6.6.24

A Verdadeira História

A história é contada pelos sobreviventes.
Não são os heróis de verdade que aparecem nas pinturas triunfais ou nas esculturas colossais, mas aqueles que tiveram a ventura de dominar as narrativas no final da história.
Na história do Brasil não foi diferente.
Os Brasis contados são mosaicos dos vencedores, dos patrões, dos barões, da elite dominante.
Quem perguntou ao escravo como ele viu tudo que se passava na lavoura?
Quem perguntou ao indígena como ele foi expulso das suas terras?
Quem perguntou ao andarilho o que ele viu nas diversas plagas do País?
A história pertence aos vencedores da economia e da política.
O que se é retratado é um simulacro da história, um pedaço dela, uma versão da verdade.
Em quem acreditar então: nos fatos dados ou nas narrativas orais passadas pela tradição dos povos?
Um país continental como o Brasil é extremamente rico de versões do seu passado e se a história fosse contada por todos os atores envolvidos seria mais que uma ficção. Seria uma colcha de retalhos de uma realidade perdida a se encaixar numa grade lógica sem princípio e, certamente, que ainda não teve um fim.
O que dizer de Pedro I, de José Bonifácio, dos padres revolucionários, dos positivistas do Império, dos deputados provinciais destacados e muito mais?
São figuras que a história oficial escolheu para dar um recorte de uma dada realidade semiconstruída, um arremedo da verdade.
Os heróis de verdade estão esquecidos - sequer são conhecidos.
Os homens e mulheres que fizeram este Brasil não são lembrados, pois não há fotos e fatos sobre eles.
Os interesses de época prevaleceram sobre a realidade crua das ruas urbanas e dos roçados.
Os homens e mulheres que a história oficial destaca atendem, tão-somente, aos espectros das elites dominantes do momento.
A história se faz todo dia e a cada momento. Ela é viva e veloz.
Animemo-nos em querer fazer parte dela, mesmo que não seja lembrada ou reconhecida a sua participação.
Avante, Brasil!
Teu país espera para correr uma légua a mais sobre o teu povo valente e varonil.
Por uma outra e nova história onde todos possam ter voz e vez.
Por uma história onde todos sejam protagonistas.
Por uma história de verdadeira independência.
Do Brasil e de toda a sua gente.
Getúlio Vargas
Texto recebido em 26 de maio de 2024 durante visita ao Museu do Ipiranga em São Paulo.
Observação do Médium
Todos os textos que recebo faço previamente algumas verificações.
Primeiro: Como está meu estado mental? Estou bem emocionalmente? Avalio o meu bem-estar de influência da energia trazida pelo espírito. Exame psíquico e energético.
Segundo: O texto é coerente e possui coesão? Há alguma informação truncada ou que parece distorcida? Exame da estrutura textual.
Terceiro: O espírito que assina poderia ter escrito isso? Há conformidade entre o que ele defendia ou poderia defender hoje na pele de espírito? Exame de conteúdo.
Se passar por estes crivos, faço a publicação e deixo que o leitor avalie. Não tenho certeza que é realmente o espírito que assina. Isto é, aliás, um ponto ainda não resolvido na Ciência Espírita. 
O sistematizador do pensamento espírita, Allan Kardec, preferiu não fechar questão sobre este ponto. Preferiu focar na qualidade do conteúdo e não na identificação.
Procedo de igual modo!
Depois de dizer quem é, geralmente questiono ao espírito mais duas vezes para verificar se ele é afirmativo ou poderia ser uma indução mental da minha parte.
Foi assim que ocorreu na minha visita ao Museu Ipiranga. Lindo, por sinal.
Algumas salas possuíam uma forte pressão psíquica e energética. Pudera!
A figura de Getúlio Vargas não estava lá, pelo menos não vi, portanto, não seria um gatilho de lembrança.
Fiquem à vontade para tirar as suas conclusões.
Avancemos com Jesus!
Carlos Pereira - Blog de Carlos Pereira

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