22.1.21

NEGOCIAÇÃO COM DEUS

    Há algumas atitudes que o homem toma em relação a assuntos espirituais. Uma delas é aquela tendência de fazer Deus a imagem e semelhança do homem, atribuindo a Ele características próprias do ser humano. Aí vem aquela coisa de dizer "Deus Castiga", "Deus ficou Triste", "Ira de Deus" e outras pérolas do gênero. Criamos um deus humano, por quem passamos a alimentar mais que amor, medo.
    No entanto, uma das tarefas de Jesus foi justamente a de aproximar-nos de Deus, mostrando-O não como um ser irascível, vingativo, mas como Pai, e um Pai justo sim, mas, sobretudo dotado de misericórdia e amor infinitos.
    Não é Deus quem precisa de nós, mas nós é que necessitamos d'Ele! O mesmo costuma acontecer com a oração. Costuma-se imaginar que é Deus quem precisa de nossas preces. O Livro dos Espíritos de Allan Kardec esclarece que "quem ora com fervor e confiança é mais forte contra as tentações do mal, e Deus envia bons espíritos para assistí-lo" (questão 660).
    O Livro dos Espíritos afirma que a prece não necessita de atitudes exteriores e que ela vale pela sua forma ou pela maneira como é proferida, mas pela intenção e fé que a move. Não interessa se a prece contém palavras bonitas e frases bem construídas, gramaticamente corretas ou se quem ora escorrega na gramática; não importa se a pessoa está orando em voz alta, altíssima ou em silêncio; de pé, deitada, ajoelhada num templo ou sentada num vaso do banheiro. O que conta é a sinceridade e a fé com que se ora. "O essencial não é orar muito, mas orar bem" (questão 660a).
Livro: QUAL É A SUA? - Edmar Cotrím 

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