25.4.24

Univeros de Amor


 

REFLEXÕES EM TORNO DA LEI DE CAUSA E EFEITO

Amigos vários nos têm escrito solicitando que teçamos algumas considerações em torno da Lei de Causa e Efeito, e isto porque, segundo alegam, não entendem a ação de espíritos que, em desencarnando, continuam vinculados ao mal, agindo em desfavor da Humanidade.
- Não estariam eles, após a morte do corpo, colhendo o que semearam?! - indagam com certa incompreensão, na expectativa de que todos, assim que deixam o corpo, venham a sofrer a consequência imediata dos desmandos praticados.
A questão dessa aparente impunidade pós-morte, evidentemente, ainda se prende às nossas antigas concepções religiosas de Céu, Inferno e Purgatório, que determinariam o destino dos espíritos mal tivessem eles fechado os olhos para o cenário da Vida Física.
Porém, não acontece exatamente assim conforme, durante séculos e séculos, devido a informações equivocadas, os homens se habituaram a crer.
No livro "E a Vida Continua...", de André Luiz, psicografado, em 1968, por Chico Xavier, Evelina Serpa, um dos personagens da obra, de formação católica, conversando com o Irmão Cláudio, endereça a ele a seguinte pergunta: - Então, morrer?!... qual a novidade em torno disso? qual o maior interesse em nos reconhecermos redivivos? Sem rodeios, o mencionado Instrutor lhe respondeu: - As incógnitas da vida exterior, com os desafios delas resultantes, são as mesmas; entretanto, se a criatura aspira efetivamente a realizar uma tomada de contas encontra neste novo mundo surpresas, muitos fascinantes, no estudo e redescoberta de si mesma. Somos, cada um de nós, um astro de inteligência a perquirir... e a aperfeiçoar por nós próprios.
O que se pode depreender do texto acima?!
Por mais que isto nos possa surpreender, ou melhor, surpreender os nossos irmãos encarnados, algumas deduções interessantes podem dele ser extraídas. Senão vejamos:
1 - De fato, após a desencarnação, nem todos os espíritos experimentam de imediato as consequências da Lei de Causa e Efeito.
2 - Sendo assim, em deixando o corpo carnal, não poucos são aqueles que continuam com a ideia fixa no mal que se lhes cristalizou na mente.
3 - Delinquentes desencarnados podem, não raro, no agravamento de seus débitos, prosseguir delinquindo por tempo indeterminado - inclusive, podem desencarnar e tornar a reencarnar na condição de delinquentes...
4 - Para que a criatura, efetivamente, possa, diante do tribunal da própria consciência, realizar uma "tomada de contas", é indispensável que ela aspire, ou, ainda que timidamente, deseje que isto venha a suceder.
5 - A condição espiritual que induz qualquer infrator da Lei Divina ao remorso, já representa, para ele, uma "luz no fim do túnel"...
6 - A Lei, evidentemente, em benefício de seu próprio infrator, possui mecanismos de constrangimento, que, não obstante, nunca agem de maneira a lhe anular o livre arbítrio por completo... Isto foi elucidado por Allan Kardec nas páginas de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", capítulo 5, parágrafo 8: "As tribulações podem ser impostas a espíritos endurecidos, ou extremamente ignorantes, para levá-los a fazer uma escolha com conhecimento de causa."
7 - Nenhuma infração cometida contra a Lei ficará sem justa reparação, mas para esta reparação a vontade do espírito infrator deve concorrer, pois, caso contrário, a mudança lhe haveria de ser uma imposição - e, tendo sido criado livre, o espírito não é obrigado à prática do bem ou do mal. 
Claro que, à pequena lista de deduções apresentadas acima, outras poderão ser acrescentadas pelos irmãos e irmãs que convidamos a refletirem conosco sobre a transcendente questão em pauta.
Resumindo: mais cedo ou tarde, todos haveremos de colher o que plantamos, mas como, onde e quando tal se verificará não é da competência da vontade dos que não estejam envolvidos no processo, porque diz respeito apenas à ação da Lei e a consciência de cada um.
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet

23.4.24

Vibrações


 

SIGAMOS COM JESUS

Maomé foi valoroso condutor de homens.
Milhões de pessoas curvaram-se-lhe às ordens.
Todavia, deixou o corpo como qualquer mortal e seus restos foram encerrados numa urna, que é visitada, anualmente, por milhares de curiosos e seguidores.
Carlos V, poderoso imperador da Espanha, sonhou com o domínio de toda a Terra, dispôs de riquezas imensas, governou muitas regiões; entretanto, entregou, um dia, a coroa e o manto ao asilo de pó.
Napoleão era um grande homem.
Fez muitas guerras.
Dominou milhões de criaturas.
Deixou o nome inesquecível no livro das nações.
Hoje, porém, seu túmulo é venerado em Paris...
Muita gente faz peregrinação até lá, para visitar-lhe os ossos...
Como acontece a Maomé, a Carlos V e a Napoleão, os maiores heróis do mundo são lembrados em monumentos que lhes guardam os despojos.
Com Jesus, todavia, é diferente.
No túmulo de Nosso Senhor, não há sinal de cinzas humanas.
Nem pedrarias, nem mármores de preço, com frases que indiquem, ali, a presença da carne e do sangue.
Quando os apóstolos visitaram o sepulcro, na gloriosa manhã da Ressurreição, não havia aí nem luto, nem tristeza.
Lá encontraram um mensageiro do reino espiritual que lhes afirmou: “Não está aqui”.
E o túmulo está aberto e vazio, há quase dois mil anos.
Seguindo, pois, com Jesus, através da luta de cada dia, jamais encontraremos a angústia da morte e, sim, a vida incessante.
No caminho de notáveis orientadores do mundo poderemos encontrar formosos espetáculos da glória passageira; contudo, é muito difícil não terminarmos a experiência em desilusão e poeira.
Somente Jesus oferece estrada invariável para a Ressurreição Divina.
Quem se desenvolve, portanto, com o exemplo e com a palavra do Mestre, trabalhando por revelar bondade e luz, em si mesmo, desde as lutas e ensinamentos do mundo, pode ser considerado cidadão celeste. 
 
Livro: Alvorada Cristã - Francisco C. Xavier - Neio Lúcio.

22.4.24

Busca e Acharas

 


Orando Pelos Companheiros

Senhor, nunca fomos muito de recorrer à oração, mormente com a frequência cotidiana de quantos sabem dirigirem-se a Ti através de palavras bem postas e de sentimentos que se elevam da Terra ao Mais Alto...

Contudo, Mestre, hoje viemos Te rogar pelos companheiros de Doutrina, anônimos servos da Vontade de nosso Pai, que, esquecidos no mundo, perseveram em suas humildes tarefas, nos templos que se levantam na periferia mais pobre das cidades em que mourejam em Teu nome...

Que eles se sintam encorajados nas atividades que desenvolvem junto aos ainda chamados “filhos do Calvário”, não somente lhes mitigando a fome, como também lhe dando esperanças em dias melhores...

Que esses nossos irmãos e irmãs que sobrepujam as dificuldades de toda ordem para sustentarem, tremulando, o estandarte da Fé, em meio ao cepticismo de tantos, sejam fortalecidos e não recuem ao fragor da luta que, em torno, parece cada vez mais se acirrar...

Que os Teus mensageiros possam continuar a auxiliá-los a multiplicar os pães e os peixes que, um dia, multiplicaste em favor da multidão, que, praticamente, Senhor, é a mesma multidão faminta de há dois mil anos atrás...

A verdade é que as coisas, conforme sabes, não mudarem muito desde então, e, não raro, os Teus leais servidores ainda faceiam a ironia e a quase total solidão de quem, no deserto dos ideais mais nobres da Vida, não podem contar senão com poucos amigos lhes secundam os esforços no Bem...

Por este motivo, Senhor, ousamos endereçar-Te esta singela rogativa, pensando naqueles que quase nada tendo para si, não duvidam de que sempre os suprirás do mínimo para que o máximo se faça em benefício dos necessitados...

E eles, os necessitados, hoje são tantos em todos os idiomas, amargando provações mais complexas e difíceis, segundo cremos, do que aquela legião de sofredores que buscavam pela Tua presença, a fim de que, como fizeste com Lázaro, o irmão de Marta e Maria, os ressuscitasses para a Vida além da vida que se tem no corpo, que, inevitavelmente, um dia há de perecer...

Socorre, assim, os teus servos imperfeitos que todos somos, e não os deixes fraquejar no testemunho que a mundana estima desconhece, ignorando-lhes a apagada existência em que se consomem para que a luz não deixe de resplandecer entre as trevas...

Rogando perdão por Te incomodarmos nesta prece que nos atrevemos a formular, sem nenhuma capacidade espiritual para tanto, agradecemos pelas bênçãos que puderes dispensar aos nossos confrades e confreiras que, com o Teu Evangelho nas mãos e no coração, prosseguem trabalhando nos alicerces da construção do Reino Divino sobre a face da Terra!...

 

INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet

Uberaba – MG, 21 de Abril de 2024.