24.11.21

Antipatias

Você sabe. Antipatias
Na sombra espessa em que estão
Aparecem de improviso,
Quase sempre sem razão.

O assunto chega de longe,
Parece graves feridas,
Moléstia do pensamento
Que trazemos de outras vidas.

Comumente, a novidade
É cousa que nos alcança,
Quando alguém de encontro novo
Não nos causa confiança.

Aumentam-se gentilezas,
Seja no lar ou na rua,
Mas a repulsa por dentro
É sombra que continua.

Aí, é a doença antiga
Que nem sempre vem à face,
Veneno desconhecido,
Ódio velho que renasce.

Declarada a enfermidade,
Usemos, de modo atento,
O remédio da oração
Que nos traga o esquecimento.

Depois da prece que extinga
Esse mal que nos invade,
Procuremos o exercício
Da paz e da caridade.

Francisco Cândido Xavier 

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