31.7.25

OS VALORES E O TEMPO Romance espirita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

Pedacinho do Céu

Como o céu é enorme e belo. Há muitas flores por lá.
Flores de todos os tamanhos e cor.
Flores azuis e amarelas. Todas, porém, muito belas.
O céu é azul, cor de anil. Mas há mistérios a descobrir.
Vejo rosas também na criação divina que expõem a beleza do permanente existir. Elas exalam carinho na sua beleza singela.
O céu é feito de rosas, mas de espinhos também.
O céu é anil, mas guarda no seu bojo, lugar para o sombrio.
Vejo rosas igualmente onde nunca se imaginava ter.
Lá distante nos destinos incertos, onde a amargura predomina, estão perdidas, distantes, imperceptíveis para muitos, mas lá estão elas a dizer:
- Mesmo no deserto de incertezas haverá sempre lugar para a esperança, pois Deus, único poderoso, não deserda a nenhum de seus filhos.
Coragem com a vida. Ela será de espinhos. No final, porém, creia muitíssimo, haverá rosas de beleza inigualável a coroar seu caminho de alegria e paz.
Helder Camara - Blog Novas Utopias

30.7.25

Gravação do Estudo detalhado do livro EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS Cap. 4 – AUTOMATISMO E CORPO ESPIRITUAL


 

CÂNTICO FRATERNO

João de Deus Ramos*
 
Canta, irmão, canta o carinho!
Canta o rio em todo canto
Fazendo o próprio caminho
Belo e santo.
 
Dura o bem, dura a alegria,
Dura o amor e a paz perdura.
Somente o mal desce à via
Da loucura.
 
Vibra, irmão, vibra em Jesus!
Vibra o Sol, em raios vibra,
E o dossel de sua luz
Equilibra.
 
Chora a vida rumo à frente.
A evolução chora, chora,
Pois o pranto é lava ardente
Que aprimora.
 
Sente, irmão, sente o perfume,
A brisa chegando à porta;
Seu passo que aviva o lume
Reconforta.
 
− Onde há paz? Onde há bondade?
Onde há amor e há riso aonde?
Onde?! Em ti ! És a verdade
Que se esconde...
 
(*) De origem humilde, João de Deus bacharelou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1859 exercendo brilhantemente o jornalismo e o magistério, sendo considerado um verdadeiro apóstolo da instrução “É um lírico inimitável” dele diz Mendes dos Remédios (História Lit.Port. Pág.586) –” é o mais espontâneo e genial burilador da poesia portuguesa. Nunca ninguém teve a arte de dizer coisas mais belas em frases tão simples. » (S. Bartolomeu de Messines, Algarves, Portugal, 8 de Março de 1830 – Lisboa, 11 de Janeiro de 1896).      
BIBLIOGRAFIA: a) do homem terreno: Flores do Campo; Ramo de Flores; Folhas Soltas; Cartilha Maternal, etc. ; b) do poeta desencarnado Jardim da Infância, pelo médium Francisco Cândido Xavier.      
Livro: “Antologia dos Imortais” - Psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.

29.7.25

OS VENCEDORES Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

Mensagem publicada na página 04 da Gazeta de Limeira em 29/07/2025

 

DUAS FORÇAS E UM COMANDO

A filosofia espírita é um assunto hiperfísico, que nunca para no tempo nem no espaço. Há duas forças distintas, e um comando central independente e único; matéria e Espírito, e Deus. Entre uns e outros, necessário se faz a existência de fluidos imponderáveis, cada vez mais puros. Não podemos confundir essas divisões pelo seu modo de ser, pelas vibrações correspondentes ao estado em que se encontram. Matéria é matéria, Espírito é Espírito e Deus é Deus, porém, a matéria vem do Espírito e o Espírito vem de Deus. Certos pormenores que desconhecemos serão revelados, quando a nossa evolução comportar tais segredos. Devemos nos conformar com o que já nos foi dado através de inúmeras revelações que a Inteligência Suprema achou conveniente. Quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece. O homem está compreendendo a existência de fluido sutil, apresentando muitas escalas vibratórias, sentindo a comunicação deste fluido em todas as direções da vida. Ele é comandado pelo Espírito, com alta ressonância da matéria. Ele é o intermediário entre um e outro, para que nada fique separado do comando central, que é Deus. Essas sendas do hálito divino, do Pai Celestial à matéria, e desta a Ele, não se encontram ao nosso dispor para serem reveladas. Se a natureza física não dá saltos, a espiritual se movimenta com maior harmonia do que se pensa. Deus é a harmonia. O homem de ciência deve estudar essas combinações; no entanto, quanto mais sabe, mais sabe que não aprendeu o suficiente. A mente humana, que exercita as virtudes anunciadas por Jesus e por Ele vividas, fica capacitada para fazer do éter físico o magnetismo puro que harmoniza todos os corpos. A matéria e o Espírito são onde se move o Comando Divino, na sua maior expressão.

Filosofia Espírita L.E.27 – João N. Maia – Miramez – Toninho Barana

28.7.25

DESOBSESSÃO Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

TRANSFIGURAÇÃO PSICOLÓGICA

O tema acima não é fácil de ser abordado – receio que, talvez, eu não me faça compreender. Mas, vamos lá.
Você já tentou reparar numa pessoa encarnada como quem estivesse olhando para a sua essência espiritual, ou seja, para o espírito que se encontra preso àquele corpo, com a sua fisionomia externa mais ou menos definida?!
Claro que poderia fazer isto com você mesmo, olhando-se num espelho, bem dentro de seus olhos, tentando realizar uma ausculta de seus pensamentos mais recônditos...
Todavia, apenas para efeito de melhor entendimento do que pretendemos, quando você estiver andando pelas ruas procure olhar atentamente não somente para os traços fisionômicos daquele que, muitas vezes, lhe sorri, sem a mínima vontade de fazê-lo...
Por exemplo, numa cidade grande, qual São Paulo: você se aproxima para solicitar alguma informação de um transeunte desconhecido, e ele, de imediato, se retrai, chegando mesmo a esboçar certo recuo físico, temendo a sua presença estranha – teme ser agredido, assaltado... Se educado o bastante para lhe esboçar alguma resposta breve, mais que depressa ele se afasta de você!
Não é assim que acontece em algumas ocasiões?!
Mesmo nas cidades de menor porte – interioranas –,você, estando doente, procura atendimento médico numa UBS – quase sempre, quem lhe atende não se mostra sensível à sua dor – preenche uma ficha quase sem olhar para você, ou, o que já seria muita deferência, lhe dirigir qualquer palavra de conforto.
O espírito em evolução é um ser estranho –estranhíssimo! As suas reações psicológicas são as mais imprevisíveis, e, quase sempre, ditadas por um profundo egoísmo que o desfigura.
O espírito parece uma ameba, que, do lado em que é estimulada em seu corpo unicelular, emite um pseudópode – alonga-se, para, em seguida, se contrair, feito uma lesma gosmenta.
Transfigura-se constantemente – é um ser mímico, ainda sem cara definida, e mesmo individualidade – cheio de personalidades que se sobrepõem umas às outras, mas ainda em busca de sua identidade real.
Impressionante reparar um espírito, seja no corpo ou fora dele, agindo e reagindo segundo os seus interesses exclusivos –impressionante vê-lo dizendo uma coisa e pensando em outra, sendo que mesmo sobre o que esteja pensando não é o que ele verdadeiramente pensa!
Impressionante conversar com uma pessoa sem conseguir lhe ver a face – porque, por detrás de sua mímica facial, ela não se lhe mostra como é – com a sua mente a orbitar ao redor de aspirações que podem estar localizadas a centenas e centenas de quilômetros dali! (Disse-nos Jesus: “Onde estiver o teu tesouro, aí também estará o teu coração.” Quer dizer: onde estiver o seu interesse, estará o seu espírito.)
Inútil, pois, que alguém, ao se lhe identificar, mostre a carteira de identidade, com foto, nome, filiação, data de nascimento, etc e etc, porque ela não é nada daquilo – aquilo é apenas uma cobertura de glacê sobre um bolo, que pode, ou não, ser palatável...
Sei que também eu sou assim, e, por saber que assim sou, estranho a mim mesmo, em minha quase incontrolável volubilidade espiritual– algo que, por falar, gritantemente, de minha imperfeição, me entristece imenso.
Ah, como é difícil ser transparente – deixar de fingir ser o que não se é! Como é difícil ser fraterno, e não apenas aparentar fraternidade!...
Você já viu, numa chocadeira, um pintainho morto dentro da casca do ovo?! - aquele embriãozinho encolhido e feio, sanguinolento, parecendo um aborto da Natureza?!
É assim que, espiritualmente, ainda somos...
Dentro do ser humano, por enquanto, há muito mais da víbora, da pantera, enfim, do animal que ele já foi que do homem que ele precisa e deve ser.
Faça tal exercício, e, comigo, entristeça-se de nossa ainda tão miserável condição espiritual – a de quem sequer possui uma face definida!...
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet

27.7.25

Gravação do Estudo detalhado do livro NOSSO LAR Cap. 41 – CONVOCADOS À LUTA


 

TRABALHO

 "E Jesus lhes respondeu: Meu Pai obra até agora, e eu trabalho também." (João, 5:17.)
 
    Em todos os recantos, observamos criaturas queixosas e insatisfeitas.
    Quase todas pedem socorro. Raras amam o esforço que lhes foi conferido.
    A maioria revolta-se contra o gênero de seu trabalho.
    Os que varrem as ruas querem ser comerciantes; os trabalhadores do campo prefeririam a existência na cidade.
    O problema, contudo, não é de gênero de tarefa, mas o de compreensão da oportunidade recebida.
    De modo geral, as queixas, nesse sentido, são filhas da preguiça inconsciente. É o desejo ingênito de conservar o que é inútil e ruinoso, das quedas no pretérito obscuro.
    Mas Jesus veio arrancar-nos da "morte no erro". Trouxe-nos a bênção do trabalho, que é o movimento incessante da vida.
    Para que saibamos honrar nosso esforço, referiu-se ao Pai que não cessa de servir em sua obra eterna de amor e sabedoria e à sua tarefa própria, cheia de imperecível dedicação à Humanidade.
    Quando te sentires cansado, lembra-te de que Jesus está trabalhando.
    Começamos ontem nosso humilde labor e o Mestre se esforça por nós, desde quando?
Livro Evangélico Espírita: “Caminho, Verdade e Vida”. - Francisco C. Xavier - Emmanuel

26.7.25

VALE A PENA VIVER Romance espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

O PÉ DE MANACÁ

Pobre pé de manacá,
Atacado na raiz,
Agoniza no jardim
Sem que se diga infeliz...
 
E quase a morrer estando,
Preso ao chão em que fenece,
Num derradeiro suspiro
Outra vez ele floresce.
................................................
Imitai o manacá,
Que, esquecendo as suas dores,
Por testemunho de fé
Morre despencando em flores!...
 
Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 4/7/2015).

25.7.25

Romance espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

ODRES NOVOS - VINHO NOVO, ODRES VELHOS - PANOS NOVOS E VESTIDOS VELHOS

    "Ninguém cose remendo de pano novo em vestido velho; de outra forma o remendo novo tira parte do velho, e torna-se maior a rotura. Ninguém põe vinho novo em odres velhos, porque o vinho fará arrebentar os odres e perder-se-á o vinho e também os odres; pelo contrário, vinho novo é posto em odres novos". (Marcos, 11, 21-22.)
 
    Não vale pôr remendo de pano novo em vestido velho; vai-se o vestido e fica o remendo.
    Querer corrigir os erros das "religiões" com fragmentos da Nova Revelação, é querer remedar vestido velho com pano novo.
    As religiões sacerdotais são odres velhos curtidos de dogmas, de sacramentos; não suportam absolutamente a força da nova verdade vinda do Céu.
    Essas comparações foram feitas por Jesus a propósito da pergunta que lhe fizeram acerca do jejum que os discípulos de João Batista observavam e os de Jesus não.
    "Como podem os meus discípulos jejuar se eu estou com eles?" (Lucas, V, 33-39.)
    "Minha palavra não cabe nas vossas igrejas; justamente por isso ela não vos foi oferecida diretamente, mas foi anunciada de cima dos telhados, nos montes, nos campos, nas praças e nos mares.
    "Tirar um fragmento da verdade, que eu leguei ao mundo todo, para suprimir o jejum dos discípulos de João e dos fariseus, seria o mesmo que pôr remendo de pano novo na rotura de um vestido velho".
    As igrejas, em tempo algum, serviram de receptáculo, de vaso sagrado para o vinho novo da revelação.
    O Decálogo não foi transmitido aos hebreus pelos sacerdotes nem pelas igrejas do Egito, mas no Monte Sinai pela mediunidade de Moisés.
    O Cristianismo não foi dado ao mundo do Templo de Jerusalém, nem pelos fariseus, nem pelos escribas, nem pelos saduceus, nem pelos essênios, nem pelos samaritanos, nem no Monte Garizim, mas por Jesus, homem independente de todas as igrejas e de todas as seitas religiosas.
    O Espiritismo, tal como a Primeira Revelação, a cristã, também foi e continuará a ser manifestado ao mundo, fora de todas as igrejas e de todas as ortodoxias.
    "Não se põe vinho novo em odres velhos: pela fermentação os odres partem-se e o vinho se derrama".
    Acresce ainda a circunstância do paladar: o que se acostumou ao vinho velho não quer o novo. Assim também aqueles que se acostumaram com velhas religiões, não podem querer a nova, mesmo porque a "religião", dizem, é como o vinho: quanto mais velho melhor.
    Para odres velhos, vinho velho; para velhos incrustados dos parasitos das velhas religiões, religião velha!
    As túnicas com que os cristãos se vestem no mundo espiritual não são feitas de remendos, assim como os odres que têm de receber o vinho novo, não são os velhos; daí o aviso a Nicodemos, mostrando-lhe a necessidade de renascer da carne e do Espírito.
    O Espírito velho prejudica, deteriora a carne nova, ou seja a nova geração; pela mesma forma o Espírito novo não pode ser assimilado pela carne velha (a velha geração). É necessário que se dê o renascimento do Espírito, pela modificação das idéias, e do corpo, sem o que não se verá o Reino de Deus.
    A esta operação Paulo chamou: "a substituição do homem novo pelo despojamento do homem velho"; e acrescentou: "os que são de Cristo se tornam novas criaturas". Debalde, por isso, é esperar de religiosos, anquilosados pelas tradições e dogmas avoengos, a modificação e regeneração dos costumes; assim como é utopia julgar que dos parasitos que compõem a Ciência oficial, venha o progresso da Ciência, e por eles nasça uma filosofia racional que exalte a pesquisa, o livre exame orientado pelos sãos princípios da Lógica.
    Pela mesma maneira se pode aplicar a parábola aos representantes dos governos corrompidos que têm acendido o fogo da guerra, devastando nações, oprimindo povos, degradando o caráter nacional, empobrecendo o erário, erigindo a politicagem de campanário, adstrita a interesses subalternos.
    Esses religiosos, cientistas e políticos não podem receber o vinho novo, são vestidos velhos, nos quais não cabe o remendo de pano novo, de idéias novas de paz, de ordem e progresso. São odres velhos, que estouram ao contacto do Espírito novo, só assimilável pela nova geração.
    "Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho; não se põe vinho novo em odres velhos!"
 
Livro: Parábolas e Ensinos de Jesus - Cairbar Schutel.

24.7.25

ENTENDENDO O ESPIRITISMO Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria

 


NOTÍCIAS DE CHICO XAVIER

São muitos os amigos que nos solicitam enviar notícias de Chico Xavier – interpelam-nos por carta, ou através de nossas atividades doutrinárias na companhia do médium, em suas andanças pelo Brasil e Exterior.
- Onde estará o espírito de Chico Xavier?
- O que Chico Xavier se encontrará fazendo no Mundo Espiritual?
- Em que cidade espiritual Chico Xavier fixou residência?
Perguntas semelhantes a estas são formuladas por muitos irmãos e irmãs de Ideal, não por mera curiosidade informativa, mas por carinho para com o grande Médium, que, na Vida de Além Túmulo, é reverenciado por todos nós, os desencarnados, na condição de mestre do espírito – um dos maiores que já pisou o chão da Terra!
Chico é um dos Ministros do Cristo, um dos poucos espíritos que tomam assento ao Seu lado – não importa se à direita, ou à esquerda, do Divino Amigo!
Todavia, como não haveria de ser, pois que tal não faz parte da natureza dos Espíritos Superiores, ele não se encontra na contemplação – trabalha ainda mais, dos Dois Lados da Vida, continuando no seu laborioso afã de iluminar os caminhos de encarnados e desencarnados.
O trabalho não cessa e é intenso, posto que grande parte da população desencarnada, ainda vinculada à evolução do orbe terrestre, revela a mesma necessidade de despertamento espiritual que os homens que mourejam no corpo carnal.
Vocês não fazem ideia do tamanho da ignorância que, igualmente, sobrevive à chamada “morte”! O Mundo Espiritual, ou melhor, o Planeta Espiritual, que forma um “cinturão” ao redor da Terra, se encontra, igualmente, em colapso!
Portanto, na condição de Médium e de Profeta, o nosso Chico Xavier, prossegue envidando esforços em todas as partes do mundo, em suas regiões consideradas materiais e noutras consideradas etéreas, procurando libertar consciências – tarefa árdua, que sempre acontece individualmente, e não coletivamente.
Chico, caso fosse fixar residência em alguma das múltiplas Moradas da Casa do Pai, certamente, muito haveria de se distanciar de nós – no entanto, ele assumiu compromisso com o Senhor de, incansavelmente, trabalhar pela espiritualização da Humanidade. (Estamos evitando empregar o termo “evangelização”, porque, temos certeza, o próprio Chico nos repreenderia por isto, afirmando que ele nada é para evangelizar a quem seja!)
De quando a quando, conforme, inclusive, já tivemos oportunidade de fazer referência na obra “Trabalhadores de Última Hora”, de nossa lavra, sabemos notícias dele se movimentando nas regiões inferiores do Plano Espiritual – nas que se situam mais proximamente a Terra, chegando, por vezes, a se estenderem às suas entranhas geográficas.
Desde muito, possuidor do “dom da ubiquidade”, Chico, no entanto, se faz sentir, através de seu pensamento, em quase toda parte onde se localizem seareiros com suficiente boa vontade e amor no coração – daí explicar-se o porquê de vários médiuns lhe registrarem a presença em muitos lugares ao mesmo tempo e lhe captarem a inspiração.
- Ele continua preocupado com os destinos da Doutrina Espírita? – indagou-nos uma senhora. E respondemos a ela agora: - Claro que continua, porém, preocupado com os destinos da Doutrina na sua feição Esclarecedora e Consoladora, na missão precípua que lhe cabe de reviver o Cristianismo!
Os Espíritos Superiores não são sectários – difundir o Espiritismo é difundir o Cristo, e não Kardec.
Enfim, aos que, porventura, se mostrem desejosos de uma resposta mais precisa, atualmente, o “quartel-general” de Chico Xavier nos arredores da Terra, não é a cidade de “Nosso Lar”, que ele visita com relativa frequência, mas sim a cidade de São Paulo no Espaço, da qual, igualmente, ele foi um dos fundadores.
(Aos espíritas uberabenses e pedroleopoldenses, embora o seu imenso carinho por Pedro Leopoldo e Uberaba, sinto informar que ele não “mora” em nenhuma das duas cidades!)
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet

23.7.25

Gravação do Estudo detalhado do livro EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS


 

LUZ NAS SOMBRAS

_ Somos hoje defrontados por grande tempestade magnética, e muitos caminheiros das regiões inferiores são arrebatados pelo furacão como folhas secas no vendaval.
_ E guardam consciência disso? – indagou Hilário, perplexo.
_ Raros deles. As criaturas que se mantêm assim desabrigadas, depois do túmulo, são aquelas que não se acomodam com o refugio moral de qualquer principio nobre. Trazem o íntimo turbilhonado e tenebroso, qual a própria tormenta, em razão dos pensamentos desgovernados e cruéis de que se nutrem. Odeiam e aniquilam, mordem e ferem. Alojá-los, de imediato, nos santuários de socorro aqui estabelecidos, será o mesmo que asilar tigres desarvorados entre fieis que oram num templo.
_ Mas conservam-se, interminavelmente, nesse terrível desajuste? – insistiu meu companheiro agoniado.
O orientador tentou sorrir e respondeu:
_ Isso não. Semelhante fase de inconsciência e desvario passa também como a tempestade, embora a crise por vezes, persevere por muitos anos. Batida pelo temporal das provações que lhe impõem a dor de fora para dentro, refunde-se a alma, pouco a pouco, tranquilizando-se para abraçar, por fim, as responsabilidades que criou para si mesma.
_ Quer dizer, então – disse por minha vez -, que não basta a romagem de purgação do espírito depois da morte, nos lugares de treva e padecimento, para que os débitos da consciência sejam ressarcidos...
_ Perfeitamente – aclarou o amigo, atalhando-me a consideração reticenciosa –, o desespero vale por demência a que as almas se atiram nas explosões de incontinência e revolta. Não serve como pagamento nos tribunais divinos. Não é razoável que o devedor solucione com gritos e impropérios os compromissos que contraiu mobilizando a própria vontade. Alias, dos desmandos de ordem mental a que nos entregamos, desprevenidos, emergimos sempre mais infelizes, por mais endividados. Cessada a febre de loucura e rebelião, o Espírito culpado volve ao remorso e á penitência. Acalma-se como a terra que torna à serenidade e à paciência , depois de insultada pelo terremoto, não obstante amarfanhada e ferida. Então, como o solo que regressa ao serviço da plantação proveitosa, submete-se de novo à sementeira renovadora dos seus destinos.
Atormentada expectação baixava sobre nós, quando Hilário considerou:
_ Ah! Se as almas encarnadas pudessem morrer no corpo, alguns dias por ano, não à maneira do sono físico em que se refazem, mas com plena consciência da vida que as espera!...
_ Sim – ajuntou o orientador -, isso realmente modificaria a face moral do mundo; entretanto, a existência humana, por mais longa, é simples aprendizado em que o Espírito reclama benéficas restrições para restaurar o seu caminho. Usando nova máquina fisiológica entre os semelhantes, deve atender à renovação que lhe diz respeito e isso exige a centralização de suas forças mentais na experiência terrena a que transitoriamente se afeiçoa.
Livro de Estudo Espírita: Ação e Reação – Francisco C. Xavier – André Luiz

22.7.25

USANDO NOSSOS TALENTOS 📖Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria

 


Mensagem publicada na página 04 da Gazeta de Limeira em 22/07/2025

ESPÍRITO LIVRE
A ciência vem trabalhando para encontrar o Espírito, já sentiu a sua presença em muitas pesquisas. O Espírito é força, dentro da força maior, Deus, que o alimenta e sustenta em todos os rumos. A alma, mesmo presa à matéria, é livre. Pelo pensamento podemos deduzir que somos individualidade separada da matéria, e que a matéria é uma substância separada do Espírito, porém, o Espírito encarnado necessita fazer com que a matéria avance, desfazendo-se da sua própria letargia. Quanto mais estudamos, mais vamos tomando conhecimento dos segredos da natureza, nos ajudando na nossa libertação espiritual. Podemos conhecer o Espírito sem a matéria. Os irmãos que carregam no coração a infelicidade de negar a sua própria existência como Espíritos livres, que sobrevivem depois do túmulo, estão mentindo para si mesmos. Ninguém consegue contrariar as leis espirituais. A força de Deus as sustenta e dá vida. Não existe uma família, uma criatura na Terra, que já não tenha constatado um fenômeno de ordem espiritual. Cada vez mais visíveis vão ficando as comunicações dos desencarnados, estimulando sentimentos e inspirando escritores em todos os campos do saber. O Espírito é livre e comunica onde quer que seja, fazendo a vontade de Deus na instrução e no amparo a todas as criaturas da Terra. A ciência já nos mostra muitas coisas que estavam invisíveis, como não crer no mais além? A carne é um dos véus na escala infinita dos segredos de Deus. Se estudarmos os fundamentos filosóficos, encontraremos o Espírito envolvido em outros corpos, que lhes garantem a grande viagem evolutiva para Deus, o Criador. Entretanto o Espírito não depende do corpo para continuar a sua vida em outra faixa, o corpo é que depende dele para lhe garantir a forma que usa como homem. Procuremos trabalhar como sendo uma prece, os Céus nos atenderão, fazendo-nos cada vez mais livres.
Filosofia Espírita L.E.26 – João N. Maia – Miramez – Toninho Barana.

21.7.25

CANTA, CORAÇÃO

Francisca Clotilde Barbosa Lima*
 
“Quem espera sempre alcança”,
Afirma velho rifão...
Coração, segue e confia,
Canta a vida, coração!
 
A Terra é escola de luta ;
A luta é a força de escol.
Todo sonho busca a frente,
Tudo espera, sob o Sol.
 
A semente espera a flor,
Que deitará no porvir
Anseia a flor pelo fruto,
O fruto espera servir.
 
A esperança é luz no tempo,
E o próprio tempo a conduz ;
Cada noite espera a aurora
A aurora espera mais luz.
 
Se hoje curtes, de alma aflita,
Provação, névoa,. pesar,
Amanhã é novo dia,
Não te canses de esperar.
 
“Quem espera sempre alcança”,
Afirma velho rifão...
Coração, segue e confia,
Canta a vida, coração!
 
(*) Poetisa, contista e romancista, exerceu o magistério até os últimos dias de sua existência terrena, tendo sido a primeira mulher a lecionar na
primeira Escola Normal do Estado do Ceará (Cf. Jangada, revista da Ala Feminina da casa de Juvenal Galeno, 1º trimestre de 1953, conferência de Maria Stella Barbosa de Araújo sobre Francisca Clotilde).Foi figura importante do “Clube Literário” do Ceará, em cujo órgão “A Quinzena” publicou vários sonetos «repassados de lirismo e cheios de beleza>>.colaborou ainda em diversos periódicos cearenses, e fundou a revista mensal A Estrela, de larga e brilhante existência. Como jornalista, a sua pena era das mais inflamadas, especialmente quando se tratava das questões de caráter nacional. Raimundo Magalhães e Mário Linhares referiram-se elogiosamente à «distinta patrícia», que foi grande amiga da juventude, sobretudo das crianças. (S. João de Inhamuns, hoje Tauá, Ceará, 19 de Outubro de 1862 – Aracati, Ceará, 8 de Dezembro de 1935.)
BIBLIOGRAFIA: Coleção de Contos; Noções de Aritmética; Fabiola; etc. 
Livro: “Antologia dos Imortais” - Psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.

20.7.25

Gravação do Estudo detalhado do livro 📖 NOSSO LAR Cap. 40 – QUEM SEMEIA COLHERÁ


 

O Maior Mal de Donald Trump

No mundo inteiro - e mais recentemente no Brasil - repercute o comportamento costumeiro do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em tomar medidas extremas contra países e pessoas. Medidas, maioria das vezes, desarrazoadas e com forte tom de desrespeito.

Tais atitudes alimentam antipatia e mal-estar.

São atitudes que não consideram os direitos da outra parte, geralmente considerada menor ou sem importância.

Os argumentos são, muitas vezes, frouxos, tendenciosos, quando não absolutamente mentirosos.

O caráter político-ideológico não é o fator causal destes comportamentos, mas a condição psicológica e moral.

Esta beligerância deixa um rastro de energia negativa que pode gerar uma onda de ódio e revide, o que é profundamente prejudicial para as pessoas e nações.

Por que o presidente Donald Trump se comporta desta maneira?

Ele, na verdade, sofre de um terrível mal espiritual. Um mal que ele não percebe, apesar de todos a sua volta terem a firme convicção do que está acontecendo.

Um mal que não é apenas desta experiência de vida, mas que já vem há bastante tempo e que somente destrói quem é objeto das suas ações e promove uma repercussão que pode durar muitos séculos.

O maior mal de Donald Trump é a sua orgulhite.

Orgulhite é um estado patológico de alguém que se acha maior ou melhor que os outros. É um desequilíbrio do ego que deseja ser supervalorizado. É uma condição doentia do orgulho.

Esta grave distorção do espírito é comum na quase totalidade da humanidade e se apresenta em diferentes graus de manifestação, à semelhança de um espectro. O problema maior é quando se atinge uma escala crônica onde normalmente é definido como narcisismo – possivelmente seja este o nível de Donald Trump.

Quem possui a orgulhite narcísica dá uma importância desmensurada a si mesmo e se crê portadora de direitos diferenciados das outras pessoas e exige ser tratado como tal.

Geralmente é manipulador, ganancioso, impetuoso, de elevada autoestima, exibicionista, personalista, sem princípios, em uma palavra: arrogante.

Uma pessoa com este transtorno de orgulhite narcísica como Donald Trump detesta ser contrariado, pois que acredita ser o possuidor exclusivo da verdade.

A orgulhite tem como pano de fundo e fato gerador o egoísmo.

Desta maneira, ele apenas pensa em si. Não há lugar para o outro para uma mente superlativa que sofre de orgulhite neste grau máximo de manifestação.

Donald Trump não está sozinho nesta enfermidade de caráter. Governantes e gestores, em todos os níveis, tendem a desenvolver esta enfermidade da alma sem se darem conta de que são portadores deste transtorno.

A soberba de um governante desta estirpe somente cresce e se sedimenta porque seus liderados igualmente possuem o gérmen dessa anomalia do ego e se projetam no seu grande líder.

Para se manterem no poder de municípios, estados e nações distorcem a verdade criando a sua própria realidade, eliminando todo aquele que se confrontar com ele.

Por esta razão, um líder de orgulhite narcísica precisa de poderes absolutos para governar, transformando-se, assim, em tiranos – às vezes sanguinários e assassinos, haja vista que o outro divergente que o atrapalha é insignificante para ele.

Atualmente, os governantes de extrema orgulhite criam embaraços aos seus oposicionistas e - o pior - deformam a democracia para atender aos seus próprios interesses.

Na história da humanidade, todos os autocratas, pode-se afirmar, que sofreram do transtorno do ego inflado e, mais recentemente, figuras como Adolf Hitler, Benito Mussolini, Vladimir Putin, entre tantos outros, cujo perfil aqui descrito não é difícil para identificá-los.

No nosso País, esta leva de governantes com o transtorno da orgulhite grave pode ser encontrada em todas as esferas de poder e em todas as épocas da política brasileira.

A boa notícia: eles irão desaparecer do planeta!

Não será rapidamente, como num lance da varinha mágica de Harry Porter. O povo, cansado destes falsos profetas, começarão a tirar do seu radar de voto os extremistas, os salvadores da pátria, os lobos em pele de cordeiro, os hipócritas...

Aos que acreditam na profecia do maior líder de todos os tempos, Jesus de Nazaré, o mundo haverá um dia, pela força das nossas escolhas pessoais e coletivas, de privilegiar os humildes no tratamento; os empáticos com o sofrimento da população; os mansos de convívio; os que têm fome e sede justiça contra os privilégios, desigualdades e corrupção; os misericordiosos com a dor alheia; os limpos de coração e os pacificadores que evitarão os conflitos.

Perfil este que Donald Trump definitivamente não possui e nem seus servis asseclas.

O líder da nova era da humanidade é essencialmente amoroso.

Esta é a sua bandeira maior e compromisso demonstrados pelo seu exemplo de vida.

Até porque, somente o amor liberta de verdade!

Carlos Pereira - Blog de Carlos Pereira.

18.7.25

UNIVERSO PROFUNDO Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

VOCÊS JÁ VIRAM

VOCÊS JÁ VIRAM?!
 
Creio que, de espírito batedor que eu sempre fui, e ainda sou, esteja virando espírito perguntador – deve ser influência do Codificador!
A pergunta desta semana, que, de fato, me intriga, é a seguinte: vocês já viram algum companheiro de ideal espírita-cristão, verdadeiramente consagrado à prática da Caridade, dedicando-se a crítica sistemática contra outro confrade de nossas lides doutrinárias?!
De minha parte, confesso que não.
Sempre que me deparo com um crítico, maledicente e contumaz, do esforço de servir em alguém, constato, sem dificuldade alguma, que esse nosso irmão pode ser considerado muito mais um teórico do Espiritismo, do que propriamente um adepto que se preocupe com a vivência cotidiana de seus Princípios.
Vocês concordam, ou acham que esteja exagerando?!
Sinceramente, eu nunca percebi, por exemplo, um espírita que seja sopeiro, passista, faxineiro no Centro Espírita, costureiro, benfeitor dos mais pobres, aficionado leitor das páginas de “O Evangelho”, amante da oração do “Pai Nosso”, seguidor dos exemplos de Chico Xavier, etc. – eu nunca detectei um desses companheiros de Doutrina a se esmerarem na crítica destrutiva contra quem quer que fosse!
Sempre que tenho oportunidade de lidar com alguma crítica – não a mim, que estou consciente de que mereço todas elas –, analisando o currículo de vida de seus autores, observo que lhes sobra excessivo tempo ocioso na encarnação e que, praticamente, são quase todos nulos no campo das atividades de assistência aos mais desvalidos...
Eis o que, ultimamente, eu tenho me desdobrado para tentar compreender.
Por que será que os que, com sinceridade, se empenham em sua própria renovação íntima, não se encorajam a atirar pedras sobre os outros?! Será que, talvez, seja por que já lograram alcançar mais profundo conhecimento a respeito de si?!...
Tendo a responder afirmativamente a questão que eu próprio formulo e tomo a liberdade de endereçar aos amigos deste Blog.
Para mim, dentro de nossa Universidade, que, na revivescência do Evangelho, é o Espiritismo, existe uma escola de dissidência ética, encabeçada por cultores de uma falsa intelectualidade – escola que, infelizmente, tem feito vários seguidores, criando problemas sérios para a nossa Doutrina de Paz e Amor.
Interessante que os maiores críticos de meu conhecimento pertencem a tal escola, que não é a de Chico Xavier!
Vocês já repararam isto?!
Façam uma enquete silenciosa a respeito, e vejam a que escola pertence, por exemplo, os oradores intolerantes e mal educados, vaidosos e exigentes, e os médiuns elitistas que, no Movimento, incrementam os cursos pagos, chegando à desfaçatez de falarem em “investimento” – sim, “investimento”... bolso deles!
Não sei, não.
Acho que os espíritas, que anelamos ser sinceros profitentes da Fé, precisamos, urgentemente, efetuar um retorno às nossas origens – aos caminhos que, sacrificialmente, foram trilhados pelos pioneiros do Espiritismo!
Em vez de nos lançarmos a uma disputa de Conhecimento, vamos nos lançar a uma disputa de Bondade! Quem consegue perdoar mais, esquecer mais agravos, auxiliar mais, servir mais, aproveitar mais o tempo na prática do Bem aos semelhantes?!...
Aliás, eu vou dizer a vocês que o Conhecimento tem sido por demais desconhecido de nós outros, que, equivocadamente, achamos que Conhecimento seja apenas e tão somente informação, nada, portanto, tendo a ver com formação.
Quem sabe, também faz a hora... de ser melhor!...
INÁCIO FERREIRA - blog Mediunidade na Internet

17.7.25

GOLFINHOS – SONS NATURAIS CD a venda na LER Livros Revistas Papelaria



Comentário questão 779 do Livros dos Eespíritos

MARCHA DO PROGRESSO
 
O progresso é força de Deus na intimidade das criaturas. Tudo cresce pela lei que determina o despertamento de qualidades espirituais, por vontade de Deus. Homem algum pode ou tem poder de entravar o progresso, pois ele é um gênio de mil possibilidades, que age em todas as direções da vida. A própria Terra, com o passar dos tempos, vai ficando cada vez mais purificada, o ar mais leve, as águas mais sutis, os animais, as plantas com expressões mais adiantadas, e o homem é o que mais progride, o que mais assimila o progresso.
Como disse Jesus, a quem tem, mais será dado. Quando os raios do sol bafejam uma humanidade evoluída, essa tira deles mais vida e mais paz. Notemos que as crianças de hoje, com poucos anos, já demonstram mais conhecimentos que crianças da mesma idade do passado. São Espíritos que progrediram, voltando em novas vestes. O próprio corpo físico também atendeu ao progresso, ofertando ao seu ocupante meios de expressar melhor sua inteligência, mostrando a evolução que teve na esteira do tempo.
Ninguém detém a marcha do progresso. Deus fez tudo perfeito, sem nada faltar, pois Ele é todo perfeição; é imutável nas Suas qualidades, é onisciente. Ele nada iria fazer imperfeito. Na intimidade de tudo que saiu das Suas mãos magnânimas e santas, está a perfeição. O que notamos imperfeito, é por falta de visão nossa.
Em tudo dorme a perfeição, dependendo, pois, do despertamento espiritual que o progresso pode fazer, gradativamente. é nesse caso que necessário se faz a parte de cada criatura, o esforço próprio de cada um, para a sua paz espiritual. Eis aí o que chamamos de conquista. O progresso é luz espiritual que pode nascer dentro de cada um, no centro da vida, mas com as bênçãos do Criador, que se encontra em toda parte.
O homem se desenvolve por si mesmo, e isso é um modo de expressar a parte que ele deve fazer, ganhando a sua felicidade, mas tudo vem de Deus. Somente Ele é o benfeitor universal, e nós outros seus co-criadores. Participamos, é lógico, dos trabalhos da Divindade.
A ignorância, pensam alguns, entrava o progresso de si ou das coisas. Como se enganam! Tudo cresce pela força do tempo, que não passa da força de Deus. Aquele ou aqueles que desejam impedir o progresso, acabam desistindo de suas investidas inspiradas na ignorância, porque é lutar contra Deus e servir-se da inutilidade. Esses homens desejam ser os primeiros, ao lutarem contra as leis naturais e, para eles, nós copiamos o que nos diz Marcos, no capítulo nove, versículo trinta e cinco:
E ele, assentando-se, chamou os doze e lhes disse:
Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos.
Quem tentar impedir as leis naturais, passa a ser servo dessas leis, para aprender com humildade a servir à vontade de Deus, com os Seus atributos divinos se expressando em todas as direções da vida.
Se queremos ser felizes, trabalhemos em mudanças para melhor todos os dias, que Deus nos abençoará por intermédio de Jesus, cabendo à Sua paz nos indicar a verdadeira felicidade.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez

16.7.25

Gravação do Estudo detalhado do livro EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS Cap. 2 – CORPO ESPIRITUAL


 

CANÇÃO DO TEMPO

Francisca Clotilde Barbosa Lima*
 
Ouve a esperança que te fala ao peito :
– “Hoje é o dia
De lavrar o coração
E plantar a alegria.”
     
No relógio da Terra, o tempo é curto...
Estende, agora, as mãos, enquanto é cedo.   
Sê mais feliz, fazendo almas felizes,    
Sem repouso e sem medo.       
 
Assevera o minuto: “faze logo.”
Diz a vida : “não temas.”
À plena luta, a chave da bondade
É solução em todos os problemas.       
 
Não mostres rosto triste.
Toda mágoa entorpece...
Conserva no semblante o riso que há no sol
E o louvor que há na prece.
 
Se podes trabalhar,
Reflete na semente
Que, lançada no solo,    
É o pão de tanta gente!...
 
Procura no perdão a paz de novo,
Não te abandones à ilusão da ira.       
Desculpa, de alma limpa, tantas vezes 
Quantas vezes alguém te bata ou fira.
 
Não te prendas a dores de passagem,
Nem a posses terrenas...
Demoras-te no mundo
Por instantes apenas.

Todo mal que pratiques
É sombra a segregar-te em cativeiro;  
Mas todo bem que faças
É amor vibrando no Universo inteiro...  
 
Hoje é o dia de ajudar e abençoar, de entender e construir,
Segundo a fé que, em ti, refulge e arde.
Amanhã, outro dia talvez diga :
– “Não prossigas além, que é muito tarde...”
 
(*) Poetisa, contista e romancista, exerceu o magistério até os últimos dias de sua existência terrena, tendo sido a primeira mulher a lecionar na primeira Escola Normal do Estado do Ceará (Cf. Jangada, revista da Ala Feminina da casa de Juvenal Galeno, 1º trimestre de 1953, conferência de Maria Stella Barbosa de Araújo sobre Francisca Clotilde).Foi figura importante do “Clube Literário” do Ceará, em cujo órgão “A Quinzena” publicou vários sonetos «repassados de lirismo e cheios de beleza>>.colaborou ainda em diversos periódicos cearenses, e fundou a revista mensal A Estrela, de larga e brilhante existência. Como jornalista, a sua pena era das mais inflamadas, especialmente quando se tratava das questões de caráter nacional. Raimundo Magalhães e Mário Linhares referiram-se elogiosamente à «distinta patrícia», que foi grande amiga da juventude, sobretudo das crianças. (S. João de Inhamuns, hoje Tauá, Ceará, 19 de Outubro de 1862 – Aracati, Ceará, 8 de Dezembro de 1935.)
BIBLIOGRAFIA: Coleção de Contos; Noções de Aritmética; Fabiola; etc. 
Livro Antologia dos Imortais - Francisco C. Xavier e Waldo Vieira

15.7.25

Mensagem publicada na página 04 da Gazeta de Limeira em 15/07/2025

INDEPENDÊNCIA DO ESPÍRITO

O Espírito não é uma propriedade da matéria. São duas coisas distintas, e a resposta de "O Livro dos Espíritos" revela um segredo de difícil compreensão para os homens, dizendo que o Espírito se serve da matéria para intelectualizá-la. Sem o Espírito, a matéria não alcançaria esse empuxo espiritual. O Espírito é luz que vibra em alta ressonância e, se ele intelectualiza a matéria, o seu atributo desperta nela algo que dormia na profundidade física. A mônada divina é o agente da Divindade, na missão de acender luzes e despertar valores. As coisas físicas constituem, para a alma, um regime agressivo, de maneira a despertar qualidades quietas na intimidade do ser espiritual. Foi esta a vontade de Deus quando a criou. A matéria é energia concentrada e a energia é a matéria em estado rarefeito. Existem muitas coisas entre um estado e outro, que escapam às nossas sensibilidades. No amanhã serão conhecidos outros valores do Espírito, acima dos que já conhecemos e que dormem ainda, no berço da consciência, esperando o chamado divino da Divina Luz. O Espírito vai ficando cada vez mais independente das coisas inferiores, e integrado na dependência de Deus. O Espírito não perde a sua individualidade como muitos pensam, ele é cada vez mais ele, na ascensão que deve percorrer e, o que é seu, é intransferível. Tudo que temos é conquista na direção que a Luz Maior nos capacitou a caminhar, porém, nunca conquistamos algo sem Deus. Ele é, por lei, o nosso motivo de viver. A matéria é um dos corpos do Espírito, para que se complete uma unidade com várias divisões independentes. O Espírito deve ser Espírito na luz de todos os entendimentos, e cada um, encarnado e desencarnado, deve se colocar naquela esperança da felicidade individual como também no esplendor do amor coletivo. Roguemos a Deus que nos ajude a compreender a independência da alma, no tamanho em que ela se encontra, referindo-se a nós mesmos

Filosofia Espírita L.E.25 – João N. Maia – Miramez – Toninho Barana.

14.7.25

ANDREZINHO Revista espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

O Desafio da Educação Emocional

O filósofo espírita francês Léon Denis (1846 – 1927) afirmou acerca da evolução do ser que
“Na planta, a inteligência dormita; no animal, sonha; só no homem acorda, conhece-se, possui-se e torna-se consciente; a partir daí, o progresso, de alguma sorte fatal nas formas inferiores da Natureza, só se pode realizar pelo acordo da vontade humana com as leis Eternas."¹
Por este raciocínio, nos reinos inferiores (mineral, vegetal e animal) há um impulso lento e intrínseco para avançar. Num determinado instante, porém, quando toma consciência – e portanto, ganha a individualidade – passa a ser humano e, daí por diante, a lei do progresso lhe preme para seu aperfeiçoamento gradual nos aspectos físico, intelectual e moral.
Na mesma direção deste raciocínio, o espírito do teólogo francês François de Salignac de La Mothe-Fénelon (1651 – 1715) defende que
“Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos.” ²
Por esta linha de pensamento, as primeiras encarnações do espírito são dominadas por movimentações quase que automáticas que, pouco a pouco, vai produzindo uma percepção da sua realidade interior e exterior para, mais tarde, adquirir emoções e sentimentos.
Há, desse modo, uma travessia paulatina do ser da animalidade para a humanidade.
Apesar, no entanto, do estágio atual do ser humano ser bastante avançado em relação aos seus primeiros dias neste planeta, ele ainda reage, maioria das vezes, pelo instinto em vez de dar lugar a inteligência e aos sentimentos.
Em outras palavras, o ser humano na modernidade esquece exatamente de ser humano, ou melhor, de humanizar-se.
Segundo o espírito Ermance De La Jonchére Dufaux (1841 – 1915),
“Humanizar é promover-se à condição de administrador ativo dos valores superiores que se encontram adormecidos no cosmo interior. É vencer este automatismo que nos impede de colocar a inteligência a serviço do crescimento integral. É utilizar a informação para efetuar a transformação.” ³
Se tornar verdadeiramente humano, assim, passaria pela autogestão do desenvolvimento intelectual e moral. Conhecer-se para transformar-se, em última análise.
O problema é que nestes tempos agitados que vivemos o pensar e o sentir não andam de mãos dadas. Estimula-se o desenvolvimento da mente em detrimento ao desenvolvimento das emoções e dos sentimentos.
Urge, desta forma, promover um processo de educação do sentimento para que o ser humano tenha, no mínimo, um estado de equilíbrio entre a inteligência instrucional e a inteligência emocional.
Todos os centros do saber são convidados para este desiderato. Em particular, os núcleos de promoção da espiritualidade, como o espiritismo, necessitam se transformar em escolas do espírito e priorizar o que se poderia denominar de uma alfabetização emocional.
A alfabetização emocional teria no seu currículo de aprendizado interior, entre outras disciplinas: (1) Conhecimento e Controle das Manifestações do Ego; (2) Raízes Espirituais da Imperfeição Humana; (3) Desenvolvimento da Maturidade Emocional; (4) Promoção da Transformação Interior; e (5) Criação de Relacionamento Tolerante e Construtivo com o Outro.
Esta aprendizagem, no entanto, atua menos no intelecto e bem mais no coração. E “é aí onde a porca torce o rabo”.
Não estamos acostumados a pensar com o coração.
Não estamos acostumados nos observar e nos enfrentar.
Não estamos acostumados a encarar a nossa vulnerabilidade, fragilidade e sensação de desamparo.
Não estamos acostumados a rever nossos pré-conceitos, crenças e tendências.
Não estamos acostumados a nos enxergarmos como seres egoístas e orgulhosos.
Não estamos acostumados a conviver com a diversidade.
Não estamos acostumados a sermos misericordiosos.
Não estamos acostumados a nos amar e amar o outro.
Por esta razão é que a educação emocional, pelo veio do processo de humanização, poderia se resumir em cinco etapas: autoconhecimento → autotransformação → autoamor → amor ao outro → amor a Deus.
Numa palavra: humanizar-se é aprender a amar.
Aprendendo a amar nos encontramos com Deus.
Encontrando-se com Deus seremos mais felizes.
Carlos Pereira - Blog de Carlos Pereira
 ¹ DENIS, Léon. O Problema do Ser, do Destino e da Dor. 116ª Edição. Rio de Janeiro - RJ: Federação Espírita Brasileira, 1997.
² KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 3ª Edição. São Paulo - SP: Petit Editora, 1997.
³ OLIVEIRA, Wanderley Soares; DUFAUX, Ermance. Prazer de Viver. 1ª Edição. Belo Horizonte – MG: Dufaux, 2008.
Inspirado no capítulo 4 - Humanização, uma Proposta de Educação Emocional, do livro Prazer de Viver, Wanderley Oliveira e Ermance Dufaux.

13.7.25

O Raio de Luz

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca."
Carlos Drummond de Andrade
Todas as noites antes de fazer os filhos adormecerem, um pai muito carinhoso conversava com eles, enquanto afagava-lhes os cabelos anelados. 
Diariamente escolhia um assunto que encontrava no evangelho, ou em algum acontecimento do cotidiano. 
Naquela noite sem luar, quando as nuvens encobriam as estrelas, ele arranjou uma forma diferente de chamar a atenção das crianças. 
Colocou-as no sofá da sala e disse-lhes que não se assustassem com a escuridão, porque apagaria todas as luzes da casa, de propósito. 
E assim o fez. 
Deixou a casa às escuras e sentou-se no meio dos filhos que o aguardavam apreensivos. 
Perguntou-lhes o que eles eram capazes de ver em meio àquele breu. 
O menininho mais velho comentou que conseguia distinguir os contornos da cadeira que estava a sua frente, mas que não conseguia saber ao certo qual objeto produzia a sombra que se apresentava um pouco mais adiante. 
O pai, aproveitando a oportunidade esclareceu: - "nossos olhos acostumam-se com a ausência de luz e acabam conseguindo, com algum esforço, distinguir alguns objetos. 
Porém, não é possível notar tudo quando a luz nos falta. 
Alguns contornos podem enganar nossos sentidos. 
Muitos detalhes passam despercebidos. 
As cores deixam de ser perceptíveis. 
A ausência de luz dificulta nosso caminhar, porque não conseguimos notar com segurança para aonde estamos indo." 
Nesse momento, ele acendeu uma vela que trazia consigo. 
As crianças exultaram diante da claridade que se fez na sala. 
"Vejam!" - convidou o pai - "percebam como tudo parece diferente na presença da luz. 
As sombras já não mais nos confundem. 
Agora as formas assumem contornos mais exatos. 
Como é mais fácil buscar um caminho, quando há luz a mostrar a direção correta." 
Encantadas com a singela, porém, inesquecível descoberta, as crianças concordaram com o pai, enquanto o cobriam de carinhos antes de serem levados para a cama. 
A maior glória da alma que deseja participar na obra de Deus será transformar-se em luz na estrada de alguém. 
Registramos a luz sem nos adentrar em sua grandeza. 
O raio de luz penetra a furna escura, levando a réstia de claridade que espanca as trevas. 
Adentra o vale sombrio e estimula o florescer. 
Atinge a gota d'água e reverte-a em um diamante multicolorido. 
Visita o pântano e transforma-o em jardim, em pomar. 
Viaja pelo ar, aquece vidas e alimenta-as. 
Beija as corolas e desata perfumes inesquecíveis. 
Aninha-se no cristal e ele reverbera, embelezando-se ainda mais. 
............................. 
Não nos deixemos adoecer pelo amolentamento. 
Há tantas possibilidades de darmos utilidade e beleza à vida. 
Com o exemplo da luz, o Criador convida-nos a fazer o mesmo. 
Desfaçamos as sombras nos corações. 
Drenemos os charcos das almas. 
Projetemos alegrias fomentadoras de vida naqueles que se encontram combalidos pela tristeza e pelo desalento. 
Sejamos também um raio de luz, espraiando brilho e calor, beleza e harmonia, em todos os momentos, iluminando, assim, também, nossos próprios caminhos. 
www.momento.com.br

Gravação do Estudo detalhado do livro 📖 NOSSO LAR Cap. 39 – Ouvindo a Sra. Laura


 

12.7.25

UMA LUZ NO HORIZONTE 📖Romance espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

Exortação

Ergue-te, amigo, e vem conosco agora,
Há tanto o que fazer, não te contenhas,
Olvida a solidão em que te embrenhas
E dê-nos tuas mãos, chorando embora...
 
Sigamos junto pela estrada afora,
Vencendo abismos e escalando penhas...
Ante a fúria do mal não te contenhas,
Se a tempestade tudo desarvora...
 
Vamos que o tempo urge e já anoitece!
Acendida no peito, a luz da prece,
É divino clarão em toda parte...
 
Se espalhares o Amor por onde fores,
Balsamizando as tuas próprias dores,
Terás o Mestre Amado a tutelar-te!...
 
Formiga/Baccelli - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
Uberaba – MG, 23 de abril de 1986.
Nota: Voltaremos com novas páginas em Agosto.

11.7.25

UMA FAMÍLIA FELIZ Romance espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria

 


LUZ NAS SOMBRAS

_ Somos hoje defrontados por grande tempestade magnética, e muitos caminheiros das regiões inferiores são arrebatados pelo furacão como folhas secas no vendaval.
_ E guardam consciência disso? – indagou Hilário, perplexo.
_ Raros deles. As criaturas que se mantêm assim desabrigadas, depois do túmulo, são aquelas que não se acomodam com o refugio moral de qualquer principio nobre. Trazem o íntimo turbilhonado e tenebroso, qual a própria tormenta, em razão dos pensamentos desgovernados e cruéis de que se nutrem. Odeiam e aniquilam, mordem e ferem. Alojá-los, de imediato, nos santuários de socorro aqui estabelecidos, será o mesmo que asilar tigres desarvorados entre fieis que oram num templo.
_ Mas conservam-se, interminavelmente, nesse terrível desajuste? – insistiu meu companheiro agoniado.
O orientador tentou sorrir e respondeu:
_ Isso não. Semelhante fase de inconsciência e desvario passa também como a tempestade, embora a crise por vezes, persevere por muitos anos. Batida pelo temporal das provações que lhe impõem a dor de fora para dentro, refunde-se a alma, pouco a pouco, tranquilizando-se para abraçar, por fim, as responsabilidades que criou para si mesma.
_ Quer dizer, então – disse por minha vez -, que não basta a romagem de purgação do espírito depois da morte, nos lugares de treva e padecimento, para que os débitos da consciência sejam ressarcidos...
_ Perfeitamente – aclarou o amigo, atalhando-me a consideração reticenciosa –, o desespero vale por demência a que as almas se atiram nas explosões de incontinência e revolta. Não serve como pagamento nos tribunais divinos. Não é razoável que o devedor solucione com gritos e impropérios os compromissos que contraiu mobilizando a própria vontade. Alias, dos desmandos de ordem mental a que nos entregamos, desprevenidos, emergimos sempre mais infelizes, por mais endividados. Cessada a febre de loucura e rebelião, o Espírito culpado volve ao remorso e á penitência. Acalma-se como a terra que torna à serenidade e à paciência , depois de insultada pelo terremoto, não obstante amarfanhada e ferida. Então, como o solo que regressa ao serviço da plantação proveitosa, submete-se de novo à sementeira renovadora dos seus destinos.
Atormentada expectação baixava sobre nós, quando Hilário considerou:
_ Ah! Se as almas encarnadas pudessem morrer no corpo, alguns dias por ano, não à maneira do sono físico em que se refazem, mas com plena consciência da vida que as espera!...
_ Sim – ajuntou o orientador -, isso realmente modificaria a face moral do mundo; entretanto, a existência humana, por mais longa, é simples aprendizado em que o Espírito reclama benéficas restrições para restaurar o seu caminho. Usando nova máquina fisiológica entre os semelhantes, deve atender à renovação que lhe diz respeito e isso exige a centralização de suas forças mentais na experiência terrena a que transitoriamente se afeiçoa.
Livro de Estudo Espírita: Ação e Reação – Francisco C. Xavier – André Luiz 

10.7.25

FAÇA DAR CERTo 📖Livro espiritualista a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

Comentário questão 778 do Livro dos Espíritos

RETROGRADAR
O homem não pode regredir para o seu estado primitivo, pois Deus não o fez para tal. Dentro de cada criatura existem dons que desabrocham com o tempo, e esse tempo é encarregado de fazê-lo entrar no progresso, por numerosos processos, inclusive o da dor.
Passamos por muitos meios, por fases inúmeras de evolução. É por isso que os benfeitores da eternidade não se revoltam com a nossa incompreensão. Eles são tolerantes e andam conosco no caminho, nos inspirando para as qualidades superiores. São conscientes de que ninguém se perde, pois somos filhos de Deus, com os mesmos valores na intimidade.
Aqueles que hoje estão em estado de angelitude não receberam esse estado de felicidade por um simples arrependimento ou toque da mão divina, mas, na esteira do tempo e pelo esforço próprio, na aquisição das qualidades espirituais que dormiam, na cidade da consciência.
A beleza da vida é que ninguém regride; o avanço para melhor é lei natural, feita por Deus, que ninguém muda. é lei eterna. Os Espíritos vivem em variadas escalas, onde a evolução os colocou por justiça. Quando nós estamos integrados no bem, procurando aperfeiçoar cada vez mais, os nossos irmãos passam a nos imitar; ainda que não tenhamos o reconhecimento público, isto não tem importância nenhuma; nós já recebemos a recompensa de vivermos no bem e, ainda mais, quem é por nós, não é contra nós.
Jesus, conforme anotado por Marcos no capítulo nove, versículo trinta e nove, nos faz pensar e descobrir a humildade, quando diz:
Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e logo a seguir possa falar mal de mim.
Quem dá o exemplo do bem, não deve esperar louvores dos homens. Esses louvores estão sempre carregados de vaidade que nos faz mal ao coração. Não devemos regredir nas nossas intenções, nem abrir as portas dos sentimentos para o orgulho e o egoísmo porque, se a alma não pode retrogradar, por lei universal de Deus, e se insistirmos em parar nosso progresso, a natureza divina aplicará meios dolorosos para que voltemos a andar, e o sofrimento poderá ser o resultado do nosso mal-entendimento.
Agradecemos ao codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, que serviu de instrumento da descida de Luz Consoladora, para nos instruir nos dois planos da vida. Desta maneira, a verdade se nos apresenta com mais claridade para nos tornar livres. Não podemos renegar a lei do progresso, por ser ela a lei de Deus. Se observarmos com atenção, encontraremos essa lei em tudo; tudo cresce, tudo avança para melhor.
Todo homem em estado de natureza é mais lento nas suas atividades, em vista das suas poucas necessidades. O próprio pensamento é mais lento, é movido quase que totalmente pelos instintos. As suas exigências para viver no que ele pensa ser felicidade, são mínimas, porém, ele não pode ficar nesse estado para sempre. A força do progresso o convida para o alto e para frente. Ainda que ele queira se acomodar no seu estado primitivo, ele não foi criado para isto e, sim, para avançar, conquistando novos horizontes de vida e ampliando qualidades, cujo germe ele traz inquieto dentro de si, querendo desabrochar. É Deus querendo ficar mais visível dentro da alma. E quem pode ir contra Deus?
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez

9.7.25

Gravação do Estudo detalhado do livro 📖 AÇÃO E REAÇÃO Cap. 1 – FLUÍDO CÓSMICO


 

CAIM

Augusto Carvalho Rodrigues dos Anjos *
 
Qual monstro hirsuto que se desenterra,
Aborto horrendo de sinistro abdómen,
Torna Caim, sem látegos que o domem,
Para a nova balística da guerra!
 
As medonhas mandí­bulas descerra,
Indiferente ás chagas que o carcomem,
E, bramindo, desperta na alma do homem
As maldições anínimas da Terra...
 
Fera oculta no brilho do proscênio,
Crava as unhas na bomba de hidrogênio,
Fitando o mundo que se desgoverna...
 
Mas o Cristo contempla o quadro obscuro,
E, embora em pranto, envolve de amor puro
O lobo famulento da caverna.
(*) Bacharelando-se em Direito, na cidade do Recife, três anos depois transfere-se Augusto dos Anjos para o Rio de Janeiro, onde permanece por dois anos, lecionando na Escola Normal e no Colégio Pedro II. Muda-se posteriormente para Leopoldina, Minas, tornando-se abnegado diretor do Grupo Escolar Ribeiro Junqueira, até à desencarnação. Cognominado o Poeta da Morte por António Torres, emparelha-se com Antero Quental, como sendo poeta filósofo do mais alto nível. Os temas científicos encontraram em AA seu grande explorador, segundo a expressão usada por Darcy Damasceno (In A Lit. no Brasil, III, t. 1, pág. 388). Apesar do pessimismo empedernido do poeta paraibano, salienta Fernando Góes (Pan., V, pág.64), Paraí­ba, 20 de Abril de 1884 Leopoldina, Minas Gerais, 12 de Novembro de 1914.)
BIBLIOGRAFIA: Eu; Eu e Outras Poesias.
Livro Antologia dos Imortais - Francisco C. Xavier e Waldo Vieira

8.7.25

Mensagem publicada na página 04 da Gazeta de Limeira em 08/07/2025

ATRIBUTOS DO ESPÍRITO

A inteligência é atributo do Espírito e não sinônimo. Os valores da alma são inúmeros, na área do seu despertamento espiritual. A realidade é mais profunda e espera pelo tempo, para ser revelada, obedecendo às leis da relatividade que regula os conhecimentos de todos nós. O Espírito é uma chama onde se concentram todos os requisitos para a felicidade. A alma foi feita com todos os atributos da perfeição, por ter saído sob o fulgor da perfeição maior: Deus. Assim, o que chamamos de evolução, podemos chamar de despertamento. Quando falamos da urgência de conhecermos a nós mesmos, é no sentido da educação dos hábitos arraigados, cuja permanência em nós entorpece os nossos sentidos espirituais mais dignos, e não do conhecimento íntimo do Espírito. Entreguemos isso ao tempo, que ele nos falará pela vontade de Deus, na hora certa, o que nos for mais conveniente. O Espírito é a essência das essências, é a harmonia do Divino, é a luz das luzes. Diferenciamos o Espírito das outras coisas pelo fator inteligência, que comanda a razão, pelo livre arbítrio na escolha do mais conveniente. A razão, a inteligência do homem, certamente que marca um passo a mais na evolução da mônada espiritual, movendo o corpo físico, o que não quer dizer que somente ele tem inteligência. São atributos do Espírito todos os dons, como em tudo existe reflexo dormindo e desabrochando como sendo a luz de Deus, dentro de tudo que existe. Estudemos, de mãos dadas, em todas as escolas do mundo, e ingressemos cada vez mais no estudo da escola espiritual, porque ela é um passo a mais para a nossa libertação. Alcançaremos a paz espiritual pelo trabalho de luz, na luz de Deus.

Filosofia Espírita L.E.24 – João N. Maia – Miramez – Toninho Barana

UMA CARTA DE BEZERRA DE MENEZES Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

7.7.25

MEMÓRIA CÓSMICA 📖Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

Essência das Rosas

Onde estão as rosas que cultivo do lado de cá?
Tenho um jardim particular e, como entre vós, falo com elas. Converso com elas. Troco amabilidades e doçuras. E elas respondem – como respondem...
Fico a imaginar o quanto se chocariam com o que elas dizem.
Pensam que estou a delirar ou a querer apenas impactar?
Não, coisíssima nenhuma. Falo profunda verdade.
As rosas aqui falam. Muitas até são bem eloquentes.
Elas transmitem o seu pensamento.
Lógico que são raízes do pensar, eflúvios de imaginação, mas se comunicam sim. Imprescindível que se tenha sensibilidade o suficiente para ouvi-las.
E a beleza delas?
Coisa mais linda não há.
O colorido das rosas, no lado de cá da vida, é bem diferente, bem mais cor, mais intensidade no nosso olhar.
A criação é perfeita e ainda nos reserva muitas surpresas. Que maravilhoso que assim seja para que possamos nos surpreender permanentemente com as obras do Senhor.
Vejo graça em tudo que elas representam. Admiro-as com todo o meu coração. Elas são a representação do nosso próprio Deus.
É como se Ele, na sua beleza infinita, nos proporcionasse nuanças de sua manifestação majestosa.
Um jardim de rosas no lado de cá é de entorpecer a alma de tamanha beleza. Não há quando algum que consiga reproduzir tamanha beleza. Não há.
Fico contente quando ao despertar, olho para o meu jardim e as vejo sorrir para mim.
Não, não é coisa de um velho em delírio. É verdade das maiores.
Elas sorriem como a me dizer: “Que bom que você despertou para nos admirar e novamente conversar conosco”.
Na obra da criação tudo merece atenção e carinho. Todos os seres viventes buscam a reciprocidade na relação.
Agradeço a Deus com uma prece. Genuflexo, oro e dirijo-me ao Senhor da Criação:
- Pai, Onipotente e Bom!
Que nos trouxesse a beleza inesgotável das rosas
Que exprimem inenarrável sutileza
Concede a Teus filhos compartilhar da excelsitude criação.
Permita a eles admirar a sensibilidade com que elas dançam para nós em perfeita harmonia.
Como elas expressam em seus movimentos a perfeição da natureza.
Que possam aprender com elas a movimentar em uníssono em direção a perfeição.
Movimentos suaves e constantes  a nos dizer que podemos fazem bem mais quando juntos estamos.
Permite que aprendamos a colher aquilo que de mais essencial existe em cada um de nós: o desabrochar do amor infinito.
Sim, como elas, permite que se exprima, de dentro para fora, o amor verdadeiro.
Como é belo o existir, mas que possamos neste movimento expressar a sua beleza eterna.
E assim tirar de dentro o perfume maior que representa a Sua presença em nós.
Este é o propósito maior das nossas vidas, extrair o perfume do amor que reside no âmago do nosso ser.
Eis o mistério e a razão de toda encarnação.
Paz,
Helder Camara - Blog Novas Utopias

6.7.25

Gravação do Estudo detalhado do livro 📖 NOSSO LAR Cap. 38 – O CASO TOBIAS


 

Qual é o Teu Nome?

Em verdade, irmãos e irmãs, quase sempre, quando encarnados, não estamos preparados para as verdades que nos possam ser ditas pelos espíritos medianamente esclarecidos, que já se encontram do Outro Lado da Vida.
Não estou, claro, fazendo referências à minha “pessoa”, que nada sou e nada sei... Segundo antigo ditado popular ao qual, gracejando, vez em quando recorria, eu, para burro, só falta as penas...
Todavia, vamos arriscar uma pergunta aos nossos internautas, já que estamos entrando de “férias” no Blog, para retornarmos no começo do mês que vem – assim, não “ouvirei” os muitos epítetos que nos possam ser dedicados.
Em mediunidade, é mesmo assim: a gente nunca sabe quando deve falar no singular, ou no plural – não se espantem!...
Mas, voltando à morte da bezerra, sabes me dizer qual é o teu nome?! – o teu nome prevalecente das muitas encarnações que, com certeza, já tiveste?!...
Quando apareces, ou reapareces, no orbe terrestre, o fazes sem nome, não é?! Rotulam-te, como, em geral, nomeias os teus cães, os teus bichanos, os teus... papagaios...
Interessante é que achas, ou imaginas, que, em sua reentrada no Mundo Espiritual, haverás de fazê-lo com o mesmo rótulo nominal...
O nome, meu caro, pertence à tua personalidade, à personalidade que animaste, e não a ti mesmo que, digamos, apenas te responsabilizas por ele.
Concordas, ou não?!... Não sei, mas, sigamos.
Quando da Terra, porventura, te chamarem, ou te apresentares, através de um médium, em determinada assembleia, responderás presente segundo a identidade que ainda se te atribui.
Pode ser que venhas a responder por uma identidade que tiveste há 200, 300 ou mais primaveras atrás, agora sobrevivendo somente na memória dos que insistem em que continuas sendo o que já deixaste de ser.
Por exemplo: quando chamam o Inácio Ferreira, mais que o dever, sendo possível, tenho a obrigação de responder: - é comigo!... Se bem que, Inácios existam aos montes, e, então, Ferreiras, nem se diga... Todavia, no meio que costumamos de chamar espírita, o negócio, ou chamamento, tem a ver com o meu “eu”, embora, segundo Whitman, autor de “Flores de Relva”: “Contradigo-me, pois bem, contradigo-me... Sou amplo, contenho multidões”...
Mas, de novo, voltando à morte da bezerra, que até já reencarnou, e hoje é uma vaca com muitos úberes, eis o que, de mim, te posso dizer: o teu verdadeiro nome, identidade, essência, o interior do teu interior, é as TUAS OBRAS!... Sim, porque, depois de seres despojado de todos os rótulos que ganhaste no mundo, a fim de saberes que tu és tu, e não outro, depois do depois, o teu nome não há de ser mais do que sempre foi – apenas letras do alfabeto que alguém inventou de juntar para que, digamos, tivesses uma cara, uma fotografia, um papel registrado em Cartório...
Bem, é isto. O resto desculpe-me, mas, ainda não posso avançar – por enquanto. Se o médium sobreviver, quem sabe?!...
O teu nome, aqui, Deste Outro Lado, depois que estiveres “mortinho da silva”, será as TUAS OBRAS – por elas é que serás, hoje e amanhã – principalmente, AMANHÃ!...
Aliás, disse Quem sequer nome certo teve, porque se os pais o rotularam de “Jesus”, os Anjos o chamavam de “Emmanuel”, que a árvore é conhecida pelos seus frutos – até Ele, segundo o Escrevinhador, nada quis com a figueira que não produzia figos, equivalendo a dizer que, para Ele, ela, a figueira, ainda não havia dito ao que viera.
Abraços e até agosto – tomara!...
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet

5.7.25

UM SÓ CORAÇÃO 📖 Romance espirita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

ADIANTE

Não importa o pessimismo
Que, em torno, esteja reinando,
Confia sempre em Jesus
E prossegue trabalhando.

No começo do Evangelho,
Era Ele e mais ninguém,
Somente aos poucos chegaram
Os companheiros Bem.

Mesmo assim, eram tão poucos,
A lutar contra a descrença,
Falando de amor e paz,
Em um mundo em desavença.

Porém, traído e negado
E sentenciado à cruz,
Não desistiu, ante as trevas,
De seguir fazendo luz.

Se te sentes alquebrafo
Ao entregando-te ao labor,
Não te esqueças que, no fim,
A vitória é do Senhor.

Formiga/Baccelli
Lar Espírita "Pedro e Paulo"
Uberaba - MG, 28-6-25

4.7.25

UM ROQUEIRO NO ALÉM Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria



A ESMOLA MAIOR

"Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a caridade é de Deus.” (I João, 4:7).
No estudo da caridade, não olvides a esmola maior que o dinheiro não consegue realizar. Ela é o próprio coração a derramar-se, irradiando o amor por sol envolvente da vida.
No lar, ela surge no sacrifício silencioso da mulher que sabe exercer o perdão sem alarde para com as faltas do companheiro; na renúncia materna do coração que se oculta, aprendendo a morrer cada dia, para que a paz e a segurança imperem no santuário doméstico; no homem reto que desculpa as defecções da esposa enganada sem cobrar-lhe tributos de aflição; nos filhos laboriosos e afáveis que procuram retribuir em ternura incessante para com os pais sofredores as dívidas do berço que todo ouro da terra não conseguiria jamais resgatar.
No ambiente profissional é o esquecimento espontâneo das ofensas entre os que dirigem e os que obedecem, tanto quanto o concurso desinteressado e fraterno dos companheiros que sabem sorrir nas horas graves ofertando cooperação e bondade para que o estímulo ao bem seja o clima de quantos lhes comungam a experiência.
No campo social é a desistência da pergunta maliciosa; a abstenção dos pensamentos indignos; o respeito sincero e constante; a frase amiga e generosa e o gesto de compreensão que se exprime sem paga.
Na via pública é a gentileza que ninguém pede; a simplicidade que não magoa; a saudação de simpatia ainda mesmo inarticulada e a colaboração imprevista que o necessitado espera de nós muita vez sem coragem de endereçar-nos qualquer apelo.
Acima de tudo, lembra-te da esmola maior de todas, da esmola santa que pacifica o ambiente em que o Senhor nos situa, que nos honra os familiares e enriquece de bênçãos o ânimo dos amigos, a esmola de nosso dever cumprido; porquanto, no dia em que todos nos consagrarmos ao fiel desempenho das próprias obrigações o anjo da caridade não precisará desfalecer de angústia nos cárceres das provações terrenas, de vez que a fraternidade estará reinando conosco na exaltação da perfeita alegria.
Livro: Marcas do Caminho – Francisco C. Xavier - Emmanuel