11.6.21

NÃO TE IMPORTES

 

Meus irmãos e irmãs, meditemos hoje, na página que o venerável Irmão José, através do concurso do mesmo medianeiro, nos fez chegar do Mais Alto, sob o título que nos encima o presente comentário.

Não te importes se o que procuras fazer, mesmo no bem, deixa muito a desejar.
Todos nós estamos a caminho dela, porém ainda a considerável distância da luz da Perfeição.
É natural, pois, que as nossas limitações e mazelas se reflitam em nossas atitudes.
Todavia, como é belo observar o esforço de quem, não mais se acomodando no chão de seus erros, procura se levantar em espírito e seguir adiante.
Não há palavras que definam a grandeza de um gesto pequenino daquele já compreendeu a necessidade de servir aos seus semelhantes.
A virtude da bondade, tão natural nos espíritos redimidos, é um prodígio nos espíritos que lutam para se impor a si mesmos.
O tamanho da batalha que vences decretará o tamanho de tua glória.

De fato, como escreveu Paulo, em sua Epístola aos Hebreus, capítulo 12, versículo 12, nós carecemos de restabelecer "as mãos descaídas e os joelhos trôpegos", a fim de seguirmos adiante.
Não importa que, não raro, nos vejamos, sob o constante assédio do homem velho, simbolizando os nossos muitos erros e imperfeições, a nos induzir a quedas recorrentes...
Que fiquemos tristes com as derrotas íntimas que experimentamos, quando justamente nos supúnhamos mais fortes...
Que nos aborreçamos, por não conseguirmos nos livrar com tanta facilidade de inclinações que, praticamente, nos subjugam a vontade...
Que as pessoas não saibam reconhecer o nosso esforço para acertar, quando nem sempre nos seja possível fazê-lo de maneira absoluta...
Que, em vez de palavras de incentivo aos nossos propósitos de renovação, escutemos referências descaridosas em relação ao nosso passado de equívocos...
Que haja um tanto de interesse menor em nossos sentimentos em relação às pessoas que auxiliamos, contra os quais, evidentemente, permanecemos nos opondo e nos opondo e nos opondo...
Que a nossa caridade continue sendo um ato de vaidosa ostentação pessoal, ou mesmo da mentirosa demonstração de generosidade que não possuímos...
Que, inclusive, na hora de nos dirigirmos a Deus, através da oração, imitemos os escribas e os fariseus de outrora, que Jesus censurou por não o fazerem com sinceridade...
Importa, sim, que não desistamos de nós e que perseveremos, contando com o amparo do Cristo, no combate sistemático às nossas deficiências...
Importa que, a cada dia, nos predisponhamos a ser melhores que na véspera, e persigamos, com determinação, os elevados objetivos espirituais da Vida...
Importa que não nos deixemos quebrantar pela incompreensão alheia e pela intolerância de quantos nos rotulem de maneira pejorativa, quais fossemos portadores de contagiosa moléstia...
Importa, hoje e sempre, que nos mantenhamos em nosso posto de serviço, conscientes de que não mais nos será lícito retroceder na caminhada que empreendemos...
Importa, enfim, sobre todas as opiniões conflitantes a nosso respeito, o que nos diz a consciência e o que nos fala o próprio coração!...

INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet

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