17.6.24

A PROCURA DA IDÉIA ORIGINAL

O homem demanda, embora surdo e lento,
A verdade que o busca, viva e certa;
Mas dorme na ilusão a que se oferta,
No garimpo interior do pensamento.
 
Iludido, cansado, desatento,
Crendo no acaso, um dia brilha e acerta...
Muda-se então a vida em luz aberta
Pela fulguração de um só momento.
 
O súbito clarão de uma faísca
Explode no horizonte azul e risca
O alto manto do céu em que se enfiara...
 
Assim, a idéia nova em nossa mente :
Eclode num lampejo incandescente
E abre caminho pelo mundo afora...
 
Augusto Álvaro de CARVALHO ARANHA
Depois de estudar no Maranhão e em Pernambuco, veio CA a matricular-se na Faculdade de Direito de S. Paulo, bacharelando-se em 1901. Além de poeta distinto, foi promotor e juiz em algumas cidades do interior paulista. Colaborou em inúmeros órgãos da imprensa de Sergipe, Pernambuco, Rio e S. Paulo. Sócio do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo. Sobre ele assim se externou Armindo Guaraná, em seu Dic.Bio-Bibl. Sergipano, pág. 41: «Poeta primoroso e festejado da escola parnasiana, é também um espírito dotado de filantropia e um juiz culto e reto. » (Aracaju, Sergipe, 30 de janeiro de 1876 – Rio de Janeiro, GB, 30 de Março de 1928.)
BIBLIOGRAFIA : Primícias ; Poeira do Meu Caminho ; Visão das Horas; etc.
Livro: Antologia dos Imortais - Francisco C. Xavier e Waldo Vieira.

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