de servidor,
No trabalho voluntário,
Possam ser em tuas mãos
As contas do teu rosário.
Alceu Novais
*
Quem demonstra mais fervor,
Proferindo uma oração,
Tem o coração na boca
E a boca no coração.
Aurora
*
Oração muito comprida
Exaure qualquer fiel,
Que acaba por desistir
De querer ir para o Céu.
Inácio Ferreira
Blog Espiritismo em Prosa e Verso (Trovas recebidas pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 16 de agosto de 2025, em Uberaba – MG.)
22.8.25
TRANSIÇÃO
-As chamadas atuações do plano invisível, de qualquer natureza, não se verificam à revelia de Jesus e de seus prepostos, mentores do homem na sua jornada de experiências para o conhecimento e para a luz.
As perseguições de um inimigo invisível têm um limite e não afetam o seu objeto senão na pauta de sua necessidade própria, porquanto, sob os olhos amoráveis dos vossos guias do plano superior, todos esses movimentos têm uma finalidade sagrada, como a de ensinar-vos a fortaleza moral, a tolerância, a paciência, a conformação, nos mais sagrados imperativos da fraternidade e do bem.
160 –Os Espíritos desencarnados se dividem, igualmente, nas esferas mais próximas da Terra, em seres femininos e masculinos?
-Nas esferas mais próximas do planeta, as almas desencarnadas conservam as características que lhes eram mais agradáveis nas atividades da existência material, considerando-se que algumas, que perambulam no mundo com uma veste orgânica imposta pelas circunstâncias da tarefa a realizar junto às criaturas terrenas, retomam as suas condições anteriores à reencarnação, então enriquecidas, se bem souberam cumprir os seus deveres do plano das dores e das dificuldades materiais.
Dilatando, porém, a questão; devemos ponderar que os espíritos, com esses ou aqueles traços característicos, estão em marcha para Deus, purificando todos os sentimentos e embelezando as próprias faculdades, a fim de refletirem a luz divina, transformando-se, então, nessas ou naquelas condições, em perfeitos executores dos desígnios do Eterno.
Livro: “O Consolador” – Francisco C. Xavier – Emmanuel
21.8.25
Comentário questão 782 do Livro dos Espíritos
Ninguém impede o progresso, que caminha pelas bênçãos de Deus e sob as vistas dos agentes do Senhor. Querer impedi-lo é ignorância, que o tempo transformará em sabedoria.
Todos fomos criados com o objetivo de despertar as belezas imortais no coração; todos os atributos de Deus fazem parte dos dons espirituais que as criaturas possuem e que, com o tempo, deverão despertar, tornando-se sóis que nos mostram a vida dentro da felicidade do Criador. Portanto, diremos, devemos avançar.
O homem, na sua ignorância, tentando impedir o avanço da evolução, pode ser comparado com uma formiga que desejasse tirar a Terra da órbita solar. Se já acreditamos em Deus, na Sua inteligência suprema, no Seu amor para com tudo e todos, a nossa própria inteligência nos mostra que o dever maior do homem de bem é obedecer às Suas leis, que nos cercam e assistem por todos os lados. Ir contra Deus é ignorar Seus poderes que a tudo regem e comandam.
Não há interrupção do progresso; quando, por certas circunstâncias, a sua marcha diminui, mais na frente ele tira a diferença, mas, sempre arrastando homens e coisas, mundos e sóis, para o esplendor da vida.
A anotação de Lucas, no capítulo vinte, versículo quinze, retrata a situação apresentada pela questão de "O Livro dos Espíritos", ora em estudo. Vejamos:
Lançando-o fora da vinha, o mataram.
Que lhes fará, pois, o dono da vinha?
Os homens da época de Jesus quiseram impedir o progresso espiritual dos povos, expulsando o Mestre da Terra. Pensavam eles que ficariam livres. Como se enganaram! A história nos conta que a natureza respondeu à ignorância humana e o progresso avançou mesmo assim, nos trazendo tudo com o mesmo fulgor, como saindo das mãos do Divino Mestre.
A Doutrina Espírita se encarregou, pelos processos mediúnicos, de trazer para a humanidade a mesma voz de Jesus, enunciando ainda outras coisas que os homens podem suportar, fazendo renascer o Cristianismo primitivo, para a esperança de todas as criaturas. Volta o Mestre na feição de uma Doutrina, com os braços abertos para todos, até mesmo aos inimigos da verdade.
Tapando o rosto com as mãos, não se impede o sol de clarear. O progresso é Deus frente a frente com toda a criação, no entanto, é necessário saber qual o progresso de Deus, dando as mãos no seu avanço dentro da harmonia divina, que nos aparece pelo amor, na sua pureza refletida pelo Cristo de Deus.
Nós não estamos escrevendo, nem é o nosso interesse, para apontar erros de ninguém, mas, somente falando das experiências, de modo que os de boa vontade possam trilhar seus caminhos removendo impedimentos e ganhando forças para o trabalho empreendido por dentro do coração. Tudo que se passa hoje, no amanhã se repetirá com maior grandeza. O hoje é bem melhor que o ontem. Tudo o que nos cerca e que se nos mostra, está também de acordo com a nossa intimidade. A lei de sintonia é lei imutável de Deus. Se queremos melhorar por fora, façamos mudanças por dentro.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
20.8.25
CARTA A MEU PAI
Ninguém te ouviu a prece de esperança,
Quando entregaste ao berço, de mansinho,
Meu pobre coração de passarinho
4 Engastado no corpo de criança.
Calado herói do bem que não descansa,
Tanta vez a lutar, mudo e sozinho,
Ninguém te enxerga o pranto de carinho
Com que me guardas vivo na lembrança.
E’ por isso, meu Pai, que dia a dia
Varo a senda da névoa espessa e fria,
Que o sepulcro de lágrimas nos junca,
Para ofertar-te, ao peito brando e forte,
A certeza da vida além da morte,
Na luz do Amor que não se apaga nunca.
(*) Foi um moço de admirável inteligência, que “vinha revelando, desde a mais verde juventude, dotes excepcionais de poeta e prosador” (apud O Estado de São Paulo, 10 de julho de 1949, pág. 11).
Acometido de grave enfermidade aos quinze anos, não chegou a terminar a última série do curso ginasial. Datam essa época as suas primeiras poesias, e o jovem, embora ciente da marcha irreversível da moléstia, “não teve, entratanto, um momento de tibieza, demonstrando, ante a realidade da sua situação, extraordinária fortaleza de espírito” (id, ibid).
Além de poesias, escreveu igualmente apreciados contos e se revelou novelista e epistológrafo. Versejava com “sedutora espontaneidade” , o que levou Antônio d’Elia a afirmar que Paulo Sérgio “nasceu e viveu poeta” (apud Dic. Autores Paulistas, pág. 590).
Possuidor, porém, de severo senso de autocrítica, apenas consentiu que fossem dados à estampa alguns de seus poemas. Partiu da Terra sem ter reunido em livro a sua produção esparsa ou inédita, o que só foi feito postumamente.
Na opinião de Dulce Salles Cunha (Aut. Contemp. Brasil, pág. 168), foi ele o “jovel de maior sensibilidade poética entre todos os novíssimos”. (S. Paulo, Estado de S. Paulo, 28 de janeiro de 1930 − S. Paulo, SP, 9 de julho de 1949.)
BIBLIOGRAFIA: Poemas em Prosa; Dez Poemas; Poema da Eterna Caminhada.
Livro: “Antologia dos Imortais” - Psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
19.8.25
Mensagem publicada na página 04 da Gazeta de Limeira em 19/08/2025
FORMAÇÃO DA MATÉRIA
A
formação da matéria perde-se na eternidade do tempo e nos caminhos infinitos do
espaço. O homem de bom senso contenta-se com o saber que surge gradativamente.
As vezes se encontra na Terra, revelações iluminadas, mas só as encontramos
quando estamos preparados em Espírito e em verdade. A verdadeira gênese da
matéria escapa dos nossos sentidos, falta-lhes algo para os registros da sua
formação. A cadência é demorada para que possa ser vista e os laços que a
envolvem são de um agente invisível que lhe sustenta e dá vida no estado em que
se encontra. Quem pensa e fala que a matéria está morta, não descobriu que
também faz parte dos mortos de Espírito. Nada tem a inércia total. A vida
palpita em tudo. Tudo que pensarmos ser matéria primitiva, longe está da
verdade, ainda estamos no princípio dos estudos sobre ela. Se o macrocosmo é
infinito, o microcosmo obedece a mesma lei. A formação da matéria segue leis
que orientam a descida da energia divina. Ao começar a sair do Criador, ela
inicia a sua transformação de variadas consequências. A idade da matéria não
pode ser contada pelos moldes que conhecemos, no acanhado mundo que vivemos e
nas prisões em que se encontram os homens. Dás pouco valor à matéria, por
viveres dentro dela e desconheceres o que desfrutas das suas qualidades. Ela
registra tudo o que fazes, para dar contas ao Criador. Quando ages em desacordo
com as leis naturais, a única pessoa a quem enganas é a ti mesmo. Essa é a
realidade, que a própria ciência haverá de afirmar na sua evolução. A
transformação da matéria é um fenômeno promovido pelos Espíritos que aprenderam
a amar, estudando o Amor como uma ciência espiritual. Vamos dar as mãos,
inteligências presas na carne e livres em Espírito, para que a escola do amor cresça
e estimule o coração a viver essa virtude.
Filosofia Espírita L.E.30 – João N. Maia
– Miramez – Toninho Barana
18.8.25
À frente do desespero
Nessas ocasiões, tudo corre mal. Acontecem insucessos imprevistos e contrariedades surgem de muitas mônadas que se amontoam, transformando-se em óbice cruel de difícil transposição.
Surgem aflições em família que navegava em águas de paz, repontam problemas de conjuntura grave em amigos que te buscam socorros imediatos e, como se não bastassem, a enfermidade chega e se assenhoreia da frágil esperança que, então, se faz fugidia.
Nessa roda-viva, gritas interiormente por paz e sentes indescritível necessidade de repouso. A morte se te afigura uma bênção capaz de liberar-te de tantas dores!...
Refaze, porém, a observação.
Tudo são testemunhos necessários à fortaleza espiritual, indispensável à fixação dos valores transcendentes.
Não fora isso, porém, todas essas abençoadas oportunidades de resgate, e a vida calma amolentaria o teu caráter, conspirando contra a paz porvindoura, por adiar o instante em que ela se instalaria no teu imo.
Quando tudo corre bem em volta de nós e de referência a nós, não nos dói a dor alheia nem nos aflige a aflição do próximo. Perdemos a percepção para as coisas sutis da vida espiritual, a mais importante, e desse modo nos desviamos da rota redentora.
Não te agastes, pois, com os acontecimentos afligentes que independem de ti.
A família segue adiante, o amor muda de domicílio, a doença desaparece, a contrariedade se dilui, a agressão desiste, a inquietude se acalma se souberes permanecer sereno ante toda dor que te chegue, enquanto no círculo de fé sublimas aspirações e retificas conceitos.
Continua fiel no posto, operário anônimo do bem de todos, e espera.
Os ingratos que se acreditaram capazes de te esquecer lembrar-se-ão e possivelmente volverão: os amigos que te deixaram, os amores que te não corresponderam, aqueles que te não quiseram compreender, quantos zombaram da tua fraqueza e ridicularizaram tua dor envolta nos tecidos da humildade, os que investiram contra os teu anelos voltarão, tornarão sim, pois ninguém atinge a plenitude da montanha sem a vitória pelo vale que necessita vencido.
Tem calma! Silencia a revolta!
Refugia-te na palavra clarificadora do Evangelho consolador e enxuga tuas lágrimas com as suas lições, os seus textos extraem o licor da vitalidade e tece com as mãos da esperança a grinalda de paz para o coração lanhado e sofrido. Se conseguires afogar todas as penas na oração de refazimento, sairás do colóquio da prece restaurado, e descobrirás que, apesar de tudo acontecer em dias que tais, Jesus luze intimamente nas províncias do teu espírito. Poderás, então, confiar e seguir firme, certo da perene vitória do amor.
Livro: LAMPADÁRIO ESPÍRITA - Divaldo P Franco - Joanna de Angelis
17.8.25
Continua Trabalhando!
Minha irmã, você me escreve dizendo-se desanimada ante tantos problemas que a Humanidade está faceando na atualidade, com o materialismo ameaçando as melhores conquistas da civilização – diz-se, inclusive, entristecida com os conflitos que observa entre os próprios adeptos da Doutrina, com a vaidade e o personalismo fragilizando o nosso Movimento, já tão fragilizado depois da desencarnação de Chico Xavier, ocorrida em 2002.
Solicita-me uma palavra, não de orientação (que me reconheço incapaz de orientar quem seja), mas de irmão que, igualmente, quando no corpo, deve ter vivenciado muitas lutas e nunca ter se entregado ao desalento.
Sim, é verdade, minha irmã... Quando mais encarnado que hoje eu me encontro, as lutas não eram assim tão menores – veja que, quando estive por aí, a Terra enfrentou duas Grandes Guerras, a de 1914 a 1918 e a de 1939 a 1945, como também a pandemia da “gripe espanhola”, que começou em 1918, logo ao término da Primeira Guerra... No Brasil e no mundo, o clima político sempre foi instável – se, em relação à situação de agora, havia diferença, é que a gente não ficava sabendo de muita coisa que, atualmente, com a velocidade de um relâmpago, é colocado à mostra na Internet, como as vísceras de um cadáver em uma sala de anatomia.
Quanto ao Espiritismo, minha cara, as lutas se desdobravam em dois campos: sofríamos a perseguição dos adeptos de outras religiões e, intramuros, não satisfeitos com a oposição externa, nos desentendíamos quase como nos desentendemos agora. Surgiu até o denominado “Pacto Áureo”, em 5 de outubro de 1949, com o intuito de pacificar os exaltados ânimos espíritas, na incessante peleja pelo poder doutrinário (científicos versus místicos), “Pacto” que, em essência, poucos colocaram e colocam em prática em face das ingerências do Movimento Unificacionista, que tem à frente, através de seus órgãos, um punhado de padres e freiras reencarnados, e, quiçá, bispos, arcebispos, cardeais e madres ou abadessas, quase todos, como dizia João, o Batista, fugindo da “ira vindoura”...
Você, ainda na carta que me escreveu, afirma que, em sua opinião, estão tentando fazer agora com o Espiritismo o mesmo que foi feito com o Cristianismo – opinião da qual partilho completamente.
Bem, a orientação que eu posso lhe transmitir é a que sempre elegi para mim mesmo sob a inspiração da Abençoada Doutrina que nos acolhe e dos exemplos vivos que Chico Xavier nos transmitia em sua própria vivência: Continuar trabalhando, deixando que o trabalho, em sua silenciosa eloquência, diga por você tudo o que, se pudesse, estimaria dizer do alto de uma pirâmide qualquer, que pudesse ser mais alta que o Evereste...
Eu não sei se você sabe, mas, aproveitando, digo-lhe que Chico, depois que se aposentou de seu serviço na “Fazenda Modelo”, passava a maior parte do dia, em suas vinte e quatro horas, trabalhando em silêncio, e praticamente sozinho, dentro de casa – psicografava, escrevia cartas, endereçava impressos espíritas pelos Correios, tratava de seus bichanos, ou de seus cães de estimação, enfim, não parava de se ocupar com algo útil – claro, saía para ir ao Grupo Espírita da Prece, comparecia a lançamentos de livros, atendia a periódicos convites para, em nome da Doutrina, receber títulos de “cidadania”, e quando, de táxi, descia ao centro de Uberaba, era para um rápido cafezinho, adquirir jornais em uma banca e passar pela Livraria Católica onde tinha amizade com as irmãs que a dirigiam e que sempre se alegravam com a sua presença...
Então, minha irmã, não se deixe deprimir pela situação geral do mundo que, neste 2025, está cumprindo o primeiro quartel do primeiro século do Terceiro Milênio – este século promete, e promete coisas boas, porque, nos 75 anos que faltam para que ele se complete, não mais estará sobre a Terra nenhum tirano como também nenhum líder religioso personalista – os espíritas atuais, inclusive você – desculpe-me –, já terão batido as botas... Não é maravilhoso?!... O tempo, que não cessa de transpirar e nem pensa em aposentadoria, continuará fazendo o seu trabalho, silenciosamente!...
Imitemo-lo, perseverando, em silêncio, no cumprimento do dever, sem consentir que nada e ninguém nos derrubem o ânimo de seguir sob as bênçãos misericordiosas do Cristo.
Abraços cordiais.
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 17 de agosto de 2025.
16.8.25
Minha Petição
Mergulhando em bendito esquecimento,
Embora a dor me martirize a vida,
Não deixarei a cruz um só momento.
Que a Fé me seja bálsamo e guarida,
Sentinela de luz no pensamento,
A renovar-me a força esmorecida
Nas fontes do Divino Suprimento.
Que eu não despreze as santas afeições
Nem recubra a Verdade de ilusões,
Repetindo os enganos do passado...
Que sempre, em tudo, o Bem me inspire e guarde,
Para que onde estiver, eu me resguarde
Nas bênção de Jesus, o Mestre Amado!...
Eurícledes Formiga/Baccelli - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
Uberaba – MG, 27 de maio de 1986.
15.8.25
Comentário questão 782 do Livro dos Espíritos
Ninguém impede o progresso, que caminha pelas bênçãos de Deus e sob as vistas dos agentes do Senhor. Querer impedi-lo é ignorância, que o tempo transformará em sabedoria.
Todos fomos criados com o objetivo de despertar as belezas imortais no coração; todos os atributos de Deus fazem parte dos dons espirituais que as criaturas possuem e que, com o tempo, deverão despertar, tornando-se sóis que nos mostram a vida dentro da felicidade do Criador. Portanto, diremos, devemos avançar.
O homem, na sua ignorância, tentando impedir o avanço da evolução, pode ser comparado com uma formiga que desejasse tirar a Terra da órbita solar. Se já acreditamos em Deus, na Sua inteligência suprema, no Seu amor para com tudo e todos, a nossa própria inteligência nos mostra que o dever maior do homem de bem é obedecer às Suas leis, que nos cercam e assistem por todos os lados. Ir contra Deus é ignorar Seus poderes que a tudo regem e comandam.
Não há interrupção do progresso; quando, por certas circunstâncias, a sua marcha diminui, mais na frente ele tira a diferença, mas, sempre arrastando homens e coisas, mundos e sóis, para o esplendor da vida.
A anotação de Lucas, no capítulo vinte, versículo quinze, retrata a situação apresentada pela questão de "O Livro dos Espíritos", ora em estudo. Vejamos:
Lançando-o fora da vinha, o mataram.
Que lhes fará, pois, o dono da vinha?
Os homens da época de Jesus quiseram impedir o progresso espiritual dos povos, expulsando o Mestre da Terra. Pensavam eles que ficariam livres. Como se enganaram! A história nos conta que a natureza respondeu à ignorância humana e o progresso avançou mesmo assim, nos trazendo tudo com o mesmo fulgor, como saindo das mãos do Divino Mestre.
A Doutrina Espírita se encarregou, pelos processos mediúnicos, de trazer para a humanidade a mesma voz de Jesus, enunciando ainda outras coisas que os homens podem suportar, fazendo renascer o Cristianismo primitivo, para a esperança de todas as criaturas. Volta o Mestre na feição de uma Doutrina, com os braços abertos para todos, até mesmo aos inimigos da verdade.
Tapando o rosto com as mãos, não se impede o sol de clarear. O progresso é Deus frente a frente com toda a criação, no entanto, é necessário saber qual o progresso de Deus, dando as mãos no seu avanço dentro da harmonia divina, que nos aparece pelo amor, na sua pureza refletida pelo Cristo de Deus.
Nós não estamos escrevendo, nem é o nosso interesse, para apontar erros de ninguém, mas, somente falando das experiências, de modo que os de boa vontade possam trilhar seus caminhos removendo impedimentos e ganhando forças para o trabalho empreendido por dentro do coração. Tudo que se passa hoje, no amanhã se repetirá com maior grandeza. O hoje é bem melhor que o ontem. Tudo o que nos cerca e que se nos mostra, está também de acordo com a nossa intimidade. A lei de sintonia é lei imutável de Deus. Se queremos melhorar por fora, façamos mudanças por dentro.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
14.8.25
Inversão Sexual
Silas deu-se pressa em aclarar:
-Não será preciso alongar elucidações. Considerando-se que o sexo, na essência, é a soma das qualidades passivas ou positivas do campo mental do ser, é natural que o Espírito acentuadamente feminino se demore séculos e séculos nas linhas evolutivas da mulher, e que o Espírito marcadamente masculino, se detenha por longo tempo nas experiências do homem.
Contudo, furtando-lhe os direitos e cometendo abusos, em nome de sua pretensa superioridade, desorganiza-se ele próprio a tal ponto que, inconsciente e desequilibrado, é conduzido pelos agentes da Lei Divina a renascimento doloroso, em corpo feminino, para que, no extremo desconforto íntimo, aprenda a venerar na mulher sua irmã e companheira, filha e mãe, diante de Deus, ocorrendo idêntica situação à mulher criminosa que, depois de arrastar o homem à devassidão e à delinquência, cria para si mesma terrível alienação mental para além do corpo masculino, a fim de que, nas teias do infortúnio de sua emotividade, saiba edificar no seu ser o respeito que deve ao homem, perante o Senhor.
Nessa definição, porém, não incluímos os grandes corações e os belos caracteres que, em muitas circunstâncias, reencarnam em corpos que lhes não correspondem aos mais recônditos sentimentos, posição solicitada por eles próprios, no intuito de operarem com mais segurança e valor, não só o acrisolamento moral de si mesmos, como também a execução de tarefas especializadas, através de estágios perigosos de solidão, em favor do campo social terrestre que se lhes vale da renúncia construtiva para acelerar o passo no entendimento da vida e no progresso espiritual.
Pequeno trecho do livro espírita “Ação e Reação” de Francisco C. Xavier e espírito André Luiz.
13.8.25
CARMA I
Há¡ no vasto castelo, estilo Renascença,
Desenhos e painéis de perfeição sem nugas.
Milhões de almas, à tomadas de Ânsia imensa,
Estudam crânios, pés, braços, mãos e verrugas...
Buscando provação, dor, angústia e doença,
Desenham-se croquis de mil prisões sem fugas...
E falam do valor da matéria mais densa,
Seja na carne flórea ou num manto de rugas.
Tudo é justiça e amor, em feliz casamento;
No Palácio da Luz brilha o renascimento,
Enaltecendo a Lei, em Divino Objetivo.
E o carma perfeição os derradeiros planos
De todo viajar dos carreiros humanos
Ao renascer no corpo, o templo excelso e vivo!
(*) Filho de Desiderio de Melo e de D. Clarinda de Melo, LM, além de poeta, foi professor, poliglota e jornalista. Um dos fundadores e diretores de O Garoto, em sua terra natal. Órfão de pai desde cedo, foi um autodidata. Desde que se tornou espírita, passou a ser devotado colaborador de A Flama (hoje, A Flama Espírita), semanário espírita uberabense, com sonetos bem trabalhados, de conteúdo doutrinário. (Uberaba, Minas, 21 de Outubro de 1892 – Patrocínio, Minas, 15 de Agosto de 1953.)
Livro: Antologia dos Imortais - Psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
12.8.25
Mensagem publicada na página 04 da Gazeta de Limeira em 12/08/2025
PROPRIEDADE DA MATÉRIA
A matéria é um segredo da natureza, cujo conhecimento pelo humano depende do estado evolutivo da criatura, do uso que pode fazer dessas coisas ocultas, benfeitoras nas mãos dos mais evoluídos, ou maléficas em mãos inescrupulosas. Existem os que procuram descobrir coisas sobre a matéria através dos canais mediúnicos, sem saberem que os Espíritos não podem quebrar a sequência estabelecida pelo Chefe Supremo. A humanidade está precisando de educação dos próprios sentimentos. É necessário que vigore o conhecimento sobre o amor e a aplicação prática desta virtude. Se Deus deixasse o homem de hoje descobrir as propriedades mais profundas das formas, deixaria em perigo a sua moradia, pois com o que já descobriu, pode provocar catástrofes. A força maior que a humanidade alimenta é o ódio, a ganância, a inveja, o orgulho e, acima de tudo, o egoísmo. O fluido universal toma formas variadas, onde Deus acha conveniente a sua transmutação. A matéria é filha dos fluidos imponderáveis, porém, não se move por si mesma. Inteligências altamente evoluídas asseguram este trabalho do Criador. Não existe liberdade total diante do Criador. Ele foi, é e será sempre o nosso motivo de viver. O homem já domina a gravidade, mas, não conhece os meios para o isolamento da mesma, segredo que já é de domínio dos Espíritos superiores. Não conseguem, por lhes faltar amor no coração, por não saberem usar esses meios para o bem da humanidade. As criaturas devem conhecer a si mesmas. Se não descobrirem a ação malfeitora do ódio, do orgulho e do egoísmo, como podem avançar nos segredos da natureza? A ciência precisa se modificar, porque agora é a vez do amor, no preparo da vida, para que essa vida seja luz nos caminhos dos homens e bênçãos para os Espíritos de Deus.
Filosofia Espírita L.E.29 – João N. Maia – Miramez – Toninho Barana
11.8.25
Emmanuel Reencarnou?...
Felizmente, a sua cabeça não me deixa sem tantas informações do mundo assim, e creio até que ela me informe mais a minha do que a minha à sua...
Mas, vamos lá.
Chico Xavier, que privou e priva com Emmanuel há séculos, disse, quando encarnado, que Emmanuel teria, sim, reencarnado, por volta no ano 2000, e, se Chico disse, ponto.
Agora, a turma que é do contra – contra Chico ser a reencarnação de Kardec, contra a Obra Mediúnica de André Luiz, contra o aspecto religioso da Doutrina e mil eteceteras, é contra tudo, e, infelizmente, creio que, se pudesse, colocaria, depressa, uma tornozeleira eletrônica em Chico Xavier, ou melhor, uma munhequeira!...
Devo informar aos interessados que nem nós, no Plano em que nos encontramos, sabemos do atual paradeiro do venerável Emmanuel, o nosso distinto Padre Manoel da Nóbrega, considerado o Primeiro Escritor do Brasil.
Chico, às vezes, dizia que ele reencarnaria para atuar no campo da Educação e que, talvez, mais tarde, iria ao Senado – coitado de Emmanuel duas vezes!... No campo minado da Educação Brasileira e no Senado com aqueles nossos irmãos comprometidos moralmente até ao pescoço?!...
Pensamento estreito é o dos que imaginam que Emmanuel haveria de reencarnar para ser espírita e médium... Ora, a Obra Mediúnica que, através de Chico, ele realizou é Obra para o consumo espiritual de décadas!
Agora, entre as informações de Chico, testemunhada por muitos que já desencarnaram e outros que por aí, entre os futuros defuntos, ainda estão, e as de qualquer “doutor da lei”, vocês me desculpem, mas é covardia dizer com as quais eu fico e ficarei sempre, vocês não acham?!...
Querem um conselho de um espírito débil, no caso, eu?!... Ocupem-se de outra coisa, vão estudar a Doutrina e parar com tanta tola vaidade e personalismo; vão... pescar!... Aliás, como Chico fazia, em Pedro Leopoldo, quando, ante a insistência dos amigos, levava as minhocas para tomar banho nas águas do rio...
Vão, ou vamos fazer sopa na periferia, não dando sopa aos espíritos desocupados, do Além e da Terra, que estatelam os olhos quando vêm uma câmera de TV, ou quando teatralizam a mais simples e corriqueira exposição doutrinária, carentes do aplauso do povo que, em geral, aplaude até político que mente a valer em comício.
Vão transmitir passes em doentes e cuidar das plantas do jardim, e deixemos que Emmanuel, quando puder e possível for, apareça através de suas obras, porque, em essência, meu caro, vocês os chafurdados nas ilusões da carne nunca vão saber quem seja Emmanuel reencarnado – estão imitando os judeus ortodoxos que até hoje estão esperando pelo Messias...
Nada mais havendo a acrescentar, encerro essa reunião, como diz um amigo, entre os Dois Planos, pedindo ao EMMANUEL em espírito e verdade que a todos nos abençoe e proteja.
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 10 de agosto de 2025.
10.8.25
ARTE
-A arte pura é a mais elevada contemplação espiritual por parte das criaturas. Ela significa a mais profunda exteriorização do ideal, a divina manifestação desse “mais além” que polariza as esperanças da alma.
O artista verdadeiro é sempre o “médium” das belezas eternas e o seu trabalho, em todos os tempos, foi tanger as cordas mais vibráteis do sentimento humano, alçando-o da Terra para o Infinito e abrindo, em todos os caminhos a ânsia dos corações para Deus, nas suas manifestações supremas de beleza, de sabedoria, de paz e de amor.
162 –Todo artista pode ser também um missionário de Deus?
-Os artistas, como os chamados sábios do mundo, podem enveredar, igualmente, pelas cristalizações do convencionalismo terrestre, quando nos seus corações não palpite a chama dos ideais divinos, mas, na maioria das vezes, têm sido grandes missionários das idéias, sob a égide do Senhor, em todos os departamentos da atividade que lhes é próprios, como a literatura, a música, a pintura, a plástica.
Sempre que a sua arte se desvencilha dos interesses do mundo, transitórios e perecíveis, para considerar tão-somente a luz espiritual que vem do coração uníssono como cérebro, nas realizações da vida, então o artista é um dos mais devotados missionários de Deus, porquanto saberá penetrar os corações na paz da meditação e do silêncio, alcançando o mais alto sentido da evolução de si mesmo e de seus irmãos em humanidade.
Livro: “O Consolador” – Espírito: Emmanuel – Médium: Francisco Cândido Xavier.
9.8.25
Volta, Senhor!
Necessitado hoje quanto outrora,
Em meio à grande sombra que apavora,
De amor, de paz e luz tão infecundo?!
Por que não volves de onde És oriundo,
À pobre Humanidade que Te implora,
Cansada de esperar-Te em Nova Aurora,
Mergulhada em abismo tão profundo?!
Sem Ti, Senhor, o mundo não tem alma,
É um corpo que se agita e não se acalma
Na vocação terrível para a guerra...
Se não vieres logo, Mestre Amado,
Em vez e um mundo belo e transforado,
Hás de encontrar o que restou da Terra!...
Formiga/Baccelli - Blog Espiritismo em Prosa e verso
Lar Espírita “Pedro e Paulo”
Uberaba – MG, 2 de agosto de 2025
8.8.25
A CARIDADE PARA COM OS CRIMINOSOS.
Um homem está em perigo de morte: para salvá-lo é preciso expor a sua própria vida; mas sabe-se que esse homem é um malfeitor, e que, se dele escapar, poderá cometer novos crimes. Apesar disso, deve-se expor para salva-lo?
A resposta seguinte foi obtida na Sociedade Espírita de Paris, a 7 de fevereiro de 1862, médium Sr. A. Didier:
Esta é uma questão muito grave e que pode se apresentar naturalmente ao espírito. Responderei segundo meu adiantamento moral, uma vez que a isso estamos sujeitos, que se deve expor a sua própria vida por um malfeitor. O devotamento é cego: socorre-se um inimigo, deve-se, pois, socorrer mesmo o inimigo da sociedade, um malfeitor, em uma palavra. Credes, pois, que é somente à morte que se deve arrancar esse infeliz? Talvez, é a sua Vida passada inteira. Porque, pensai nisso, nesses rápidos instantes que lhe arrebatam os últimos minutos da vida, o homem perdido retorna sobre sua vida passada, ou antes, ele se levanta diante dela. A morte, talvez, chegue muito cedo para ele; a reencarnação será, talvez, terrível; atirai-vos, pois, homens! vós que a ciência espírita esclareceu, atirai-vos, arrancai-o de sua condenação, e então, talvez, esse homem que estaria morto vos blasfemando, se lançará em vossos braços. No entanto, não é preciso vos perguntar se o fará ou se não o fará, mas vos atirai, porque, salvando-o, obedeceis a esta voz do coração que vos diz: "Tu podes salvá-lo, salva-o!"
Livro: Revista Espírita - Tomo V - 1862 - Allan Kardec - Lamennais
7.8.25
Comentário questão 781 do Livro dos Espíritos
O progresso é o caminho para o reino de Deus, e as criaturas da Terra, Suas filhas, são um dos pequenos rebanhos, mas, mesmo pequeno, não fica esquecido do Pai.
Devemos sempre consultar o Evangelho quando escrevemos sobre as leis naturais que nos governam e neste momento convém lembrar dos escritos de Lucas, no capítulo doze, versículo trinta e dois:
Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o Seu reino.
Jesus chamou a humanidade de pequenino rebanho, por existir outros rebanhos no espaço de Deus, outros mundos habitados, mais atrasados ou mais evoluídos do que a Terra, mas com o mesmo destino que o nosso.
Os homens não podem paralisar o progresso; isso é conversa dos homens esmorecidos, dos cegos e surdos, que ainda não têm olhos para ver, nem ouvidos para ouvir a verdade, para crer nas promessas do Senhor, que ama intensamente Seus filhos.
Não temamos, irmãos em caminho! Mesmo com todas as dificuldades na vida, elas passarão; mesmo com todos os problemas, eles cessarão; mesmo com todas as dores em nossos caminhos, elas passarão. Somente o amor é eterno; é a verdadeira felicidade, porque nascemos para a vida em Deus e o Cristo em nós.
O progresso é de natureza divina, mas que age em todas as condições humanas. Ele é um carro que leva todas as criaturas para a vida feliz, e todas as coisas se renovam para o melhor, para melhor posição na escala em que se encontram. Nós todos estamos passando por um período de choque entre as forças do mal e do bem. Estamos em transição de valores, e sempre vence o bem, para que o amor fique mais visível e mais dono dos nossos corações.
Não se pense que, como Espíritos livres da carne, que falamos e ajudamos em muitas escritas para despertar as criaturas, estamos livres dos acontecimentos. Não, nós também devemos na escrita da justiça, e a Doutrina dos Espíritos está nos dando possibilidades de resgatar nossas dividas, de conviver com os nossos irmãos da Terra com mais aconchego, abrindo assim espaço para nossas compreensões, de modo que o amor sustente todos os nossos ideais.
Com a presença do Espiritismo na Terra, a caridade está vivendo momentos felizes, e fazendo parte dessa felicidade estão os Espíritos, que se encontram com milhares de irmãos espíritas, dando as mãos com todos os de boa vontade, para ajudar com mais eficiência, sem olhar credo religioso ou posições políticas. Isso nos agrada o coração. A caridade é mostra, pois, de que o progresso moral está avançando para abraçar o progresso científico, que o intelecto batizou como filho.
Os dois mundos devem estar bem ajustados entre si. Por que separar o mundo espiritual do mundo físico, se um não pode viver sem o outro? Mais tarde poderemos notar, pela própria ciência, que matéria e Espírito se confundem e têm os mesmos ideais, porque o Pai de um, também o é de outro. Paralisar, nunca, o avanço das coisas, por ser o progresso lei de Deus em todos os aspectos.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
6.8.25
CARMA
...E estou preso à memória − horrendo pelourinho...
É o passado a bramir...Emoções e lugares...
Ódio, aflição, amor.,..Insano torvelinho...
Casam-se riso e pranto em sonhos e avatares.
O tempo − velho tempo − , o lúgubre adivinho,
Revolve-me no ser as ânsias e os pesares...
Acusa-me feroz e fere-me, escarninho,
Atando-me aos grilhões de angústias invulgares.
Se guardo além da morte a máscara serena,
Trago no coração a dor que me condena,
Ante a sombra que fui, tangendo a vida a esmo.
A consciência exuma as transgressões remotas
E o clarim do dever repete em largas notas:
− Ninguém foge do mal que plantou por si mesmo.
(*) Tendo concluído, com 20 anos, o curso de Direito na Faculdade do Estado de São Paulo, Félix de Bulhões ocupou diversos cargos na magistratura goiana, chegando a desembargador. Poeta, jornalista e político, fundou várias publicações, dentre outras, Goiaz, Província de Goiaz e Tribuna Livre , onde expunha as idéias de liberal e autêntico antiescravagista. “Muitas vezes” − di-lo o Dr. Jerônimo de Morais,
Discurso..., pág. 7 − “os seus períodos eram cortantes como o bisturi dos cirurgiões, quando esvurmava as chagas sociais, ou se convertiam em látegos cruéis com que fustigava os adversários desleais...” (Goiás, 28 de Agosto de 1845 − Goiás, est. Do Goiás, 29 de Março de 1887.)
BIBLIOGRAFIA: Poesias
Livro: “Antologia dos Imortais” - Psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
5.8.25
Mensagem publicada na página 04 da Gazeta de Limeira em 05/08/2025
Mensagem publicada na página 04 da Gazeta de Limeira em 05/08/2025
A MISSÃO DA PALAVRA
O verbo
que o homem já domina, educado na boca do sábio, tem a missão de aprofundar-se
nos segredos da natureza e fazer os homens compreenderem as belezas da criação.
A missão da palavra é sublimada, desde quando temos outros sentidos
desenvolvidos para compreendê-la. Para tanto, o nosso dever é educá-la, na
escola cujo Mestre maior é Nosso Senhor Jesus Cristo. Com Ele a palavra atingiu
os cimos da evolução, ao falar como o fez, quando da Sua estada divina junto a
nós, da mais elevada virtude vivenciada na Terra: o Amor. A sabedoria de Deus
confunde o raciocínio humano. A razão é pobre para explicar os segredos do
Criador. Dentro de nós existem os talentos divinos, luz colocada na nossa
consciência pelo Senhor. Cada vez que são despertados - na expressão filosófica
denominada Evolução - nos mostram rumos novos da sabedoria Deus houve por bem
criar inúmeras divisões na construção da casa universal. Cabe a nós outros
estudarmos todos os princípios da sabedoria e procurarmos, com humildade, a
obediência às leis naturais, que regem e sustentam toda a criação divina. Tudo
que existe obedece a uma sequência estabelecida pela harmonia. A matéria que
tanto estudamos tem sua vida própria sob a influência do Espírito, e o Espírito
vive na atmosfera de Deus. Cada vez que somos despertados - na expressão
filosófica denominada Evolução - vemos os rumos novos da sabedoria. A
independência e as afinidades congênitas é que nos garantem a vida, na vida de
Deus. Existe algo de divino dentro da matéria e outro tanto vibrando no
Espírito, que por enquanto desconhecemos. Até para os grandes benfeitores -
pelo menos é o que ouvimos deles - Deus é um segredo absoluto. Não podemos
decifrá-lo, por faltar em nós as qualidades de um deus.
Filosofia Espírita L.E.28 – João N. Maia
– Miramez – Toninho Barana.
4.8.25
Reencarnação Moral
Todavia, do ponto de vista moral, podemos dizer que, não raro, o espírito pode reencarnar mais de uma vez no mesmo corpo que ocupa.
Em geral, afirma-se que a reencarnação moral dá-se quando o espírito completa sete anos de idade, embora León Denis, grande estudioso da Doutrina, afirme que o referido fenômeno ocorre por volta dos vinte e um de idade.
De nossa parte, depois de estudar o assunto e observá-lo por longo tempo, cremos que o tempo da chamada reencarnação moral é variável de espírito a espírito.
Alguns há que, em plena adolescência já se revelam em sua personalidade, outros na juventude, e outros mais no período adulto.
A mudança de personalidade, que, naturalmente, se estende à mudança comportamental, e, por vezes, até no timbre de voz, pode ser confundida com a subjugação espiritual, sendo, então, rotulada de obsessão, quando, em essência, não passa de auto obsessão.
Ao longo dos lustros, espíritos existem que vão modificando o seu caráter, e não apenas no aspecto positivo, mas, principalmente, no aspecto negativo, dando-nos a impressão de que tenham passado a viver sob o constante assédio de obsessores.
Acontece, na grande maioria das vezes, que as diferentes personalidades animadas pelo espírito, ao longo de suas vidas sucessivas, logram se impor à sua personalidade atual – o “homem velho” termina por prevalecer sobre o “homem novo”, que, no corpo ou fora do corpo, todos somos chamados a ser.
A influência do meio, em vez de atuar para que o espírito melhore, atua para que ele, embora o natural esquecimento do passado, passe a viver através do que armazenou no inconsciente.
E convenhamos que, no que André Luiz chama de “porão da Individualidade”, não temos assim muito que possamos “aproveitar” em forma de estímulos positivos na personalidade que o homem anima no presente.
Crianças afáveis, em determinado período da vida, transfiguram-se em jovens rebeldes, e jovens que se mostravam pacíficos vão se modificando até quase, emocionalmente, se tornarem irreconhecíveis.
Notemos que os nossos compromissos cármicos, não raro, mostram-se tão complexos, que, em certa idade – até em idade considerada avançada –, suscitam comportamentos doentios, que a Medicina, inclusive, chega a rotular, genericamente, de esquizofrenia.
Muitos familiares conduzem filhos e netos, enfim, familiares em geral, aos Centros Espíritas, a fim de se trataram de uma suposta obsessão, quando, em essência, o problema chega a ser mais grave.
A reencarnação moral, como dissemos anteriormente, variável de espírito a espírito, pode ser constatada na mudança de comportamento, nem sempre súbito, mas gradativo, naqueles que parecem, ocupando o mesmo corpo, se apresentarem sob nova personalidade.
O assunto, evidentemente, comporta muitos estudos e reflexões, e aqui, resumidamente, apenas o apresentamos à análise sincera dos que desejam estudar o fenômeno que, infelizmente, não é assim tão raro quanto se pensa.
Até mesmo espíritas temos visto a se “repaginarem” no aspecto negativo, permutando fraternidade por agressividade, como se um “antigo ser” passasse a possui-los, quase anulando por completo as novas possibilidades de progresso em sua nova experiência física.
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 3 de agosto de 2025.
3.8.25
Dever
-Aqui, somos compelidos a recordar o antigo preceito do “amar o próximo como a nós mesmos”.
Em todos os seus atos, o discípulo de Jesus deverá considerar se estaria satisfeito, recebendo-os de um seu irmão, na mesma qualidade, intensidade e modalidade com que pretende aplicar o conceito, ou exemplo, aos outros.
Com esse processo introspectivo, cessariam todas as campanhas levianas dos atos e das palavras, e a comunidade cristã estaria integrada, em conjunto, no seu legítimo caminho.
196 –Como encaram os guias espirituais as nossas queixas
-Muitas são consideradas verdadeiras preces dignas de toda a carinhosa atenção dos amigos desencarnados.
A maioria, porém, não passa de lamentação estéril, a que o homem se acostumou como a um vício qualquer, porque, se tendes nas mãos o remédio eficaz com o Evangelho de Jesus e com os consoladores esclarecimentos da doutrina dos Espíritos, a repetição de certas queixas traduz má-vontade na aplicação legítima do conhecimento espiritista a vós mesmos.
Livro: “O Consolador” – Espírito: Emmanuel – Médium: Francisco Cândido Xavier.
2.8.25
TROVAS ESPARSAS
Busca fazer o seu lema,
Sempre existe solução
Para o mais grave problema.
*
Nada há de mais ridículo
Do que alguém que se compraz
Em criticar o trabalho
De que se mostra incapaz.
*
O obreiro de Jesus,
No que é chamado a fazer
Sempre procura servir
Muito além de seu dever.
*
Não te iludas com discursos
Eruditos ao redor...
Palavra, por mais brilhante,
Não vale pelo suor.
*
A Verdade que no mundo
O homem busca degradar,
Sendo fonte de água pura
Nunca cessa de jorrar.
1.8.25
Comentário questão 780 do Livro dos Espíritos
O progresso moral nem sempre acompanha o progresso intelectual. É no sentido de promover a elevação moral que a Doutrina dos Espíritos veio, com o objetivo de educar e instruir. Instruir é bem mais fácil do que educar; a educação trata de harmonizar os sentimentos que são, a princípio, animalizados e somente o tempo, os problemas, as dores, os variados infortúnios, têm o poder de mostrar para a alma a necessidade de se modificar, ganhando, com os infindáveis esforços, as qualidades morais que o Evangelho indica para nos salvar de todas as agressões do mal.
A instrução sempre vem primeiro, porque traz em si aberturas onde a vaidade e o orgulho se aninham e crescem. Ela nos dá uma satisfação, embora passageira, no entanto, sentimo-nos bem com isso. Daí decorre o nosso grande interesse para nos instruirmos, sobretudo para desfrutarmos dos bens transitórios da vida. Aquele que sabe mais, se encontra sempre na direção.
É muito bom saber, todavia, quando esse saber é disciplinado pelo amor, é bem melhor e capaz de nos elevar para a libertação espiritual. O homem que somente se instrui, sem se interessar pela moral, está correndo perigo, visto poder acontecer em seus caminhos desastres morais. As paixões inferiores passam a comandar seu destino, e os olhos perdem a visão das leis naturais, dos direitos alheios, e até aonde podem chegar com os seus próprios direitos. Quem somente se instrui, não se interessa em ajudar aos semelhantes, a não ser para mostrar que é bom e caridoso, buscando sempre motivos de ganhar mais, com a vaidade que se veste de muitas roupagens.
O progresso deve atingir todas as qualidades morais e espirituais e, certamente, o físico. Ele é Deus avançando, não para Ele mesmo, mas para que sejam despertados os dons da intimidade das criaturas.
Disse Jesus com muita propriedade, o que Lucas anotou no capítulo doze, versículo quarenta e nove:
Eu vim para lançar fogo sobre a Terra e bem quisera que já estivesse a arder.
O fogo sobre a Terra que Jesus veio acender foi objetivando o progresso das criaturas, mudando o modo pelo qual o homem estava procedendo, usando a ciência e o saber para massacrar os mais fracos e corromper a si mesmo. A moral cristã representa o fogo que deve ser aceso em todos os corações, mudando para melhor, aliando o saber à moral evangélica e, neste sentido, restabelecendo as coisas.
Passamos a descobrir com o Cristo o céu dentro de nós, usando a ciência em conexão com o amor, para sermos felizes em direção à eternidade. O progresso intelectual sem o moral pode ser, tornamos a falar, um desastre na vida da alma.
Quando o saber estava se distanciando do conhecimento da verdade, Deus disse um "basta", por amor às criaturas da Terra, e enviou o outro Consolador, para instruir verdadeiramente os seres humanos acerca das coisas espirituais e a Doutrina Espírita chegou como um sol na direção do Cristo, como amparo às criaturas. O orgulho e o egoísmo se encontravam nas cátedras, mandando e dirigindo os povos de maneira agressiva, mas a luz começou a espancar as trevas, e eis aí o que está acontecendo: Jesus novamente no seio dos povos, sendo lembrado, falado, recordado, para depois chegar e ficar visível nos corações, pela força da vivência, salvando o mundo.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
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