No desdobramento do capítulo XII, em sua parte final, Gúbio se esmera em socorrer os familiares de Saldanha, que, a mando de Gregório, estava determinado a promover a desencarnação de Margarida.
Saldanha, diante do sofrimento do filho, da esposa e da nora – Jorge, Iracema e Irene –, permanecia de mãos atadas sem nada poder fazer – o filho preso, a esposa e a nora desencarnadas, sendo que Irene havia cometido suicídio.
Ambas, Iracema e Irene permaneciam inconscientes de sua situação na vida de além-túmulo, qual acontece aos espíritos que deixam o corpo sem maior lucidez. Ao conseguir avistar o esposo ao seu lado, Iracema indaga-lhe:
- Será verdade que já atravessamos o túmulo?
Reclamando da falta de auxílio de Saldanha, que permanecia em silêncio, obteve por triste resposta:
- Iracema, eu ainda não aprendi a ser útil... Não sei confortar ninguém.
Irene, que ingerira veneno, gemia com a mão sobre a garganta, ainda sentindo os efeitos do corrosivo em seu corpo espiritual.
A situação era dramática dentro daquela cela.
A suicida, percebendo a presença do esposo encarnado, avançou para ele, exclamando:
- Jorge, Jorge! ainda bem que o veneno não me matou! Perdoa-me o gesto impensado... Curar-me-ei para vingar-te! Assassinarei o juiz que te condenou a tão cruéis padecimentos!
Gúbio, com extrema serenidade, tentava socorrer as duas infelizes irmãs que, sem saber, já haviam transposto os umbrais da morte.
*
A certa altura dos diálogos, que, com certeza, André Luiz reescreve, Irene, após ser esclarecida por Gúbio a respeito de sua situação de espírito liberto do corpo, clama, desesperada:
- Então, morri? a morte é uma tragédia pior que a vida?
Ao que o sábio Instrutor responde:
- A morte é simples mudança de veste (...), somos o que somos. Depois do sepulcro, não encontramos senão o paraíso ou o inferno criados por nós mesmos.
*
Irene explica, então, que, tomada pela revolta, ingerira o veneno fatal.
Gúbio lhe responde:
- Sim (...), um momento de rebeldia põe um destino em perigo, como diminuto erro de cálculo ameaça a estabilidade dum edifício inteiro.
- (...) onde estava Deus que não me socorreu a tempo?
O sereno interlocutor esclarece com bondade:
- A pergunta é inoportuna (...). Procuraste saber, antes, onde te encontravas a ponto de te esqueceres tão profundamente de Deus?
*
Narra André Luiz, nos últimos parágrafos do emocionante capítulo, que:
- Depois de alguns minutos, ausentávamo-nos do hospício conduzindo as irmãs enfermas a recolhimento adequado, onde Gúbio as internou com todo o prestígio de suas virtudes celestes...
Sim, a ignorância, que nos leva a cometer tantos equívocos e que tanto nos leva a fazer sofrer e a sofrer, nada mais é que doença grave – muitíssimo grave.
Saldanha estava atônito, “cabisbaixo e humilhado”, perguntando a Gúbio “quais eram as armas justas num serviço de salvação, ao que o nosso orientador retrucou atenciosamente:”
- Em todos os lugares, um grande amor pode socorrer o amor menor, dilatando-lhe as fronteiras e impelindo-o para o Alto, e, em toda parte, a grande fé, vitoriosa e sublime, pode auxiliar a fé pequenina e vacilante, arrebatando-a às culminâncias da vida.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Veja também a Gravação do Estudo Detalhado do livro LIBERTAÇÂO
feito por nós na terça feira às 20h. pelo Skype
Francisco Cândido Xavier (autor)
André Luiz (espírito)
https://youtu.be/zdKQ55-equQ?list=PLJUZisvOqWSPrzDjdw6f9NSTmILB0O3rp
Saldanha, diante do sofrimento do filho, da esposa e da nora – Jorge, Iracema e Irene –, permanecia de mãos atadas sem nada poder fazer – o filho preso, a esposa e a nora desencarnadas, sendo que Irene havia cometido suicídio.
Ambas, Iracema e Irene permaneciam inconscientes de sua situação na vida de além-túmulo, qual acontece aos espíritos que deixam o corpo sem maior lucidez. Ao conseguir avistar o esposo ao seu lado, Iracema indaga-lhe:
- Será verdade que já atravessamos o túmulo?
Reclamando da falta de auxílio de Saldanha, que permanecia em silêncio, obteve por triste resposta:
- Iracema, eu ainda não aprendi a ser útil... Não sei confortar ninguém.
Irene, que ingerira veneno, gemia com a mão sobre a garganta, ainda sentindo os efeitos do corrosivo em seu corpo espiritual.
A situação era dramática dentro daquela cela.
A suicida, percebendo a presença do esposo encarnado, avançou para ele, exclamando:
- Jorge, Jorge! ainda bem que o veneno não me matou! Perdoa-me o gesto impensado... Curar-me-ei para vingar-te! Assassinarei o juiz que te condenou a tão cruéis padecimentos!
Gúbio, com extrema serenidade, tentava socorrer as duas infelizes irmãs que, sem saber, já haviam transposto os umbrais da morte.
*
A certa altura dos diálogos, que, com certeza, André Luiz reescreve, Irene, após ser esclarecida por Gúbio a respeito de sua situação de espírito liberto do corpo, clama, desesperada:
- Então, morri? a morte é uma tragédia pior que a vida?
Ao que o sábio Instrutor responde:
- A morte é simples mudança de veste (...), somos o que somos. Depois do sepulcro, não encontramos senão o paraíso ou o inferno criados por nós mesmos.
*
Irene explica, então, que, tomada pela revolta, ingerira o veneno fatal.
Gúbio lhe responde:
- Sim (...), um momento de rebeldia põe um destino em perigo, como diminuto erro de cálculo ameaça a estabilidade dum edifício inteiro.
- (...) onde estava Deus que não me socorreu a tempo?
O sereno interlocutor esclarece com bondade:
- A pergunta é inoportuna (...). Procuraste saber, antes, onde te encontravas a ponto de te esqueceres tão profundamente de Deus?
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Narra André Luiz, nos últimos parágrafos do emocionante capítulo, que:
- Depois de alguns minutos, ausentávamo-nos do hospício conduzindo as irmãs enfermas a recolhimento adequado, onde Gúbio as internou com todo o prestígio de suas virtudes celestes...
Sim, a ignorância, que nos leva a cometer tantos equívocos e que tanto nos leva a fazer sofrer e a sofrer, nada mais é que doença grave – muitíssimo grave.
Saldanha estava atônito, “cabisbaixo e humilhado”, perguntando a Gúbio “quais eram as armas justas num serviço de salvação, ao que o nosso orientador retrucou atenciosamente:”
- Em todos os lugares, um grande amor pode socorrer o amor menor, dilatando-lhe as fronteiras e impelindo-o para o Alto, e, em toda parte, a grande fé, vitoriosa e sublime, pode auxiliar a fé pequenina e vacilante, arrebatando-a às culminâncias da vida.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Veja também a Gravação do Estudo Detalhado do livro LIBERTAÇÂO
feito por nós na terça feira às 20h. pelo Skype
Francisco Cândido Xavier (autor)
André Luiz (espírito)
https://youtu.be/zdKQ55-equQ?list=PLJUZisvOqWSPrzDjdw6f9NSTmILB0O3rp
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