28.5.12

Comentários questão 161


Questão 161 do Livro dos Espíritos
    A ALMA E A MORTE VIOLENTA
    No caso de morte violenta, a alma entra em grande perturbação espiritual, por lhe faltar o tempo necessário para meditar no transe do desencarne e ele não se processar gradativamente. No entanto, há casos em que o espírito não perde a consciência, seja qual fora sua morte, por se encontrar em grau de evolução suficiente, o que garante a sua lucidez espiritual. Porém, em quase todas as mortes por desastre, a alma fica em estado de sono, como permanece ligada aos restos por tempo variável. Há casos, também, em que a criatura padece em um leito por anos a fio e, quando desencarna, fica ainda ligada ao corpo em estado deprimente, e quando se desliga dele, continua a residir na própria casa, por apego aos bens materiais.
    Não se pode fazer uma escala definitiva da desencarnação, mostrando aos homens um só padrão, porque isso varia de pessoa para pessoa. Se queres saber o que pode acontecer contigo na desencarnação, examina a vida que levas, que terás um retrato do que pode ocorrer. Se desejas um desenlace suave, uma partida com vitória para o mundo da verdade, não deixes de lado o trabalho de reforma íntima, em que o Cristo pode despertar todos os teus valores morais, no coração e na inteligência.
    Desta forma, meu irmão, mesmo que morras por morte violenta, estarás amparado pela tua conduta esquecida de erros morais, onde a caridade tem o poder de te iluminar por dentro do coração. Se queres ser feliz, faze aos outros o que desejas para ti mesmo, que a justiça não te deixará sofrer. Entrentanto, a violência que faz mal, e que faz muito mal, é a violência permanente que usas nos pensamentos, nas palavras e, por vezes, nas obras que fazes. Quando as tuas palavras violam a lei de harmonia, elas tisnam o magnetismo sublimado que Deus te deu para conversar, para pensar e para agir. Aí, sofrerás as conseqüências da tua ignorância. E essa é a pior morte: a morte pela ignorância. Em muitos casos, a criatura pode estar andando, trabalhando e vivendo, e estar morta, por não compreender as leis de Deus. Quando as compreende, é necessário vivê-las, para que a paz possa estabelecer a tranqüilidade de consciência.
    Se estiveres bem contigo mesmo, no clima do amor e da caridade ensinada pelo Cristo, em qualquer modalidade que a vida escolher para o teu desencarne, irás bem, por estares bem com a consciência em Jesus, sob as bênçãos do Criador. Não fazer aos outros o que não queremos para nós é o começo da nossa libertação espiritual. O Evangelho é o inspirador divino, que nunca erra nas suas indicações e não nos deixa permanecer nas faltas.
    Se queres morrer bem, e no momento exato, não te esqueças do Senhor Jesus. Ele nos ajuda em todos os transes e, para tanto, nos deixou o exemplo no próprio Calvário, bem como em toda a sua vida. Ele exemplificou o amor em toda a Sua existência, como garantia para a humanidade, Com o Cristo, a morte deixa de existir e passamos a viver no céu, onde estivermos, pois Ele é a Vida.
 
Livro: Filosofia Espírita IV - João Nunes Maia - Miramez

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